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17 de junho de 2023

Talvez seja apenas uma coincidência em Juiz de Fora!

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpriu mandados na Santa Casa de Juiz de Fora, no dia 15 de junho de 2023, em obediência à Operação “No Mercy”, uma investigação que apura desvios e fraudes na ordem de R$ 8 milhões.

Além do bloqueio da quantia, os investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão na cidade e também no Rio de Janeiro, além do afastamento de servidores da unidade de saúde. O MPMG não informou o que foi apreendido e quantas pessoas foram afastadas.

Em nota, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora informou que a instituição já vinha colaborando com as investigações e que “isso seguirá sendo feito”. Eles sempre dizem isso quando a casa está caindo e a polícia está na porta.

Em 2018, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu os primeiros socorros e realizou procedimentos cirúrgicos na unidade de saúde após supostamente ter sofrido uma facada sem derramamento de sangue naquela cidade durante ato de campanha.

Conforme o MPMG, as investigações começaram a partir de denúncias encaminhadas ao órgão que “reportavam favorecimentos pessoais e desvios de recursos públicos e privados da área de saúde”.

A operação também estabeleceu o sequestro de imóveis e indisponibilidade de bens que somam mais de R$ 8,5 milhões. As investigações começaram a partir de denúncias de favorecimentos pessoais e desvio de recursos públicos e privados da área de saúde.

Os mandados foram cumpridos em Juiz de Fora e no Rio de Janeiro (RJ). O processo está sob sigilo judicial, por isso, o MPMG não informou detalhes da investigação e quantas pessoas foram presas. A operação é em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

O presidente da Santa Casa de Misericórdia, Renato Loures, é o principal investigado na operação realizada nesta quinta-feira, 15, pelo Ministério Público de Minas Gerais e também do Rio de Janeiro. Ele foi afastado por tempo indeterminado da função por decisão do juiz Daniel Réche da Motta, que deferiu os pedidos formulados pelo MP.

De acordo com a ação cautelar criminal ajuizada, que não está mais sob sigilo de Justiça, verificou-se, dentre outros fatos apurados, a existência de indícios de desvio de recursos públicos e/ou particulares na contratação das empresas IMAGINAI - Arquitetura e Urbanismo Ltda. e IMMA Desenhos de Arquitetura Ltda. (atualmente IMMA Design de Interiores Ltda.), da filha do presidente, Moema Falci Loures, além do genro Fábio Gonçalves Cardoso.

Também está sendo investigada a arquiteta Nathália Pereira Reis Pinto. Segundo o MP, o favorecimento poderia ser provado com documentos pois eram as empresas recém constituídas e não possuíam, nem seus sócios, experiência ou formação em arquitetura hospitalar, quando foram contratadas.

No caso da Santa Casa de Juiz de Fora fica no ar a enorme coincidência dos fatos entre a presença do então candidato à presidência numa ação que até hoje é investigada e os indícios de fraudes levantadas agora na Operação do MPMG. Mas com certeza são apenas coincidências...

Funcionários da Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, foram afastados após investigação sobre desvios de dinheiro público.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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