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9 de março de 2023

Os obscenos preços dos ingressos para um show no Brasil!

Todos sabemos que nosso país é pobre, com alto nível de desemprego, escolaridade baixa e sofrível, com o salário mínimo recebido por 90% dos trabalhadores equivalentes a U$ 252,00 (R$ 1.302,00). O que significa algo em torno de U$ 8,42 (R$ 43,36) por dia. Imagine um cidadão com despesas de transporte público, alimentação, aluguel, IPTU, Conta de Energia, Gás de cozinha ter de viver com R$ 43,36 por dia?

Esse é o Brasil desigual e injusto, onde a parcela dos mais ricos representa 1% da população brasileira, porém, são donos de quase tudo e desfrutam da maior parte das riquezas do país.

É neste cenário, para dizer o mínimo, que temos um verdadeiro oásis. Uma banda californiana Red Hot Chilli Peppers vai fazer show no Estádio do Morumbi em São Paulo no dia 10 de novembro deste ano. Os preços dos ingressos vendidos com antecedência de quase nove meses são dignos de nota, parece estar sendo praticado na Europa, EUA ou Canadá. Veja e comprove:

Pista Premium - R$ 440,00 meia-entrada e R$ 880,00 inteira

Cadeira Superior - R$ 325,00 meia-entrada e R$ 650,00 inteira

Cadeira Inferior - R$ 310,00 meia-entrada e R$ 620,00 inteira

Pista - R$ 270,00 meia-entrada e R$ 540,00 inteira

Arquibancada - R$ 220,00 meia-entrada e R$ 440,00 inteira.

Tudo bem que um show possa custar mais caro, tudo bem que são bandas estrangeiras, relevamos o que podemos, mas não dá para aceitar esses preços. Qual a qualidade da visibilidade que o fã terá ao ficar na arquibancada do estádio do Morumbi, que eu conheço bem?

Qual o conforto que o fã terá sabendo que não terá linhas de transporte coletivo para a região, muito menos Metrô? Estacionamento neste local costuma cobrar algo em torno de R$ 150 a R$ 300,00.

Você tem de reservar com oito ou nove meses de antecedência, saber que não terá transporte à disposição, não terá conforto algum nem poderá dispor de praça de alimentação, lanchonete ou restaurante no local.

Tudo isso pela bagatela acima que corresponde, no caso do ingresso mais barato (R$ 220,00 meia entrada na arquibancada distante do palco) a algo em torno de 17% do salário mínimo vigente no país. Isso se for estudante, idoso ou beneficiário da meia-entrada.

Há muito tempo os preços são obscenos, inclusive de shows com artistas nacionais. Tente ver o preço de um show de Chico Buarque, Ivete Sangalo ou qualquer outro de destaque nas bilheterias.

          Isso às vezes explica o distanciamento da população para com a cultura, teatro, cinema, shows, esportes. Tudo custa muito caro no país onde os salários são miseráveis e os políticos também.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Nossos politicos sempre criativos!

     Ao longo dos tempos desde a chegada das caravelas portuguesas com as trocas de presentes (Primeira tentativa de propina) nós já vimos inúmeras formas de corrupção no Brasil.  As mais conhecidas são: A lavagem de dinheiro; O pagamento em dinheiro carregado em malas ou até cuecas; Propinas; Compra de imóveis com dinheiro vivo; Envio de dinheiro para paraísos fiscais;

Porém, quando ninguém esperava um novo golpe na praça dos políticos surge a mais recente descoberta de propina paga através de joias femininas valiosas. No dia 30 de novembro de 2021, pouco mais de um mês após a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro (PL) retornar do Oriente Médio, o governo brasileiro vendeu a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia seus ativos logísticos associados para o Mubadala Capital, fundo financeiro de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

A negociação levou meses – desde a aprovação de compra em março até ser concluída em novembro – e, após o cumprimento de todas as condições, a refinaria foi vendida pela Petrobras por US$ 1,8 bilhão (o equivalente a R$ 10,1 bilhões na época).
O valor ainda foi ajustado, pois inicialmente foi vendida por US$ 1,65 bilhão, mas sofreu correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação.

Na época, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) alegou que a refinaria foi vendida pela metade do preço que valia. A partir de cálculos estimados pelo instituto, eles avaliavam o valor da refinaria entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.

