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27 de dezembro de 2021

Mensagem de agradecimento e boas festas do Blog - Salve 2022!

O ano difícil de 2021 está chegando ao seu final, com ele, se vão muitas tristezas, mortes, a pandemia, incertezas e o horizonte comprometido pela dúvida quanto a possíveis novas cepas e vírus.

Mesmo assim, estamos vivos, lutando e tentando sobreviver a este período de provações. No caso brasileiro, resistindo a maior delas que é ter um presidente negacionista, que não trabalha, não exerce o poder em prol da Nação e da sociedade. Que os ventos fortes o levem em outubro de 2022, para bem longe...

Agradeço imensamente a todos que acessaram, leram, compartilharam e seguiram meu Blog Falando Um Monte em mais um ano que se encerra.

Foram milhares de acessos que somados aos dos anos anteriores perfazem mais de 1.388.000 mil visualizações em 13 anos de existência. Com 1.500 postagens de artigos de minha autoria e de diversos autores de jornais, sites e blogs famosos.

Desejo a todos boas festas! E um ano novo, com mais saúde, energias positivas, alegrias, solidariedade, fé e um novo presidente nas urnas em outubro de 2022.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político, Graduado em Gestão Pública.

17 de dezembro de 2021

A saga dos brasileiros em busca de medicamentos que deveriam ser fornecidos pelo Governo!

 O fornecimento de medicamentos pelo Estado (Municípios, Estados e Governo Federal) ao cidadão à luz do art. 196 da Constituição Federal nos leva a uma análise cuidadosa que não permite outra conclusão senão a de que o Estado não está obrigado a fornecer todo medicamento aos cidadãos brasileiros – pelo menos não com base no texto constitucional.

A Constituição Federal de 1988 trouxe uma relevante inovação para o âmbito dos direitos sociais: o acesso de todos à saúde. Tal direito está disposto nos arts. 196 a 200 da Constituição, que também delimitam as diretrizes a serem seguidas pelo Poder Público na instauração do Sistema Único de Saúde – nomenclatura utilizada pelo art. 198 da CF. Após quase dois anos do advento da Constituição, foi editada a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que regulamentou a prestação do serviço de saúde.

                                                     Matéria do G1 sobre o assunto 

Tal serviço passou a ser tratado como um “direito fundamental prestacional, exigindo, com isso, ações positivas dos poderes públicos”. Estas ações positivas devem ter como objetivo o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde. Entretanto, após 25 anos da promulgação da Constituição Federal, as mazelas no serviço de saúde são conhecidas por todos: hospitais superlotados, inexistência de equipamentos para atendimento básico e falta de médicos são apenas alguns exemplos de problemas do sistema público de saúde brasileiro. E uma das áreas de maior conflituosidade é a de fornecimento de medicamentos. 

Instituído expressamente pelo art. 6º, I, d, da Lei 8.080/90, o fornecimento de medicamentos não garante ao cidadão toda a assistência terapêutica necessária. Em verdade, a própria Lei 8.080/90 limita os medicamentos a serem fornecidos pelo Estado àqueles que constarem em lista bienal elaborada pelos gestores do SUS. Surge, então, um grande ponto de controvérsia na doutrina e na jurisprudência, o qual se busca elucidar no presente estudo: é constitucional limitar o fornecimento público de medicamentos, ou o Estado deve garantir acesso integral a toda a população?

A precariedade do sistema público de saúde aliada ao insuficiente fornecimento de remédios gratuitos ocasionou no nascimento do fenômeno da “judicialização da saúde". A notória precariedade do sistema público de saúde brasileiro, bem como o insuficiente fornecimento gratuito de medicamentos, muitos dos quais demasiadamente caros até paras as classes de maior poder aquisitivo, têm feito a população civil socorrer-se, com êxito, das tutelas de saúde para a efetivação do seu tratamento médico, através de provimentos judiciais liminares, fenômeno esse que veio a ser denominado de “judicialização” da Saúde.  

O caráter programático da regra expressa na Lei Fundamental tem sido complementado pelas decisões do Judiciário, evitando que o Poder Público fraude as justas expectativas nele depositadas pela coletividade. Ora, em sendo o direito à saúde indissociável do direito à vida, torna-se inconcebível a recusa no fornecimento gratuito de remédios e/ou tratamentos a paciente em estado grave e sem condições financeiras de custear as respectivas despesas.

É inquestionável que esse direito à saúde deve ser entendido em sentido amplo, não se restringindo apenas aos casos de risco à vida ou de grave lesão à higidez física ou mental, mas deve abranger também a hipótese de se assegurar um mínimo de dignidade e bem-estar ao paciente. 

