A dificuldade não está nas
novas ideias,
mas sim em escapar as antigas.
John Maynard Keynes
O Brasil sempre teve dificuldade em
ter no seu comando lideres visionários, estadistas que enxerguem além do Lago Paranoá
no Distrito Federal, ou que ainda, sejam determinados a promover a igualdade
com liberdade, desenvolvimento e muito investimento em Educação.
Se voltarmos no tempo perceberemos que
nossa frágil democracia sempre prescindiu de um líder com estofo moral para
deixar de lado apoios partidários, convenções imorais de segmentos sectários em
favor do povo brasileiro. Alguns avanços tímidos em uma ou outra gestão e nada
mais que possamos comemorar desde que a proclamação da nossa República em 1889.
Sem contar que neste período de cento
e trinta anos, perdemos muito com ditaduras, intervenções militares, golpes e
gestões medíocres que atrasaram sobremaneira o país.
Hoje, em pleno decorrer do século XXI,
no Brasil nossos governantes estão preocupados com identidade de gênero,
ideologia, filmar alunos cantando o hino nacional ou bizarrices como golden
shower. Enquanto os países desenvolvidos estão com o foco voltado para discutir
e ensinar seus jovens sobre inteligência artificial, machine learning, big
data.
Nosso atraso não está ligado à gestão
deste ou daquele partido como querem nos fazer engolir o atual governo, nosso
atraso político, econômico e educacional está ligado a nossa classe política e
dominante desde o descobrimento em 1500. A troca dos espelhinhos feita pelos
portugueses com nossos índios era um sinal claro de que nossa pátria seria
moldada em propinas, corrupção e atraso cultural e cientifico por séculos.
Há muito tempo precisamos de
governantes que promovam a discussão de uma revolução no nosso sistema
educacional, diante de uma população que tem quase 70% de analfabetos
funcionais e precisa dar um basta nesta situação de calamidade. Nossa juventude
não pode acreditar que sem estudo e dedicação máxima conseguirá alcançar algo
além de salários mínimos em funções operacionais.
O país precisa ditar as estratégias
para o futuro da educação, planejando suas necessidades de acordo com a direção
assumida pelo governo. A tecnologia não vai cair do céu, será preciso muito
investimento em nossa Educação, nosso parque industrial, gerando com isso um
crescimento sustentável calcado em educação eficiente, profissionais altamente
capacitados dentro de um ambiente de evolução tecnológica.
Nos EUA jovens estão estudando
Business, Management e Tecnologia em suas universidades de ponta. Aqui nossos
jovens cursam humanas, sem noção alguma da importância daquele curso para seu
futuro numa Uniskina qualquer. Os cursos superiores foram amplamente criados
sem critérios de qualidade e completamente fora de um planejamento estratégico
do governo.
Precisamos de cursos que gerem valor
agregado a nossa economia, cursos devidamente aprovados pelo MEC, com critérios
mais rígidos. Assim, em alguns anos poderemos deixar de fabricar tantos
profissionais de Direito, Psicologia, Administração, Marketing, Sociologia que
são subempregados em funções aquém daquilo que estudaram.
A China, Finlândia, EUA, Alemanha,
Noruega, e tantas outras nações estão muito adiantadas em relação a nossa
sociedade, em boa parte por culpa de nossos medíocres gestores, que na verdade
são políticos de quinta categoria travestidos de gestores públicos a serviço de
empreiteiros, banqueiros e demais empresários interessados apenas sem seu lucro
e crescimento pessoal.
É preciso urgentemente uma revolução
na educação brasileira, uma reciclagem completa do conteúdo programático e da
capacitação dos nossos professores. Precisamos atualizar o ensino e
modernizá-lo se quisermos deixar de ser uma nação de postadores de idiotices em
Facebook para entrarmos no mundo competitivo que está a nossa frente cerca de
cem anos.
Um comentário:
Nobre Amigo...brilhante sua explanação....verdadeira, translúcida e transparente! Dei uma risadinha discreta ao ler novamente sua "sempre" lembrança sobre o indio recebendo o espelhinho das mãos de Cabral (?) no ano de 1.500..rsrs...me parece que a corrupção começou ali? Não, meu Nobre Amigo...antes já tínhamos em nosso território, holandeses, franceses, ingleses...mas nossos pobres amigos portugueses levaram a fama de comprometimento com o roubo e assalto do ouro e outras riquezas criando " o santinho do páu ôco " imagens ocas cheias de outro dentro..mas como Deus é brasileiro, o roubo continua até hoje, pois o País é muito rico!E o povo muito indolente, que aceita calado a exploração da "fiel corja politica" que pegou gosto pela coisa alheia! Nosso destino vai ser o agro negócio.. tecnologia, internet, outros programas tecnológicos, vai continuar engatinhando. Genios brasileiros não ficam no nosso País! O Brasil é muito rico, mas nos esquecemos que a maior riqueza que podemos ter, está nos cérebros de nossos habitantes! O que infelizmente são os primeiros a irem embora! Momento dificil, Nobre Amigo...e demanda tempo! E do jeito que estamos indo, o título acima vai ser mudado para "150 anos e continuando andando para trás"..Um grande abraço, um ótimo artigo no seu blog e uma excelente oportunidade para que eu colocasse algumas palavras a respeito de minha opinião! Obrigado pela chance de expô-la!
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