Misteriosamente surgem evidências de que pessoas da equipe do governo estiveram cerca de cento e cinquenta vezes em visitas a Arábia Saudita num curto espaço de tempo. Recentemente foram apuradas que a polícia alfandegária apreendeu joias de diamantes avaliadas em R$ 16.500.000 (Dezesseis milhões e quinhentos mil reais). Sem contar uma caixa que foi recebida anteriormente e incorporada ao acervo pessoal de Jair Bolsonaro, num flagrante desrespeito à lei vigente.

O ex-presidente omitiu a informação de que havia guardado em seu acervo a caixa com joias, enquanto nos bastidores tentava em oito oportunidades tentou reaver as joias sem obter êxito.

Todas as privatizações, concessões e demais negociações entre governo e iniciativa privada, nacional ou internacional, sempre tem a chancela da suspeita da corrupção, da negociata. No início, meio ou até no final, quando a sociedade não fica sabendo aonde foi parar os recursos da venda do patrimônio nacional. Foi assim com as privatizações do PSDB em SP e agora no recém terminado governo Bolsonaro.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

7 de março de 2023

Bolsonaro envolto mais uma vez em mentiras!

Mais uma vez, Jair Messias se envolve num emaranhado de mentiras com a clara intenção de confundir a opinião pública e dificultar as investigações que se seguem ao rumoroso caso das joias sauditas, que na versão oficial são um presente de R$ 16, 5 milhões dado pelo governo saudita para Michelle Bolsonaro. A outra versão mais factível é de que as joias sejam na verdade objeto de uma propina.

Um ofício encaminhado como última cartada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para resgatar as joias apreendidas pela Receita Federal diz que “os bens foram ofertados ao presidente da República pelo reino da Arábia Saudita”. O documento obtido pelo Estadão foi enviado três dias antes do final da gestão do então presidente, e é assinado pelo tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ajudante de ordens e “faz-tudo” de Bolsonaro.

O documento 736/2022/GPPR-AJO/GPPR é explícito em “determinar desde já que os bens sejam retirados” pelo primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva por ordem do gabinete da presidência. Logo em seguida, Jair fugiu para os EUA, sem passar a faixa presidencial e onde se encontra até os dias atuais.

O ofício envolve diretamente Bolsonaro nas tratativas para reaver os diamantes. A ordem foi dirigida ao ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar V. Gomes, que, no mesmo dia, determinou à Superintendência da Receita em São Paulo para que fosse acatada e as joias devolvidas.

Os diamantes presenteados pelo regime saudita foram apreendidos pelo Fisco porque tentou entrar de forma ilegal, na mochila do assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, em outubro de 2021.

A determinação para busca das joias na RF em Guarulhos foi dada pelo tenente-coronel Mauro Cid, que executava todas as ordens do ex-presidente, cuidava de seus papéis, discursos e demandas pessoais e o acompanhava praticamente o tempo todo, na rotina do Planalto, nas viagens e até nos debates presidenciais de 2022, dando sugestões, apresentando documentos e dados.


Registro da FAB do voo do 1º sargento da Marinha para buscar as joias de Michelle a pedido do presidente Jair Bolsonaro Foto: Redação 

                No Aeroporto de Guarulhos, o militar encontrou o servidor da Receita Marco Antônio Lopes Santanna. O documento apresentado fazia referência a um “Termo de Retenção de Bens” relacionado a joias. Santanna esclareceu que não tinha nenhuma informação sobre o assunto e disse a Jairo que não iria entregar nada. Preocupado, o primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva deu início, então, a uma conversa pelo celular com alguém a quem se referia apenas como “coronel”. Na frente de Santanna, sugeria ao auditor-fiscal da Receita que ele conversasse com o “coronel”. Santanna, porém, resistiu novamente, e informou que não havia possibilidade de fazer aquele tipo de atendimento pelo telefone.

Na alfândega o emissário do presidente tentou dar carteirada e usou nomes de autoridades em vão, diante de um servidor íntegro que não se intimidou com a pressão e impôs o regulamento e o trâmite que todos devem seguir, sem exceção. O emissário de Bolsonaro, então, exibiu um “Termo de Retenção” emitido pela Receita, na tela de seu celular. Santanna respondeu que não teria como ajudar.

Desesperado, o emissário então abre o jogo sobre a saída do então presidente do poder e a “necessidade” dele em levar tudo que fora ganho antes da posse. Jairo disse ao agente da Receita que aquilo tudo fazia parte da troca de governo e que “não pode ter nada do antigo pro próximo, tem que tirar tudo e levar”.

O ex-secretário da Receita foi nomeado no dia 30 de dezembro de 2022 adido da Receita em Paris. Nada mais suspeito do que uma promoção ou transferência na véspera da posse do novo governo para que alguém fosse servir em paris na França. Nada mal, pensariam 99% dos brasileiros.

Os registros oficiais da FAB mostram que o emissário do presidente voltaria a Brasília em um voo comercial, e não mais em uma aeronave da FAB. Caso tivesse conseguido retirar as joias em São Paulo, portanto, os itens não passariam pelo setor de voos internacionais do aeroporto de Brasília.

Dos Estados Unidos, onde está desde 30 de dezembro, o ex-presidente Bolsonaro negou que tenha havido irregularidades na tentativa de trazer joias de valor milionário da Arábia Saudita. Ele se defendeu do caso, afirmando que não pediu, nem recebeu o presente. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a quem o item mais valioso do presente seria endereçado, também negou ter conhecimento das joias e ironizou o ocorrido. As joias seguem apreendidas até hoje no cofre da Receita, em Guarulhos.

Uma família que mente unida há 35 anos na vida pública, permanece unida durante todo esse tempo. As mentiras que começaram na rachadinha e levaram os familiares a ter 107 imóveis, se impregnou da coisa pública. Justamente quem a patuleia acreditou ser a redenção contra a corrupção, se transformou em um mísero usurpador de leis e regras vigentes. Mas, tudo joia para quem anda passa pano para o Mito.


Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/03/07/jornal-bolsonaro-esta-com-2-pacote-de-joias-trazidas-ilegalmente-ao-pais.htm 

6 de março de 2023

Ao invés de emendas, projetos dos municípios para o Estado!

De acordo com a Constituição, a emenda parlamentar é o instrumento que o Congresso Nacional possui para participar da elaboração do orçamento anual. Em outras palavras é a oportunidade que os Deputados têm de acrescentarem novas programações orçamentárias com o objetivo de atender às demandas das comunidades que representam.

Ou seja, é por meio das emendas que Deputados Federais podem influenciar no que o dinheiro público será gasto.
No Brasil, quem elabora o orçamento (ou seja, o documento que define quanto dinheiro o governo pretende arrecadar e gastar durante o ano) é o poder Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos).
Por isso, a participação direta dos parlamentares nessas decisões é feita por meio das emendas.

Nos últimos tempos essas emendas viraram um verdadeiro balcão de negociatas e cunho eleitoreiro dos mais rasteiros. A maior parte dos recursos são destinados aos currais eleitorais dos parlamentares e não para atender prioridades das 5.570 cidades do Brasil.

A Comissão Mista de Orçamento informou que foram apresentadas 6.575 emendas individuais e coletivas ao Orçamento de 2023 (PLN 32/22), no valor de R$ 234,3 bilhões.

Entretanto, o presidente da Câmara Arthur Lira e o Centrão desenvolveram e institucionalizaram o famigerado Orçamento Secreto, onde emendas são destinadas sem a transparência devida, objetivando dar recursos a quem os parlamentares bem entendem sem ter fiscalização do poder público.

Esse tipo de situação, que gera corrupção e não resolve os inúmeros problemas dos munícipios brasileiros, precisa ser banido do orçamento da nação. Em seu lugar é preciso haver um mecanismo que objetive premiar cidades que tenham projetos aprovados e necessários para o bem estar da comunidade.

Um modelo que poderia ser seguido seria o Munícipio entregar cada projeto diretamente na Secretaria Estadual correspondente em seu Estado. Após análise criteriosa e verificação de liberação orçamentária essa seria então aprovada para que o pedido fosse licitado. No caso de obras, poderia seguir como obra do Estado em parceria com a cidade ou ainda no modelo das Parceria Público Privado – (PPP).

Aqueles projetos cujo Estado não tiver recursos suficientes seriam então enviadas para os Ministérios correspondentes. Lá seriam analisados tecnicamente e os recursos viabilizados da mesma forma que na esfera estadual, podendo o projeto ser realizado pelo Governo Federal ou liberada a verba para o Estadual e ou ainda fazer através de PPP.

Os recursos existem e sempre estiveram no governo federal, porém, sendo manipulados por políticos nefastos, corruptos que desviam a finalidade e fazem com que bilhões se percam ao longo dos anos.

Mudar é possível, para tanto, temos que ter um governo decente e uma sociedade que deixe de ter políticos de estimação e passe a exercer uma participação democrática verdadeira em torno das coisas da república.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.