“Há os que lutam uma vez e são
importantes.
Os que lutam muitas vezes e são
fundamentais.
E há os que lutam sempre, esses
são imprescindíveis”.
Brecht
O projeto da reforma da previdência do
governo Bolsonaro é defendido com afinco pelo governo, por setores
empresariais, por uma parcela do legislativo, setores da mídia, por boa parte
daqueles que elegeram o presidente e pelo mercado financeiro. Nem todos
obviamente tiveram tempo ou vontade de ler o projeto para poder emitir um juízo
de valor com conhecimento sobre o assunto.
O certo é que o projeto que nasceu no
governo de Michel Temer, acusado em cinco processos por corrupção, não toca nos
pontos nevrálgicos que dilapidaram a previdência social ao longo dos tempos,
apenas pune o trabalhador com carteira assinada, o aposentado e o idoso, sendo
branda com os servidores dos três poderes e os políticos.
Esse projeto enviado pelo governo que se
encontra em discussão no Congresso precisaria conter desonerações de setores da
nossa economia, privilegiados em relação a grande maioria. A cobrança dos
grandes devedores do INSS, que em muitos casos são empresários ou grandes
grupos empresariais que apoiaram este mesmo governo.
Em se tratando da necessidade de
recursos, por que o governo e o Congresso se acovardam e não discutem a
cobrança de impostos sobre as grandes fortunas? Aproveitando para também
incluir a discussão sobre a taxação sobre lucros e dividendos. A simples
somatória destes casos citados se fossem discutidos com seriedade e aplicados a
nação, resolveriam boa parte dos problemas financeiros da previdência e da
nossa economia.
Entretanto, é mais fácil para quem
propõe a reforma da previdência atingir os aposentados, os trabalhadores com
carteira assinada, os professores, os idosos, os militares de baixa patente, os
que trabalham na agricultura familiar ou em pequenas propriedades rurais do que
mexer com os políticos, os marajás do serviço público, os empresários
sonegadores, os grandes grupos financeiros, etc.
Temos 13 milhões de desempregados que
não estão contribuindo com a previdência, se somarmos os milhões que estão na
informalidade, teríamos mais de 30 milhões de pessoas. Por que o governo não
propõe algo que possa incorporar essa massa ao sistema previdenciário? Mesmo
que seja com contribuições menores até que consigam voltar a assinar uma
carteira de trabalho?
O país está parado desde o governo
Temer em agosto/2016, a espera da aprovação da reforma da previdência, que
segundo seus defensores terá se aprovada, a volta do desenvolvimento econômico,
quatro milhões e meio de empregos. Enfim, o papel e os discursos aceitam tudo,
até mentiras descaradas como aquela que Temer e Meirelles contaram ao afirmar
que a aprovação da Reforma Trabalhista iria gerar milhões de novos empregos.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário