O mundo conheceu déspotas, tiranos e imperadores que lavaram com sangue as muralhas de seus castelos, homens que usurparam do poder concedido para matar crianças, mulheres e pessoas de outras nacionalidades em troca de poder e riquezas.
As guerras ainda permanecem nos tempos atuais, agora por motivos fúteis como no caso entre Rússia e Ucrânia, ou por genocídio de um povo (Palestina), como no caso de Israel contra os palestinos que viviam na Faixa de Gaza.
Guerras não tem explicações, fogem da razão e se explicam pelo ódio, pela ignorância e arrogância de líderes incultos a serviço do nada. Guerra destroem povos, meio ambiente, construções seculares e danificam mentes e almas de forma perpétuas.
Entretanto, surge nos EUA, uma segunda gestão de Donald Trump, empresário milionário, que entre 2017 e 2021 teve sua primeira passagem como presidente norte americano sem deixar legados que sustentassem sua reeleição.
Porém, os conservadores americanos sedentos por destruírem o próprio país não se furtaram a darem os votos novamente a Trump, para um segundo mandato entre 2025-2029.
Seu segundo mandato começou sem que houvesse um projeto de desenvolvimento sustentável, ou qualquer que fosse a iniciativa em torno da economia americana. Como sempre, vociferou contra tudo que o partido democrata realizou. Promoveu demissões em massa no sistema público e nomeou pessoas para cargos importantes sem que estes tivessem capacidade para as conduzirem.
Em meio as brigas, rusgas e perseguições, começou a atacar em duas frentes de forma severa: Os imigrantes que estão vivendo em solo americano independentemente de estarem legalizados ou ilegais. E começou uma guerra interna contra as universidades americanas depois que algumas manifestações em favor do povo palestino foram realizadas dentro do campus destas universidades.
Com isso, passou por cima da liberdade de expressão tão conclamada no Brasil pelos bolsonaristas e avançou sobre leis e a própria constituição americana, tento perdido algumas batalhas nos tribunais.
Para coroar estes primeiros seis meses de gestão inócuos e desprezíveis sob todos os aspectos começou a taxar produtos do Canadá, Mexico, China, Japão, União Europeia e mais recentemente o Brasil (50% de taxação para todos os produtos exportados para os EUA a partir de 01 de agosto de 2025).
No caso brasileiro, incluiu na carta redigida ao nosso país algumas asneiras como por exemplo:
Ele acusa o governo brasileiro de conduzir uma “caça às bruxas” (“witch hunt”) contra o ex‑presidente Jair Bolsonaro, descrevendo o julgamento como “uma vergonha internacional” e afirmando que “esta perseguição deve terminar IMEDIATAMENTE!”.
Seria cômico não fosse trágico que justamente o país que mantém embargo comercial sobre Cuba por mais de 60 anos venha falar em perseguição política. Justamente o país que mantém em Guantánamo uma prisão onde todo e qualquer direito humano passa milhares de quilômetros de distância e a tortura é prática normal.
Trump também relaciona a medida a outras supostas ofensas do governo brasileiro, como restrições ao funcionamento de empresas de tecnologia dos EUA e interferência percebida na liberdade de eleições.
Neste caso, ele sai em defesa das Big Techs que não querem seguir a lei do país onde estão com seus produtos e suas redes sociais. Existem leis e elas devem ser obedecidas, assim como, todos os demais o fazem em solo americano respeitando a lei e a constituição americana. Ninguém está impondo censura, apenas exigindo que sejam tiradas do ar coisas relativas a pedofilia, disseminação de fake news em favor de partidos e políticos e outros crimes.
Ele também anunciou o início de uma investigação sob a "Section 301" sobre práticas comerciais consideradas injustas por parte do Brasil.
De todas as sandices, essa foi a mais absurda, visto que os EUA sempre foram superavitários na relação comercial com nosso o Brasil. Nossas taxas nunca foram prejudiciais ao comércio americano nem aos seus produtores. Na ausência de argumentação o líder extremista de direita americano agiu como nossos políticos em solo tupiniquim, inventando argumentos inexistentes para tentar justificar suas idiossincrasias rotas e ineptas.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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