A dificuldade não está nas
novas ideias,
mas sim em escapar as antigas.
John Maynard Keynes
Quando olhamos para a América do Sul
podemos por instantes, mesmo que fugazes, achar que nossa realidade de atraso
em relação ao mundo moderno não é tão severa como imaginamos.
Porém, quando nosso olhar é
direcionado para além do oceano atlântico, as lágrimas começam a escorrer por
nossas faces lívidas e sem nenhuma comiseração.
Enquanto aqui no Brasil não temos
saneamento básico em 70% dos municípios, 60% da população é analfabeta ou
alfabetizado funcional, mal conseguindo interpretar um texto, percebemos que no
chamado primeiro mundo, seja na América do Norte (EUA e Canadá) Europa e alguns
países da Ásia a evolução tecnológica, cientifica e humana é anos luz a nossa
frente.
Em Bauru, onde resido no Estado de São
Paulo, o mais rico da nação, muitos moradores jogam lixo orgânico, reciclável e
de construção civil em terrenos públicos ou privados, contribuindo para a pior
epidemia de Dengue do país.
Se a população não contribui, o Estado
também não faz a sua parte, não investe em educação ambiental, não coloca
lixeiras modernas por toda cidade, não dá o exemplo, mantendo terrenos públicos
imundos.
O país que tem os impostos mais altos
do mundo, sem dar necessariamente nada em troca, não investe em energia
alternativa. Sua frota antiga de carros, caminhões e ônibus não são elétricos,
consumindo diesel, gasolina e etanol. Com isso a poluição é cada dia maior em
todo território nacional.
Quando olhamos para a Espanha nos
deparamos com serviço automático de recolhimento de lixo via subterrânea, redes
de fiação elétrica por debaixo das ruas e avenidas e a utilização da energia
solar em várias cidades.
Na Noruega, a sua capital Oslo, está para se
tornar à primeira cidade do mundo a instalar sistemas de recarga sem fio para
táxis elétricos, na esperança de tornar a recarga rápida e eficiente o
suficiente para acelerar a chegada de táxis não poluentes. O projeto usará
tecnologia de indução, com placas de carregamento instaladas em pontos de táxi
ligados a receptores instalados no veículo, informou a empresa finlandesa
Fortum.
A energia eólica e a solar são
realidades em várias cidades europeias, abastecendo milhões de pessoas ao invés
de utilizar energia poluente como a Termoelétrica que queima carvão ou a
hidroelétrica que apesar de limpa causa destruição ao meio ambiente com a
inundação de milhares de hectares de terras.
Nosso atraso na maior parte se deve
aos políticos corruptos que destinam a maior parte dos nossos recursos financeiros
na manutenção de uma máquina administrativa pesada, inútil e ultrapassada. Se
boa parte destes recursos não caísse na vala da corrupção e pudesse ser
destinada a pesquisa, desenvolvimento de tecnologias de ponta e educação,
muitas coisas poderiam ser diferentes e melhores no país.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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