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27 de outubro de 2020

Como um leitor do Intercept_ descobriu que Bolsonaro nunca teve plano para enfrentar a pandemia?

Governo primeiro mentiu e depois admitiu que não tem plano contra efeitos econômicos e sanitários do coronavírus.

Foto Alan Santos-PR

Hélio Rodak é um leitor do Intercept_. Em maio deste ano, ele procurou o sistema de acesso à informação do governo federal com um pedido simples: uma cópia do plano nacional para tratar os efeitos sanitários e econômicos da pandemia de covid-19. Começava naquele dia uma saga que se estendeu pelos quatro meses seguintes, até culminar com o governo pego na mentira.

Agora, Rodak resolveu dividir o que descobriu com a gente. Seu pedido foi feito, primeiro, à Presidência da República; de lá, foi direcionado à Casa Civil. A primeira resposta do governo Bolsonaro veio no dia 8 de junho: algumas das informações que Rodak pediu seriam “documentos preparatórios”. Assim, não poderiam ser fornecidos – naquele momento, a pandemia já havia matado quase 40 mil brasileiros.

A Casa Civil argumentou que seria preciso aguardar a “edição do ato decisório” para que as informações pudessem ser entregues “devido ao risco de frustrar a própria finalidade em caso de divulgação antecipada”. A resposta ainda incluiu alguns links com ações isoladas e uma notícia sobre a apresentação do programa Pró-Brasil, uma iniciativa “proativa” do governo para reduzir os impactos com foco no período pós-pandemia.

Se você não sabe o que é essa iniciativa “proativa” (adoro gente que se autointitula proativa, como se não fosse mais do que a obrigação do governo pensar em soluções para a população diante da tragédia humanitária que estamos enfrentando), te convido a dar uma olhada no PDF tosco que apresentou a iniciativa. Nenhum detalhe, nenhum planejamento, nada, né? Pois é.

Rodak também não se satisfez e recorreu da primeira negativa no dia 15 de junho. A resposta veio uma semana depois: negado. Mais uma vez, o governo Bolsonaro empilhou links de iniciativas isoladas do comitê de crise e mencionou o proativo Pró-Brasil. Nada do plano nacional. Rodak insistiu. “Aquilo que me foi apresentado não se trata de um plano, mas de uma página de divulgação das ações já realizadas pelo governo”, ele justificou ao entrar com o recurso na segunda instância.

Uma semana depois veio a nova negativa: “a documentação a que se pretende acesso possui restrição especial, de caráter temporário”, justificou a Casa Civil. “Nesse momento é muito importante zelar pela segurança jurídica e pela confiança dos administrados. Assim, a restrição temporária se dá em harmonia com os interesses públicos do Estado em prol de toda a sociedade, como a segurança pública, a celeridade e a economicidade da administração pública”, disse o governo. Enquanto isso, o Brasil acumulava quase 60 mil mortes. A resposta ainda aproveitou para empilhar mais links e mencionar, pela terceira vez, o Pró-Brasil, o PDF proativo do governo.


Esse é um dos quatro slides de apresentação do Pró-Brasil. Plano? Não tem. Só isso aí mesmo.

Rodak, então, recorreu de novo – e, como determina a Lei de Acesso à Informação, a partir desta linha quem arbitra é a Ouvidora-geral da União, ligada à Controladoria-Geral da União. Nosso leitor argumentou o que parece óbvio: àquela altura, o Brasil já era o segundo país do mundo com mais mortes pelo novo coronavírus. Qual era a justificativa para que o tal plano continuasse sigiloso?

A resposta veio desta vez, no dia 3 de setembro: o recurso não poderia ser atendido porquê - informação não existe. “Em que pese as justificativas outrora formuladas, cumpre elucidar que não há especificamente um ‘plano nacional utilizado para tratamento dos efeitos econômicos e sanitários causados pela pandemia’ para que dele seja fornecida cópia”, respondeu o governo. Foi só na última instância que o leitor soube, e agora todos sabemos, que simplesmente não há um plano nacional para tratar os efeitos sanitários e econômicos da pandemia de covid-19.

Trocando em miúdos: apesar de ter negado e tentado enrolar, admitiu, por fim, que a informação que o nosso leitor queria – e todos nós – simplesmente não existe.

Trecho do parecer da CGU em que o governo enfim admite sua incompetência.

O governo afirmou que a crise é tratada por “estruturas temporárias e dinâmicas” criadas especificamente para esse fim. Também explicou que cada ministério tem suas próprias ações e programas para lidar com a pandemia – e que, se quisesse, Rodak teria de pedir a cada uma das áreas do governo os planos específicos. Articulação central? Planejamento? Nada.

