O Produto Interno Bruto –
PIB...mede tudo...
exceto aquilo que faz a vida valer a pena.
Robert F. Kennedy
O mundo ocidental, chamado primeiro
mundo, gasta algo em torno de U$ 135 bilhões de dólares por ano, U$ 11,2
bilhões de dólares por mês ou U$ 4.274 dólares por segundo em ajuda para o
desenvolvimento de países pobres segundo dados da OCDE. Nos últimos 50 anos,
isso gerou um investimento de aproximadamente cinco trilhões de dólares.
Parece muito, mas na verdade apenas a titulo
comparativo as guerras do Iraque e Afeganistão custaram praticamente à mesma
coisa. Sem contar que os países desenvolvidos gastam duas vezes mais por ano em
subsídios à agricultura doméstica do que em ajuda externa.
Percebemos que recursos financeiros
existem em boa parte do mundo, portanto, falta vontade política e combate a
corrupção que promove o desvio de uma parcela considerável destes recursos.
No Brasil, o vilão para explicar a
pobreza, a falta de saneamento básico, desemprego, fome ou qualquer mazela que
afete uma parte da população não é a escassez de recursos financeiros. Temos
recursos, falta chegarem ao destino final e serem empregados em projetos que se
baseiem em planejamento e execução do começo ao final.
Às vezes os recursos ou parte deles
são desviados de sua finalidade inicial, em outras situações, é mau empregado e
deixa de resolver os problemas para os quais foram destinados. Na maioria das
vezes o dinheiro desaparece na indústria da corrupção que está entranhada na
máquina burocrática do Estado brasileiro. Motivo pelo qual temos milhares de
obras inacabadas espalhadas pelo país, equipamentos comprados a peso de ouro
encostados enquanto apodrecem.
Não importa os motivos alegados pelo
poder público, bilhões de reais são desperdiçados à revelia das leis e da
Justiça brasileira, que além de ser morosa, privilegia que os corruptos fiquem
impunes através de seus inúmeros atalhos legais, criados pelos políticos para
justamente dificultar o cumprimento das leis.
Enquanto a sociedade brasileira não
deixar de ser coadjuvante e exercer seu papel de ator principal neste elenco
que envolve poucos personagens, onde o cidadão comum é roubado diariamente sem
nada fazer para mudar este estado de coisas, pouco poderá ser alterado no país.
É preciso que o povo brasileiro
acorde, exerça seus direitos, reclame, cobre, fiscalize o cumprimento das
promessas de campanha e do exercício dos mandatos dos eleitos no legislativo e
no executivo. Uma eleição não termina no ato de votar, mas sim, no
acompanhamento dos mandatos por todos.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.
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