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17 de junho de 2023

A taxa de juros mantida pelo BC é um golpe contra nossa economia!

A direita quando assumiu o poder depois do golpe em Dilma, tratou logo de tornar o presidente do Banco Central – BC um cargo fixo, sem interferência do Poder Executivo. A mídia não deu a mínima, nem procurou saber quais eram os reais motivos desta mudança. 

Os analistas, jornalistas e economistas como sempre, por ser algo feito pela direita aplaudem sem questionar absolutamente nada. Em sua gestão Bolsonaro sancionou a Lei de Autonomia do Banco Central garantindo mandatos fixos ao presidente e diretores em formato intercalado para um mandato de quatro anos, com direito a uma recondução. Por este motivo o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, permanece no cargo até dezembro de 2024.

Ninguém estranhou que o presidente tenha aberto mão desta indicação, mas não o tenha feito para dezenas de outros cargos, como por exemplo, no Judiciário. Na gestão de Lula, quando temos a reestruturação da economia, a volta do crescimento, a volta das políticas sociais e dos benefícios para as minorias, o país assiste incrédulo um BC mantendo a taxa de juros em 13,75%. Contrariando todas aa análises, inclusive de economistas que ganharam o prêmio Nobel de Economia.

Porque então o bolsonarista raiz Campos Neto insiste com essa medida no BC? Qual o real motivo, se a inflação está em queda e a economia dá sinais claros de recuperação? A explicação que enxergo é simples demais: “a União tem uma dívida enorme para com os bancos, logo, para que os lucros da dívida sejam cada vez maiores, nada como ter juros estratosféricos suportando o pagamento feito pela União.

Com a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 13,75% ao ano, o Brasil continua com o maior juro real do mundo, mesmo quando comparado a vizinhos, como Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela. A decisão do Banco Central de manter a taxa neste patamar, aumenta as críticas do presidente Lula à autoridade monetária. Ele afirmou que "nenhum ser humano da Terra" explica os juros atuais do Brasil.

Países como Japão, Suécia, Portugal e Espanha têm taxas negativas de 1,54%, 4,03%, 4,34% e 4,78%, respectivamente. Isso significa que a taxa de juros vigente é inferior ao índice de variação de preços. Títulos públicos, por exemplo, têm rendimento insuficiente para sequer cobrir a inflação. 

            Economista-chefe na Infinity Asset Management, Jason Vieira prevê que o início do ciclo de corte de juros no Brasil só comece no último trimestre do ano, apesar do Banco Central ter dado início à subida da taxa antes e de forma mais rápida que outros países. Em apenas 15 meses, a Selic saiu de 2% para 13,75%.

É claro que a manutenção desta taxa de juros obscena favorece apenas e tão somente os banqueiros, os grandes empresários, a elite financeira e os milionários. Quando a direita toma posse e chega ao poder, ela trabalha exclusivamente para os mais ricos, em detrimento da classe média, dos pobres e daqueles que estão abaixo da linha da miséria.

Foi assim com Bolsonaro, que nada fez pelos pobres e pela classe média, não realizou nada em termos de projetos habitacionais, obras, saneamento básico, saúde pública ou educação. Ao invés disso liberou armas, impediu fiscalização das terras indígenas, do meio ambiente e permitiu o desmatamento de áreas de proteção, floresta amazônica, pantanal e cerrado livremente.

          É preciso que venha à tona a verdade sobre a indicação e a manutenção do atual presidente do BC. Como também se faz urgente investigar quem são aqueles que lucram milhões com essa taxa nas alturas.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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