A própria ouvidoria entendeu que o governo modificou seu argumento ao longo das respostas: primeiro disse que o plano estava em “documentos preparatórios” e depois falou em “restrição especial” até que, enquadrado, assumiu que eles não existem.

Não por acaso, o governo Bolsonaro já é recordista de negativas de acesso à informação: só pouco mais da metade dos pedidos é atendida. É o pior índice desde 2012, quando a lei entrou em vigor. Mas o nosso leitor, que não é jornalista, insistiu e pegou o governo menos transparente da história recente do país no pulo – e achamos que vocês fossem gostar de saber disso.

O Brasil já tem 157 mil mortes por covid-19 e está no quarto lugar no ranking de óbitos proporcionais à população, atrás apenas de Bolívia, Bélgica e Peru. A economia também deve retroceder 5,8% em 2020 – e o Brasil ainda bateu o recorde de desemprego, 13,8%, maior número desde o início da série histórica em 2012. Bolsonaro não salvou vidas e nem empregos. Agora vocês já sabem: o plano para isso nunca existiu.

Autora: Tatiana Dias – Site Intercept_

25 de outubro de 2020

Este não é um simples artigo, mas sim, um apelo pela vida!

O Brasil é mesmo um país estranho, torra milhões com futilidades, desperdiça outros milhões em coisas desnecessárias além de perder bilhões anualmente com corrupção. Entretanto faz economia “burra” através da cegueira de seus dirigentes políticos. Os gastos com saúde pública são um triste exemplo para a sociedade brasileira. Com orçamentos bilionários não tratam da saúde e sim da doença, correndo atrás do próprio rabo enquanto milhares de brasileiros morrem sem ter medicamentos e acesso as curas.

Um exemplo simples e muito significativo está quando uma criança brasileira nasce e por economia burra não tem o exame ampliado do teste do pezinho realizado gratuitamente pelo SUS. Ao invés disso, o exame usado prevê apenas seis doenças com o diagnóstico de fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.

O Instituto Vidas Raras e outras entidades e ONGs comandam iniciativa para que o procedimento feito no sistema público de saúde identifique 53 doenças raras.

O Teste do Pezinho, que faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal do Sistema Único de Saúde (SUS), é feito preferencialmente entre o segundo e o quinto dia de vida do bebê para identificação de seis doenças genéticas, endocrinológicas e metabólicas.

Na rede particular o exame básico detecta 12 doenças, o ampliado 30, o Plus 33, o Master 38, o Expandido 60 e o Completo mais de 100 tipos de possíveis anomalias. São realizadas todas as variações do exame, que é bastante simples, mas de fundamental importância para os bebês.

Entre as doenças não previstas no teste do pezinho do SUS está a gravíssima “Acidúria Glutárica” que é uma doença hereditária do metabolismo dos aminoácidos lisina, hidroxilisina e triptofano, causada pelo déficit da enzima desidrogenase do glutaril-CoA. Trata-se de uma doença de transmissão autossômica recessiva, estando atualmente conhecidas mais de 150 mutações no gene responsável. A doença mata progressivamente os neurônios da criança sempre que ela se alimenta de proteínas.

A criança portadora dessa doença nasce saudável, porém se não for detectada a doença ela terá problemas neurológicos que entre outras coisas a deixarão numa cadeira de rodas sem poder movimentar ou sustentar seu próprio corpo.

E porque o SUS, o Ministério da Saúde e o Governo Federal não mudam essa situação implantando o teste ampliado? A famosa economia sem nexo, não querem gastar com o povo mais simples que usam o SUS. Pois os ricos ou as pessoas com melhores condições financeiras possuem planos de saúde onde estes testes são realizados E o pior, os pais não são informados pelo sistema (Médicos, Enfermeiras, etc.) sobre a necessidade da realização do teste ampliado.

          Para mudar essa situação é preciso incomodar o governo com milhões de assinaturas que serão transformadas em lei federal e assim o governo e o SUS irão cumprir a sua simples obrigação de proteção a criança e aos pais.

Para assinar o abaixo assinado solicitando a ampliação do Teste completo do Pezinho basta acessar o Site e assinar o pedido.

 https://pezinhonofuturo.com.br/e

Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

19 de outubro de 2020

A inacreditável política de estoques de Paulo Guedes!

Mesmo sem o Imposto de Importação, o produto importado sempre será mais caro do que o exportado devido ao fator frete. Para o produtor de Mato Grosso vender para São Paulo, paga apenas um transporte regional. Para exportar, tem que atravessar o oceano.

Foto Reprodução - Abracomex

Há apenas uma dúvida em relação ao Ministro da Economia Paulo Guedes: se ele permaneceu despreparado por nunca ter deixado de ser ideológico; ou se permaneceu preso aos slogans ideológicos dos anos 70 pelo fato de nunca ter se preparado para conhecer a economia. O fato é que nunca conseguiu ir além dos aspectos meramente fiscais. É de uma ignorância paquidérmica em relação a aspectos comezinhos de políticas públicas.

É o caso da política de abastecimento do país. Por questões fiscais, Guedes acabou com a política de estoques reguladores. Quando explodiu a pandemia, países mais responsáveis seguraram as exportações de alimentos. As cotações internacionais aumentaram. Como o câmbio também explodiu, os preços finais das commodities, em reais, aumentaram duplamente, pelo aumento dos preços em dólares e pelo aumento do preço do dólar.

Imagine o seguinte:

Determinada cotação de commodity é de US$ 100,00.

O dólar está a R$ 4,00.

A cotação em reais será de R$ 400,00 (4,00 x 100,00).

O frete será de US$ 10,00.

Lucro = (Cotação – Frete) x US$

Lucro = (US$ 100 – US$ 10) x R$ 4,00 = R$ 360,00

Este seria o preço a balizar o mercado interno.

Imagine, agora, que a cotação aumentou 10% (foi para US$ 110,00), o dólar foi para R$ 5,50 e o frete ficou em US$ 10,00.

Novo lucro = (US$ 110 – US$ 10) x R$ 5,50 = R$ 550,00, uma alta de 53%.

O caminho natural seria impor cotas de exportação ou então um imposto de exportação de, digamos, 20%. Em vez de R$ 550,00, o exportador receberia R$ 440,00, ainda assim tendo um ganho de 22% sobre o período anterior. Mas esse seria o preço base para o mercado interno.

Mas Guedes não quer mexer no lucro do agronegócio. O que faz, então? Autoriza a importação dos produtos de maior impacto na inflação sem imposto de importação. Qual será o resultado? Zero.

Vamos comparar o preço do produto importado com o produto exportado.

No caso do exportado, o preço do frete é descontado do valor a receber pela exportação.

Produto exportado = Cotação internacional x cotação do dólar – frete.

No caso do produto importado, é o oposto

Produto importado = Cotação internacional x cotação do dólar + frete + Imposto de Importação.

Ou seja, mesmo sem o Imposto de Importação, o produto importado sempre será mais caro do que o exportado devido ao fator frete. Para o produtor de Mato Grosso vender para São Paulo, paga apenas um transporte regional. Para exportar, tem que atravessar o oceano.

Mas suponha que alguma trading encontre um produto mais barato do que o nacional exportado? Ela jamais trará para o país, porque será mais lucrativo vender imediatamente para mercados próximos, sem o custo do frete interoceânico.

Este é o resultado final de um Ministro sem noção. Bastaria um mero exercício de lógica para constatar a inutilidade da redução dos impostos de importação. Eles só servem para o caso de escassez de produtos; jamais para segurar preços de produtos com cotação internacional.

Aqui, alguns exemplos do peso das importações de alguns produtos em relação ao que é exportado: irrelevante. 




Autor: Luis Nassif - GGN

18 de outubro de 2020

Discussões infrutíferas mostram sociedade despreparada!

 “Cada sábio tem a sua ignorância,

e cada ignorante, a sua sabedoria”

Autor desconhecido

A conversa da moda nas ruas, supermercados, redes sociais e nos grupos de WhatsApp é a obrigatoriedade ou não da futura vacina contra a Covid-19 e a sua origem. De repente, brasileiros que não cumprem com muitas das suas obrigações e deveres, viraram cientistas com profundo conhecimento em virologia.

Muitos afirmam que não são obrigados a tomar vacina contra a Covid-19, outros já estão praticando isso há tempos com seus filhos, não os vacinando contra Sarampo, Rubéola, Poliomielite, etc. Colocando em risco os filhos e a sociedade que é obrigada a conviver com gente deste nível baixo de inteligência e senso de humanidade.

Muitos discutem a origem da vacina, e dizem: “Se for chinesa não tomarei de forma alguma”. Como se estas mesmas pessoas não consumissem produtos diversos, inclusive automóveis oriundos da China. Como se aquele país não fosse o maior parceiro comercial do Brasil, acima dos EUA e da Argentina.

Mas no fundo, a discussão nada tem a ver com obrigatoriedade e origem da vacina. A questão é meramente ideológica com cunho rasteiro e lamentavelmente rasa. Essas pessoas tomaram e aprovaram a Cloroquina ministrada por um político que nunca foi médico, assim como se disporiam a fazer o tratamento proposto pelo prefeito bolsonarista de Itajaí - SC com aplicação de ozônio retal.

