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2 de março de 2020

Porque os ignóbeis da atual república odeiam os livros?

Caros leitores permita-me dizer que a missão dos livres pensadores nesse mundo foi e sempre será enfaticamente de impulsionar ou incentivar uma sociedade, a alcançar determinados conhecimentos através do desenvolvimento da cultura e dos meios científicos concomitantemente abraçados à pesquisa e a observação de seres vivos juntamente do meio onde todos habitam. Os livros, por exemplo, são as melhores formas de compreender determinados costumes linguísticos e diversos comportamentos através da literatura e das diversas ciências já desenvolvidas até o momento. Tem o seu papel fundamental e transformador que enriquece toda uma população e traz avanços a toda sociedade. Mas também não é de hoje que aqueles que detêm o poder autoritário como tem sido demonstrado na atual governança do Brasil o descaso e a perseguição do conhecimento, da educação e de autores que conduziram tantos progressos e embelezaram a nossa cultura popular através dos livros.
Citando caso análogo, no cristianismo ocidental em tempos de inquisição queimaram milhares de livros, estabelecendo-se uma lista de obras proibidas, o famoso (INDEX) “Librorum Prohibitorum”. Em tradução livre o Índice dos Livros Proibidos, uma lista de publicações consideradas heréticas, anticlericais e desaprovadas pela Igreja Católica. Os nazistas também fizeram encenações noturnas de fogueiras literárias. Obras de autores como Stefan Zweig, Thomas Mann, Sigmund Freud, foram algumas das proeminências literárias perseguidas na época. Eram incineradas, com desfiles e palavras de ordem. O Stalinismo da antiga União Soviética retirou das escolas clássicos russos não ajustados com o pensamento do partido da época. É de se perceber que todo homem/mulher alinhado a ditadura enxerga perigo nas bibliotecas em razão de que querem pessoas alienadas, estúpidas, de fácil lavagem cerebral.
Indivíduos ligados ao extremismo detestam leitores e escritores livres porque os críticos são perigosos para os Estados autoritários. Querem fazer com todos nós brasileiros uma organização distópica envolto na ditadura do senso-comum, submetendo a um absoluto condicionamento psicológico transformando em uma sociedade de castas subversivas. Por isso pense bem e faça muitas leituras, os livros são registros eternos e vai dizer bem o autor Pe. Antônio Vieira “O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive”.

Autor: Thales Aguiar é jornalista e escritor.

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