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22 de junho de 2023

O que o gênio Noam Chomsky pensa sobre o Brasil, que aqui não se fala na mídia!

Recentemente, o linguista norte-americano Noam Chomsky, um dos maiores intelectuais da nossa era, falou sobre os nossos políticos, nossa elite entre outros assuntos. “O Brasil é uma espécie de caso especial. Raramente vi um país em que elementos da elite sentissem tanto desprezo e ódio pelos pobres e pelos trabalhadores. Está arraigado. Não pretendo saber muito sobre isso, mas pela minha experiência limitada, é o que tenho visto”, disse Chomsky. 

Para o renomado intelectual, o avanço da privatização no gigante sul-americano supõe uma “transferência de poder” da esfera pública para a privada, que não tem obrigação social de beneficiar a população.

A possível privatização da empresa dos Correios, por exemplo, “é mais um passo na destruição do país”, disse o professor. Ele lembrou que o Brasil tem uma das pessoas que está comprometida com a sua ruína, como é o caso do ministro da Economia, Paulo Guedes, “um grande exemplo disso”.

Referiu que o último esforço é privatizar os Correios, pelo menos as partes lucrativas. “Essa é a fórmula do Guedes, privatizar tudo”, disse.

Ele ressaltou que esta é a receita: entregar tudo ao poder privado e ao capital internacional. “Uma forma de destruir. Ele tinha prática nisso, pois já havia trabalhado na ditadura (de Augusto) Pinochet, que realmente destruiu o país (Chile)”.

Ao empobrecer o povo, as elites entendem profundamente o conceito de luta de classes. A degradação dos mais pobres através da política de Guedes favorece a manutenção das classes dominantes no poder, explicou o linguista.

Por outro lado, fez um forte alerta sobre a devastação da Amazônia que, sob o governo de Jair Bolsonaro, atingiu níveis históricos. Segundo o ativista, o Brasil pode virar um deserto completo se medidas radicais não forem tomadas para proteger o bioma.

“Ainda mais sério é que cientistas brasileiros descobriram recentemente que o sudeste da Amazônia já passou de sequestrador de carbono a emissor de carbono, muitas décadas antes do previsto, muito antes”, alertou.

Para o filósofo, a redução drástica das chuvas e o aumento das secas severas tornarão as áreas agrícolas mais extensas inutilizáveis. “É também um prejuízo grave para todos, mas principalmente para o Brasil. São problemas que não podem ser adiados”, refletiu. “A menos que o Brasil consiga enfrentar esses problemas, não estará mais conosco em algumas décadas de forma viável. Então, é claro, isso também significa genocídio para a população indígena, que luta muito e tenta ser ouvida, implorando por apoio”, enfatizou.

        Estas são suas opiniões sobre Bolsonaro, a nefasta figura de Guedes e seu entreguismo sobre o manto da privatização para supostamente acabar com a corrupção, algo que é mentira, visto que as privatizações ocorridas na década de 90 não impediram a corrupção nos anos seguintes no país. 

          Estes políticos têm compromissos com banqueiros, investidores, empresas americanas e precisam de uma desculpa para privadoar as empresas a preços módicos. O pensador norte-americano conseguiu em pouco tempo sintetizar com profunda sabedoria aquilo que nossa grande mídia finge não ver.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Fonte: Prensa Latina.

17 de junho de 2023

A taxa de juros mantida pelo BC é um golpe contra nossa economia!

A direita quando assumiu o poder depois do golpe em Dilma, tratou logo de tornar o presidente do Banco Central – BC um cargo fixo, sem interferência do Poder Executivo. A mídia não deu a mínima, nem procurou saber quais eram os reais motivos desta mudança. 

Os analistas, jornalistas e economistas como sempre, por ser algo feito pela direita aplaudem sem questionar absolutamente nada. Em sua gestão Bolsonaro sancionou a Lei de Autonomia do Banco Central garantindo mandatos fixos ao presidente e diretores em formato intercalado para um mandato de quatro anos, com direito a uma recondução. Por este motivo o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, permanece no cargo até dezembro de 2024.

Ninguém estranhou que o presidente tenha aberto mão desta indicação, mas não o tenha feito para dezenas de outros cargos, como por exemplo, no Judiciário. Na gestão de Lula, quando temos a reestruturação da economia, a volta do crescimento, a volta das políticas sociais e dos benefícios para as minorias, o país assiste incrédulo um BC mantendo a taxa de juros em 13,75%. Contrariando todas aa análises, inclusive de economistas que ganharam o prêmio Nobel de Economia.

Porque então o bolsonarista raiz Campos Neto insiste com essa medida no BC? Qual o real motivo, se a inflação está em queda e a economia dá sinais claros de recuperação? A explicação que enxergo é simples demais: “a União tem uma dívida enorme para com os bancos, logo, para que os lucros da dívida sejam cada vez maiores, nada como ter juros estratosféricos suportando o pagamento feito pela União.

