Nos governos corruptos, em que há pelo menos
suspeita geral de muita despesa desnecessária e
grande malversação da renda pública, a quantidade
e quantia de impostos são enormes. Adam Smith
Milhares
de vez já ouvimos a frase: “O Brasil é uma país com um território imenso, cheio
de riquezas, porém, pobre”. A pobreza está ligada diretamente a estirpe de
nossa classe política aliada a falta de acesso a educação e informação do nosso
povo.
A
nossa participação política é pequena, se restringe quando muito ao período
eleitoral. Sabemos que a participação política é fundamental, é o
exercício da liberdade individual para a construção do bem comum. Além de ser
um direito fundamental consagrado no Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos, artº 25 e parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos, artº 2.
Isso
muitas vezes explica a escolha de governantes que ao invés de ajudarem no
desenvolvimento do país, acabam envolvidos em corrupção, atraso e destruição
dos sonhos da nação.
O Brasil é tão grande que dentro do seu vasto
território cabem vários países do mundo como Equador, Hungria, Senegal, Reino
Unido, Alemanha, Dinamarca, Suíça, Espanha, Finlândia, Trinidad e Tobago,
Venezuela, França, Israel, Nova Zelândia, Guiné, Laos, Nepal, Mongólia, Guiana,
Tajiquistão, Angola, Itália, Grécia, Bósnia, Croácia, Portugal, Haiti. Ou seja,
vinte e sete países de vários continentes cabem dentro do nosso Brasil.
Sua
grandeza, porém, termina neste aspecto, deixando a desejar quando pensamos na construção
de uma sociedade com Índice de Desenvolvimento Humano compatível com seu
tamanho e importância. O desperdício de riquezas minerais, água, alimentos,
terras improdutivas, fauna, flora e petróleo demonstram de forma cabal que não
nascemos para liderar e sermos ricos.
Somos
dependentes das grandes potências que acima de qualquer coisa desenvolveram
seu sistema educacional em primeiro lugar. São produtores de aço e tantos
outros produtos que o Brasil, embora tenha matéria prima, é totalmente dependente
de exportações.
Entretanto
nossa maior fraqueza, nossa maior mazela está na classe política, desde o mais
simples vereador numa pequena cidade do extremo norte até o presidente da
república. Gente hipócrita, corrupta, avessa a honestidade, a ética e ao que
afeta ao seu próprio povo. Com isso, produzimos um sistema político que está
falido moralmente, onera os cofres com milhares de servidores desnecessários (assessores
e demais cargos em comissão), caros e improdutivos na maioria dos casos.
Esta
mesma classe política que legisla e executa o orçamento das cidades, Estados e
da Nação desviando finalidades, investindo pouco em Saúde, Educação, Habitação,
Segurança e Saneamento, porém, destinando bilhões ao que não nos interessa.
O
desperdício de tempo, recursos financeiros e de ciência e tecnologia no país é
algo imensurável. Talvez jamais possamos recuperar tempo e os valores perdidos
por falta de capacidade de gestão pública, do desperdício em opções
desvantajosas para a nação e pela corrupção que está entranhada no nosso
cotidiano.
Autor:
Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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