A corrupção não é uma invenção brasileira,
mas a impunidade é uma coisa muito nossa.
Jô Soares
A vantagem de envelhecer é sentir que
ainda estamos vivos, compartilhando nossas experiências pessoais e
profissionais, aproveitando nosso tempo nessa passagem efêmera que o criador
nos proporciona.
A desvantagem, se é que podemos a ela
atribuir, é o fato de que conseguimos fazer comparações. Sim, e das mais diversas
na vida. Sem perceber comparamos as músicas, os filmes, a arte em geral, as
roupas e os hábitos, as pessoas e os políticos.
E de uma forma geral, até inconsciente tendemos
a valorizar muito mais aquilo que vivenciamos na época da nossa juventude.
Natural que o façamos, afinal de contas, vivíamos intensamente naquela fase das
nossas vidas.
Embora, na mesma medida não dávamos a
atenção devida as coisas mais sérias, como a política, por exemplo, não
perdíamos tempo com as notícias do estrangeiro, líamos menos as coisas
importantes do país em detrimento a tudo que era atinente a nossa juventude.
Com o passar dos anos fomos percebendo,
e a isso chamamos de experiência, o quão importante são as coisas que estão ao
nosso redor e que dizem respeito a vida em sociedade.
Havia menos corrupção nas décadas de ’60
e ’70 em relação aos primeiros anos do século XXI ou nós é que não líamos e nem
nos interessávamos por isso naquela época? Os políticos eram melhores do que os
atuais? Os governos eram melhores?
Para termos certeza, a solução é sempre recorrermos
aos historiadores que analisam os fatos sem paixão, mas com muita atenção nos dados
históricos. A leitura é fundamental para mantermos nossa mente ativa, lucida e
sempre em busca de novos conhecimentos.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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