“Não são as ervas más que afogam a boa semente,
e sim a negligência do lavrador.” Confúcio
O novo coronavírus trouxe além da Covid-19 a necessidade do isolamento social, com a manutenção de todos em casa, no maior número possível, dos estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de serviços fechados. Salvo os considerados como essenciais pelo governo estadual ou municipal.
Por mais que se discuta a questão, duas coisas ficam bem claras, tanto quanto distintas – Saúde e Economia não podem caminhar juntas neste momento complicado da humanidade.
Ou você cumpre o isolamento e faz com que a curda de contaminação permaneça baixa ou o governo determina o fim desta quarentena forçada e a economia volta ao normal, porém, com a possibilidade real de milhares de mortes justamente pelo contato que voltaria em larga escala.
O presidente desde o início da epidemia ainda na China, desprezou seus efeitos, chegando a dizer entre outras coisas:
1. Chamou de “gripezinha ou resfriadinho” em 15 de março, antes de apoiar a saída às ruas de seus apoiadores.
2. "Tem a questão do coronavírus também que, no meu entender, está superdimensionado, o poder destruidor desse vírus. Então talvez esteja sendo potencializado até por questão econômica, mas acredito que o Brasil, não é que vai dar certo, já deu certo."
* Ao falar com a comunidade brasileira em Miami.
3. "Vou ligar para o [ministro da Saúde, Luiz Henrique] Mandetta. Eu não sou médico, não sou infectologista. O que eu ouvi até o momento [é que] outras gripes mataram mais do que esta." * Durante entrevista em frente ao Palácio da Alvorada.
4. “Em 2009, 2010, teve crise semelhante, mas, aqui no Brasil, era o PT que estava no poder e, nos Estados Unidos, eram os Democratas, e a reação não foi nem sequer perto do que está acontecendo no mundo todo.” * Em entrevista à CNN Brasil.
5. "Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar, não. Se o médico ou o ministro me recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presentes." * Durante entrevista à imprensa.
Enquanto o presidente falastrão sem conhecimento algum da pandemia, desprezando o que estava acontecendo ao redor do mundo, inclusive nos EUA de seu querido Trump, governadores de praticamente todo país e do DF, percebendo não haver um líder capaz, tomaram a dianteira e fizeram aquilo que todos os presidentes sensatos e inteligentes do planeta adotaram em seus países – o isolamento social.
Claro que todos nós em nossas casas estamos preocupados com a situação dos nossos irmãos que passam necessidades e até fome, com os prestadores de serviços, os brasileiros da chamada economia informal, os comerciantes e todos os empregados com ou sem carteira assinada que dependem do seu trabalho para sustentar suas famílias.
Eles todos estão sozinhos, desamparados por um governo que a muito custo graças ao esforço da Câmara conseguiu R$ 600,00 reais por três meses, mesmo assim, sabedores que somos que este recurso não chegará a todos que efetivamente precisam.
Por que além do isolamento social, vivemos há 15 meses o isolamento de governo, onde o ar é rarefeito, as decisões tardam e não chegam. Em momento algum este presidente fez ou determinou que se fizesse algo pela Saúde Pública, Educação, Saneamento, Habitação, obras de infraestrutura ou pela redução do desemprego. Isso é fato, não tem como desmentir, exceto por Fake News.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor,
Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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