Com a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 13,75% ao ano, o Brasil continua com o maior juro real do mundo, mesmo quando comparado a vizinhos, como Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela. A decisão do Banco Central de manter a taxa neste patamar, aumenta as críticas do presidente Lula à autoridade monetária. Ele afirmou que "nenhum ser humano da Terra" explica os juros atuais do Brasil.

Países como Japão, Suécia, Portugal e Espanha têm taxas negativas de 1,54%, 4,03%, 4,34% e 4,78%, respectivamente. Isso significa que a taxa de juros vigente é inferior ao índice de variação de preços. Títulos públicos, por exemplo, têm rendimento insuficiente para sequer cobrir a inflação. 

            Economista-chefe na Infinity Asset Management, Jason Vieira prevê que o início do ciclo de corte de juros no Brasil só comece no último trimestre do ano, apesar do Banco Central ter dado início à subida da taxa antes e de forma mais rápida que outros países. Em apenas 15 meses, a Selic saiu de 2% para 13,75%.

É claro que a manutenção desta taxa de juros obscena favorece apenas e tão somente os banqueiros, os grandes empresários, a elite financeira e os milionários. Quando a direita toma posse e chega ao poder, ela trabalha exclusivamente para os mais ricos, em detrimento da classe média, dos pobres e daqueles que estão abaixo da linha da miséria.

Foi assim com Bolsonaro, que nada fez pelos pobres e pela classe média, não realizou nada em termos de projetos habitacionais, obras, saneamento básico, saúde pública ou educação. Ao invés disso liberou armas, impediu fiscalização das terras indígenas, do meio ambiente e permitiu o desmatamento de áreas de proteção, floresta amazônica, pantanal e cerrado livremente.

          É preciso que venha à tona a verdade sobre a indicação e a manutenção do atual presidente do BC. Como também se faz urgente investigar quem são aqueles que lucram milhões com essa taxa nas alturas.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Talvez seja apenas uma coincidência em Juiz de Fora!

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpriu mandados na Santa Casa de Juiz de Fora, no dia 15 de junho de 2023, em obediência à Operação “No Mercy”, uma investigação que apura desvios e fraudes na ordem de R$ 8 milhões.

Além do bloqueio da quantia, os investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão na cidade e também no Rio de Janeiro, além do afastamento de servidores da unidade de saúde. O MPMG não informou o que foi apreendido e quantas pessoas foram afastadas.

Em nota, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora informou que a instituição já vinha colaborando com as investigações e que “isso seguirá sendo feito”. Eles sempre dizem isso quando a casa está caindo e a polícia está na porta.

Em 2018, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu os primeiros socorros e realizou procedimentos cirúrgicos na unidade de saúde após supostamente ter sofrido uma facada sem derramamento de sangue naquela cidade durante ato de campanha.

Conforme o MPMG, as investigações começaram a partir de denúncias encaminhadas ao órgão que “reportavam favorecimentos pessoais e desvios de recursos públicos e privados da área de saúde”.

A operação também estabeleceu o sequestro de imóveis e indisponibilidade de bens que somam mais de R$ 8,5 milhões. As investigações começaram a partir de denúncias de favorecimentos pessoais e desvio de recursos públicos e privados da área de saúde.

Os mandados foram cumpridos em Juiz de Fora e no Rio de Janeiro (RJ). O processo está sob sigilo judicial, por isso, o MPMG não informou detalhes da investigação e quantas pessoas foram presas. A operação é em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

O presidente da Santa Casa de Misericórdia, Renato Loures, é o principal investigado na operação realizada nesta quinta-feira, 15, pelo Ministério Público de Minas Gerais e também do Rio de Janeiro. Ele foi afastado por tempo indeterminado da função por decisão do juiz Daniel Réche da Motta, que deferiu os pedidos formulados pelo MP.

De acordo com a ação cautelar criminal ajuizada, que não está mais sob sigilo de Justiça, verificou-se, dentre outros fatos apurados, a existência de indícios de desvio de recursos públicos e/ou particulares na contratação das empresas IMAGINAI - Arquitetura e Urbanismo Ltda. e IMMA Desenhos de Arquitetura Ltda. (atualmente IMMA Design de Interiores Ltda.), da filha do presidente, Moema Falci Loures, além do genro Fábio Gonçalves Cardoso.

Também está sendo investigada a arquiteta Nathália Pereira Reis Pinto. Segundo o MP, o favorecimento poderia ser provado com documentos pois eram as empresas recém constituídas e não possuíam, nem seus sócios, experiência ou formação em arquitetura hospitalar, quando foram contratadas.

No caso da Santa Casa de Juiz de Fora fica no ar a enorme coincidência dos fatos entre a presença do então candidato à presidência numa ação que até hoje é investigada e os indícios de fraudes levantadas agora na Operação do MPMG. Mas com certeza são apenas coincidências...

Funcionários da Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, foram afastados após investigação sobre desvios de dinheiro público.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.