 As recentes decisões judiciais determinando o fornecimento de remédios e/ou tratamentos não oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, inclusive a título de tutela antecipada e mediante a cominação de multa diária, têm representado um gesto solidário de apreço à vida e à saúde das pessoas, especialmente daquelas que nada tem, exceto a própria vida e dignidade. O Estado começou a ser obrigado a fornecer gratuitamente remédios de alto custo que não constam da lista do SUS àqueles que os reclamarem.

O grande problema é que nem o Ministério da Saúde tampouco as Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais cumprem a lei. As prateleiras das farmácias de ambas estão sempre com medicamentos em falta. O cidadão se vê obrigado a entrar na Justiça quando percebe que o Estado descumpre normas, regras e até a CF. O descaso é tanto que o paciente perambula pelos postos meses a fio na tentativa desesperada de conseguir os medicamentos prescritos pelos médicos do próprio sistema sejam eles, municipais, estaduais ou federal.

Descaso, desrespeito e humilhação imposta por governantes que são pagos com o dinheiro dos impostos desses cidadãos que quando precisam são tratados de forma incompatível e desumana.

                                                 Prateleiras vazias é uma constante

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Mandatos coletivos são formalizados pelo TSE para as próximas eleições!

Apesar de existirem há duas eleições, os mandatos coletivos ainda não possuíam regras formais e nem estavam previstos na lei.

               O ministro do STF, Edson Fachin - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Dessa maneira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (16) uma resolução que permite incluir nas urnas eletrônicas o nome do representante e do coletivo.

Com isso, o TSE estabeleceu que o nome do candidato continuará a aparecer na urna, mas deverá ser acompanhado do nome do coletivo que o apoia.

Por exemplo, o candidato “X” pertence ao coletivo “Y” então, o nome de “X” deverá estar acompanhado do nome de “Y” na urna: “X” do coletivo “Y”.

Segundo o TSE, o nome do coletivo não pode substituir o nome do candidato.

“No caso de candidaturas promovidas coletivamente, a candidata ou o candidato poderá, na composição de seu nome para a urna, apor ao nome pelo qual se identifica individualmente a designação do grupo ou coletivo social que apoia sua candidatura, respeitado o limite máximo de caracteres”.

No entanto, o TSE reforça que continua vedado o registro de nome de urna do coletivo ou grupo social, ou seja, a candidatura continua sendo individual.

A matéria ficou sob relatoria do ministro Edson Fachin que afirmou que o TSE “concretiza diretriz de democratização da participação política, que não colide com nenhuma regra legal, uma vez que a candidatura continua a ser individualizada”.

Por fim, o ministro Fachin declarou que o regramento estabelecido visa não confundir o eleitor, mas sim “esclarecer sobre o perfil da candidata ou do candidato”.

Autor: Marcelo Hailer - Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Publicado na Revista Fórum.

 

Se ainda ficou em dúvida sobre esse assunto, consulte: https://blog.mackenzie.br/vestibular/atualidades/o-que-sao-mandatos-coletivos/

16 de dezembro de 2021

Eles têm razão, mas pelo motivo errado!

 Desde a campanha eleitoral para a presidência em 2018, os bolsonaristas chamam a Rede Globo de “Globolixo”. Como em tudo que aconteceu de lá para os dias atuais, por obra da ira de Bolsonaro. Na verdade, ele odeia quem possa investigar seu passado de deputado federal e a atuação presente de seus filhos na política.

A emissora carioca sempre apoiou a direita desde o golpe militar, passando por Sarney em 1985, Collor em 1989, quando fez campanha declarada pelo alagoano, que na posse confiscou até o dinheiro da poupança dos brasileiros, apoiou FHC contra Lula duas vezes seguidas, omitindo o tempo inteiro tudo que estava acontecendo na economia do país.

Apoiou Serra, Alckmin, Aécio e na eleição passada novamente esteve ao lado de Bolsonaro, que cego pelo seu discurso voltado para seu gado matuto, não quis assumir que a emissora estava com ele e não com Haddad.

Pois neste momento, a emissora começa novamente a trabalhar nos bastidores do seu jornalismo para apoiar em 2022, Sérgio Moro do Podemos. A despeito de tudo que foi revelado contra o ex-juiz parcial e seus promotores da República de Curitiba, ela vai novamente ficar à direita.

Portanto, um cidadão que chame a Globo de lixo e não seja de esquerda está completamente equivocado, precisa se atualizar, ler, estudar e pensar sobre o que está acontecendo ao seu redor.

Se alguém deveria ou poderia chamar a emissora de lixo, seriam os militantes de esquerda, estes como são inteligentes, apenas não assistem sua programação, mas não ficam rotulando nada. A Globo fez campanha pelo golpe de estado de 2016 e pela prisão política do ex-presidente Lula em 2018, com o objetivo de promover um choque neoliberal na economia, a retirada de direitos e a entrega do petróleo.

