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1 de maio de 2019

Coisas importantes que estão sendo omitidas!

“Há os que lutam uma vez e são importantes.
Os que lutam muitas vezes e são fundamentais.
E há os que lutam sempre, esses são imprescindíveis”.
Brecht
O projeto da reforma da previdência do governo Bolsonaro é defendido com afinco pelo governo, por setores empresariais, por uma parcela do legislativo, setores da mídia, por boa parte daqueles que elegeram o presidente e pelo mercado financeiro. Nem todos obviamente tiveram tempo ou vontade de ler o projeto para poder emitir um juízo de valor com conhecimento sobre o assunto.
O certo é que o projeto que nasceu no governo de Michel Temer, acusado em cinco processos por corrupção, não toca nos pontos nevrálgicos que dilapidaram a previdência social ao longo dos tempos, apenas pune o trabalhador com carteira assinada, o aposentado e o idoso, sendo branda com os servidores dos três poderes e os políticos.
Esse projeto enviado pelo governo que se encontra em discussão no Congresso precisaria conter desonerações de setores da nossa economia, privilegiados em relação a grande maioria. A cobrança dos grandes devedores do INSS, que em muitos casos são empresários ou grandes grupos empresariais que apoiaram este mesmo governo.
Em se tratando da necessidade de recursos, por que o governo e o Congresso se acovardam e não discutem a cobrança de impostos sobre as grandes fortunas? Aproveitando para também incluir a discussão sobre a taxação sobre lucros e dividendos. A simples somatória destes casos citados se fossem discutidos com seriedade e aplicados a nação, resolveriam boa parte dos problemas financeiros da previdência e da nossa economia.
Entretanto, é mais fácil para quem propõe a reforma da previdência atingir os aposentados, os trabalhadores com carteira assinada, os professores, os idosos, os militares de baixa patente, os que trabalham na agricultura familiar ou em pequenas propriedades rurais do que mexer com os políticos, os marajás do serviço público, os empresários sonegadores, os grandes grupos financeiros, etc.
Temos 13 milhões de desempregados que não estão contribuindo com a previdência, se somarmos os milhões que estão na informalidade, teríamos mais de 30 milhões de pessoas. Por que o governo não propõe algo que possa incorporar essa massa ao sistema previdenciário? Mesmo que seja com contribuições menores até que consigam voltar a assinar uma carteira de trabalho?
O país está parado desde o governo Temer em agosto/2016, a espera da aprovação da reforma da previdência, que segundo seus defensores terá se aprovada, a volta do desenvolvimento econômico, quatro milhões e meio de empregos. Enfim, o papel e os discursos aceitam tudo, até mentiras descaradas como aquela que Temer e Meirelles contaram ao afirmar que a aprovação da Reforma Trabalhista iria gerar milhões de novos empregos.
 Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

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