Passou da hora de
muitos
experimentarem aquela
estranha
sensação do uso do
raciocínio em nosso
país.
Fernando Pinho
O presidente Bolsonaro na ânsia de
conseguir uma base aliada, algo impossível em quinze meses de gestão, diante da
sua postura aliada a ausência de diálogo com o Congresso, o levou a provar de
seu próprio veneno.
Desde sua campanha dizia que não iria
praticar a “velha política” fazendo troca de cargos ou cedendo cargos em troca
de apoio. Pois, está agora desmentindo a si mesmo, quando procura partidos
políticos para fazer justamente a velha política tão surrada e
criticada no país.
Para o vice-líder do PSL na Câmara, Junior Bozzella (SP), o governo conseguiu fazer uma “aliança com o Centrão” em referência ao nome da sigla que Bolsonaro pretende criar, Aliança pelo Brasil. Na visão dele, o alinhamento com os partidos do grupo é o ato derradeiro para o presidente. “É um ato de desespero, uma flagrante demonstração da sua incompetência, da sua incapacidade política e demonstra que as suas reservas morais foram, todas elas, jogadas na lata do lixo”, disse Bozzella, para quem o presidente não é capaz de sustentar as próprias posições.
Para o vice-líder do PSL na Câmara, Junior Bozzella (SP), o governo conseguiu fazer uma “aliança com o Centrão” em referência ao nome da sigla que Bolsonaro pretende criar, Aliança pelo Brasil. Na visão dele, o alinhamento com os partidos do grupo é o ato derradeiro para o presidente. “É um ato de desespero, uma flagrante demonstração da sua incompetência, da sua incapacidade política e demonstra que as suas reservas morais foram, todas elas, jogadas na lata do lixo”, disse Bozzella, para quem o presidente não é capaz de sustentar as próprias posições.
Outro ex-aliado do presidente, o
deputado Julian Lemos (PSL-PB) disse que as conversas com o Centrão
se devem à “inabilidade política, petulância e arrogância” do governo.
Segundo ele, o presidente perdeu sua essência e se desmoralizou.
Na visão do senador Major Olímpio (PSL-SP),
a aproximação com o Centrão é frontalmente contrária a toda a narrativa de
campanha de Bolsonaro, o que tem enfurecido o eleitorado bolsonarista. Olímpio considera que o movimento do presidente representa um tropeço no
próprio discurso.
O ápice dessa conduta do presidente foi
procurar por Roberto Jefferson que em 2005 ficou popularmente conhecido ao ser
interrogado pela CPMI dos Correios para investigar irregularidades e
fraudes na estatal. Ele é uma figurinha carimbada da política brasileira há
anos.
Jefferson foi deputado de 1983 a 2005 (quando
teve o mandato cassado). Uma característica do ex-deputado foi estar sempre
na base aliada do Governo Federal. Esteve com Sarney e principalmente ao lado
de Collor. Em 1992 foi o principal defensor de Fernando Collor, tanto no
plenário, quanto nos meios de comunicação.
Em 1993, na base aliada de Itamar
Franco, teve seu nome citado na CPI do Orçamento. Ele foi incluído numa lista
de 37 deputados que cometiam fraudes no orçamento da União junto a prefeitos e
empreiteiras responsáveis por obras em todo o país. Jefferson foi absolvido no
início do processo, que terminou com 18 deputados cassados. Denúncias afirmam
que ele supostamente teria embolsado sozinho R$ 470 mil.
Como de praxe, Roberto Jefferson se
manteve aliado do Governo com a posse de Fernando Henrique Cardoso em 1995. Em
1997 votou a favor do projeto que permitiria a reeleição de cargos executivos
no País. Muitos deputados da base aliada chegaram a afirmar que houve compra de
votos para a aprovação. O caso não foi comprovado, mas também sequer foi
investigado. A reeleição foi aprovada e o então presidente, FHC, foi reeleito.
Ainda em 1997, Jefferson, buscando mais
um mandato de deputado, omitiu na declaração de bens ao Tribunal Regional
Eleitoral a posse de dois apartamentos em Cabo Frio. Cerca de R$ 90 mil cada
um.
Em 1990, Roberto Jefferson não declarou
ao TER uma casa que possui até hoje em Petrópolis. Eleito mais uma vez em 1994,
continuou sem declarar o imóvel, que só foi comunicado na eleição de 1998, no
valor de R$ 82.276,73.
Em 2005, mesmo ano de sua cassação,
Jefferson teve sua aposentadoria publicada no Diário Oficial. O ex-deputado
recebe R$ 18.477 dos cofres públicos.
Roberto Jefferson foi condenado a 10
anos de reclusão, mas teve pena reduzida a 7 anos por ter sido o delator do
caso. No dia de sua prisão, a apresentadora do SBT Brasil, Raquel Sheherazade,
pediu medalha de Honra ao Mérito ao ex-deputado pelos "bons serviços
prestados ao Brasil".
Esse detalhamento mais amplo sobre
Roberto Jefferson visa mostrar quem é Bolsonaro na verdade, como ele pensa de
verdade e não as mentiras que conta aos xiitas que o procuram na porta do
palácio do planalto. Fazer acordo com Centrão e Jefferson demonstra a verdadeira
face do ex-deputado que militou em muitos partidos, alguns deles como PP –
Partido Popular, um dos mais corruptos sem nunca ter denunciado nada.
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