Os apoiadores do Bolsonaro deveriam adorar a emissora, que somente agora em 2021, começou a mostrar um lado e este é o de Moro. Antes, ela apenas reagiu aos ataques proferidos pelo presidente e seu séquito de seguidores. Se ele não tivesse atacado tão veementemente a emissora, com certeza ela teria sido branda com ele assim como foi com a ditadura, Sarney e Collor.

Eu que não penso pelo viés ideológico e, ao contrário dos bolsonaristas, penso, raciocino e pesquiso, não gosto da programação exibida pela Rede Globo. Acho de muito mau gosto seus programas de auditório, seu jornalismo que raramente emite opiniões, suas novelas ultrapassadas que vivenciam sempre o mesmo cenário no Rio de Janeiro. Seu domínio financeiro sobre as transmissões esportivas da seleção brasileira e dos principais campeonatos de futebol sempre me irritaram muito, além do fato de não transmitirem esportes olímpicos, nem basquete, vôlei e futsal.

           Porém, acho que se há lixo, estes são os apoiadores de Bolsonaro e as emissoras subservientes ao governo, pertencentes a IURD, ao SBT, Rede TV, etc.   


Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

9 de dezembro de 2021

Esta terra ainda vai tornar-se um imenso deserto!

 Uma das muitas canções de Chico Buarque de Holanda que sofreram com a censura da ditadura militar foi Fado Tropical. Seus versos lindos e ácidos contém um refrão que repete a preocupação do genial autor à época: 

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial!
Aí, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal!

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial!
Aí, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial!

Nos dias atuais, quando vivemos o desgoverno do ex-militar, expulso da corporação, Jair Bolsonaro, esse refrão pode ser usado, alterando um pouco sua composição, com a licença poética do autor:

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um deserto colossal!
Aí, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Saara Tropical!

Desde a posse do atual presidente em janeiro de 2019, o ritmo do desmatamento e das queimadas destruindo o meio ambiente é intenso. Os números e as imagens não mentem, algo que o presidente e seus ministros tentam fazer para supostamente enganar os incautos e os países desenvolvidos.

O Brasil é o segundo país com a maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. Entretanto, o desmatamento está reduzindo de forma significativa a cobertura vegetal no território brasileiro. São aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa desmatada por ano em consequência de derrubadas e incêndios.

Esse processo acarreta vários fatores negativos ao meio ambiente, entre eles se destacam: perda da biodiversidade, empobrecimento do solo, emissão de gás carbônico na atmosfera, alterações climáticas, erosões, entre outros.

O desmatamento no Brasil ocorre principalmente para a prática da atividade agropecuária. Porém, a construção de estradas, hidrelétricas, mineração e o processo intensivo de urbanização contribuem significativamente na redução das matas.

Conforme cálculos do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, a área desmatada na Amazônia até o ano de 2002 era superior ao tamanho do território francês. Isso se deve principalmente à extração de madeira e atividade agropecuária. De acordo com pesquisas do Ministério do Meio Ambiente, foi constatado que 80% da extração da madeira na Amazônia ocorrem de forma ilegal.

Some-se a esses dados, a invasão de terras indígenas com o consentimento tácito do governo Bolsonaro. A liberação de áreas e rios para o garimpo ilegal, que destrói mananciais e matas. Por fim, o corte criminoso de madeiras para exportação.

Segundo dados do INPE a situação mais preocupante de desmatamento na Amazônia é no Pará. Em 2021, o maior desmatamento na região da Amazônia Legal foi registrado no estado: 1.886,59 km².

Já em relação às outras unidades federativas do país que compõem a região da Amazônia Legal, o Estado do Amazonas é o segundo estado com o maior desmatamento registrado em 2021: 1.237 km². Em seguida, está o Mato Grosso, com 841 km², seguido por Rondônia, que contabilizou 689 km².

Nos três anos do atual governo os órgãos de fiscalização foram sucateados e praticamente proibidos de multar, fiscalizar e impedir as ações dos garimpeiros, madeireiros, latifundiários e demais bandidos associados a muito fazendeiros inescrupulosos, que querem área de matas para transformarem em pastos.

            Este é o Brasil que regrediu nos últimos três anos, depois de muitos avanços na legislação e no controle das nossas matas, rios e floresta. Tudo por conta de um sujeito desqualificado para o cargo, eleito por pessoas que não votaram com consciência e nunca pesquisaram a vida política pregressa deste cidadão que está contribuindo com sua inércia e incapacidade para pôr em risco a Floresta Amazônica.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.