A injustiça num
lugar qualquer é
uma ameaça à justiça
em todo o lugar.
Martin Luther King
A justiça atrasada
não é justiça;
senão injustiça
qualificada e manifesta.
Rui Barbosa
Nosso
país tem problemas seculares, alguns dizem até que partes destes começaram com a
chegada das caravelas portuguesas ao solo tupiniquim. Nosso poder executivo é
servil a grupos empresariais, setores produtivos, porém, sempre está alheio aos
anseios da sociedade. Possui milhares de funcionários que oneram e transformam
a folha de pagamento do Estado brasileiro numa das maiores e mais ineficientes
do planeta.
O
legislativo não fica um centímetro atrás no quesito ineficiência e
representação dúbia. Como tem a incumbência de legislar, o faz olhando para o
próprio umbigo, suas leis sempre tem o viés da facilitação para seus pares, em
detrimento da isonomia com que deveria agir e ditar o regramento para a
sociedade.
Além
do mais, tem uma relação quase que promiscua com o Executivo, aonde garimpa
cargos atrás de poder e recursos que são normalmente usados para duas
finalidades – Corrupção e Reeleição dos envolvidos e de seus apoiadores
financeiros e políticos.
Porém,
tudo poderia ser amenizado se tivéssemos um Poder Judiciário autônomo,
independente e ágil em suas decisões, algo que estamos anos luz de presenciar.
Possuímos
um Judiciário inchado de marajás, que recebem aquilo que os demais brasileiros
não podem e não conseguem perante as próprias leis. Um exemplo são os penduricalhos
como são chamados os adicionais que os desembargadores, juízes e outros recebem
em seus holerites, porém, estão em desacordo com o chamado Teto
Constitucional, o qual estão afetos os demais servidores do país.
Além
da sua ineficiência comprovada, da sua letargia conhecida por todos, este poder
julga com dois pesos e duas medidas.
Recentemente
tivemos um caso policial onde uma mulher furtou um frasco de Shampoo que não
deve custar mais do R$ 30,00 (Trinta reais) num supermercado. Ela foi encaminhada
a um presidio feminino e lá se encontra presa. Já Fabrício Queiroz que desviou
milhões da ALERJ do gabinete de Flávio Bolsonaro, cometeu diversos atos
ilícitos, estava foragido da Justiça há mais de um ano e recebeu da mesma
Justiça a condição de prisão domiciliar.
Estes
são dois casos apenas, na prática temos centenas no país, que configuram
injustiça e acontecem porque o sistema diferencia pobres de ricos, cidadão
comum de políticos e empresários famosos, deixando claro que possui dois
andares distintos para efetuar seus julgamentos.
A
sociedade fica no porão, os políticos e demais poderosos no andar de cima, com
ar condicionado, café fresco, água mineral Perrier e muitas outras mordomias.
Autor:
Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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