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7 de março de 2019

Além do portão da informação!

O Produto Interno Bruto – PIB...mede tudo...
 exceto aquilo que faz a vida valer a pena.
Robert F. Kennedy

O mundo ocidental, chamado primeiro mundo, gasta algo em torno de U$ 135 bilhões de dólares por ano, U$ 11,2 bilhões de dólares por mês ou U$ 4.274 dólares por segundo em ajuda para o desenvolvimento de países pobres segundo dados da OCDE. Nos últimos 50 anos, isso gerou um investimento de aproximadamente cinco trilhões de dólares.
Parece muito, mas na verdade apenas a titulo comparativo as guerras do Iraque e Afeganistão custaram praticamente à mesma coisa. Sem contar que os países desenvolvidos gastam duas vezes mais por ano em subsídios à agricultura doméstica do que em ajuda externa.
Percebemos que recursos financeiros existem em boa parte do mundo, portanto, falta vontade política e combate a corrupção que promove o desvio de uma parcela considerável destes recursos.
No Brasil, o vilão para explicar a pobreza, a falta de saneamento básico, desemprego, fome ou qualquer mazela que afete uma parte da população não é a escassez de recursos financeiros. Temos recursos, falta chegarem ao destino final e serem empregados em projetos que se baseiem em planejamento e execução do começo ao final.
Às vezes os recursos ou parte deles são desviados de sua finalidade inicial, em outras situações, é mau empregado e deixa de resolver os problemas para os quais foram destinados. Na maioria das vezes o dinheiro desaparece na indústria da corrupção que está entranhada na máquina burocrática do Estado brasileiro. Motivo pelo qual temos milhares de obras inacabadas espalhadas pelo país, equipamentos comprados a peso de ouro encostados enquanto apodrecem.
Não importa os motivos alegados pelo poder público, bilhões de reais são desperdiçados à revelia das leis e da Justiça brasileira, que além de ser morosa, privilegia que os corruptos fiquem impunes através de seus inúmeros atalhos legais, criados pelos políticos para justamente dificultar o cumprimento das leis.
Enquanto a sociedade brasileira não deixar de ser coadjuvante e exercer seu papel de ator principal neste elenco que envolve poucos personagens, onde o cidadão comum é roubado diariamente sem nada fazer para mudar este estado de coisas, pouco poderá ser alterado no país.
É preciso que o povo brasileiro acorde, exerça seus direitos, reclame, cobre, fiscalize o cumprimento das promessas de campanha e do exercício dos mandatos dos eleitos no legislativo e no executivo. Uma eleição não termina no ato de votar, mas sim, no acompanhamento dos mandatos por todos.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.

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