A vacina em questão, está sendo elaborada em S. Paulo, numa parceria entre o renomado Instituto Butantã e o Laboratório Chinês Sinovac. Entretanto, existem muitos laboratórios em fase avançada para a conclusão da vacina contra a Covid-19 no mundo. Deveria numa primeira análise ser considerada a eficácia da vacina e o benefício que esta trará para a humanidade ao evitar que o vírus permaneça se alastrando e matando milhões de pessoas no mundo.

Tratar uma questão tão importante apenas com cunho ideológico, ou sendo preconceituoso com sua a origem quando na verdade não vivemos num país que sirva de modelo para ninguém, nem no campo político, muito menos da educação e ciência.

Estas pessoas deveriam simplesmente esperar os resultados para depois opinar, embora, nunca tenham feito isso ao ingerir novas bebidas, medicamentos (Somos o país campeão mundial da pratica de automedicação).

Essa nossa brava gente brasileira joga lixo através das janelas de seus veículos nas ruas, não tira ou renova CNH para poder dirigir de acordo com as leis, sonega impostos, anda na contramão ou atravessa semáforos no vermelho, mas questionam vacinação...

Vacinas em Fase 3 dos testes em humanos

Laboratório

Nome da Vacina

Tipo de Imunização

País

Janssen Pharmaceutical Companies

Ad26SARS-CoV-2

Vetor Viral

EUA

Inst. Nac. de Alergia e Doenças Infecciosas

mRNA 1273

Genética

EUA

BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer

BNT162

Genética

EUA/Alem.

Oxford/Astra Zeneca

AZD1222

Vetor Viral

Reino Unido

Sinovac

CoronaVac

Inativado

China

Instituto Wuhan/Sinopharm

-x-

Inativado

China

Instituto Pequim Sinopharm

-x-

Inativado

China

CanSino Biological Inst.de Pequim

AD5-nCov

Vetor Viral

China

Instituto de Pesquisa Gamaleya

Sputinik V

Vetor Viral

Rússia

Fonte: OMS

 

 

 

https://jornalggn.com.br/internacional/china-vai-comecar-a-comprar-soja-da-tanzania-em-busca-de-novos-fornecedores/






Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

    

15 de outubro de 2020

Um retrato do Brasil!

É a ambição de possuir, mais do que qualquer outra coisa, que impede os homens de viverem de uma maneira livre e nobre. Bertrand Russell

Se em pleno século XXI, no ano de 2020, tivéssemos que pintar um retrato do país este com certeza seria o da aglomeração de milhares de pessoas para entrar numa Loja em Belém do Pará, em plena Pandemia do Coronavírus que já matou 150 mil brasileiros e mais de um milhão ao redor do mundo.

Sem lógica, sem qualquer justificativa plausível, essas pessoas desprovidas de raciocínio e amor à vida delas e de seus familiares enfrentaram calor, aglomeração e tumulto apenas para entrar numa loja que assim como tantas outras do varejo vendem os mesmos produtos, praticando em geral os mesmos preços.

Se somarmos a isso as praias lotadas, as festas clandestinas, os churrascos de final de semana com amigos e familiares, podemos entender que é totalmente possível uma segunda onda ainda mais mortal que a primeira da Covid-19 em nosso país.

Essa demonstração absurda dos paraenses naquela loja evidencia a falta de educação, informação, conhecimento de toda uma geração no Brasil. Um país onde o analfabetismo progride, a fome cresce, a violência se mantém enquanto o governo federal se preocupa com ideologia e outras bobagens que não resolvem as questões centrais do pais.

O dono da loja inaugurada em Belém do Pará possui outras centenas em várias cidades do país, boa parte as custas da sonegação de impostos, daquele que se veste de palhaço verde amarelo em nome de um patriotismo falso, pois quem sonega é criminoso e lesa pátria.

Alhures a tudo isso, o povão põe em risco suas vidas por um tupperware, uma toalha ou qualquer produto sem avaliar a necessidade de estar naquele momento de inauguração. Sendo que a loja estará no mesmo local por muitos anos.

Com tantos protocolos que foram criados por empresas, governos e pela própria sociedade, como alguém explica que o governo do Pará e a prefeitura de Belém do Pará consentiram essa aberração que chocou o país.

O pior de tudo é que essa situação já ocorreu em São Paulo na Rua 25 de março, na cidade do Rio de Janeiro e em tantos outros lugares e cidades do país. A ausência de educação traz entre outras esta consequência, enchendo de escuridão onde deveria haver luz.

https://youtu.be/FGPzG7wmbic  

Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.