Antes de mais nada é preciso esclarecermos o que significa Fintech, um nome comum a poucos brasileiros. Fintech é uma empresa que utiliza tecnologia para oferecer serviços financeiros de maneira inovadora, rápida e acessível. O termo vem da junção de “Financial” (financeiro) e “Technology” (tecnologia).
As principais características de uma Fintech são:
Uso intensivo de tecnologia: aplicativos, inteligência artificial, blockchain, big data, etc.
Baixa burocracia: processos mais simples que os bancos tradicionais.
Custos menores: taxas reduzidas ou até gratuitas.
Serviços digitais: sem necessidade de agência física.
Os principais serviços oferecidos pelas Fintechs são os seguintes:
Pagamentos e transferências (ex.: PicPay, Mercado Pago)
Empréstimos online (Creditas)
Contas digitais (Nubank, Inter)
Investimentos e corretoras digitais (XP, Toro)
Criptomoedas (Binance, Coinbase).
Um levantamento feito pelo jornal Estado de S. Paulo com documentos de oito operações da Polícia Federal e do MP/SP, demonstram que no período de um ano a Policia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco, investigaram sete instituições de pagamentos que tiveram movimentações de R$ 94 bilhões. A maior parte em operações atípicas ou com ligações com o crime organizado.
No mesmo período hackers investiram ataques a bancos e instituições de pagamentos por meio de Fintechs e utilização de Pix para roubar algo em torno de R$ 1,8 bilhões em três grandes golpes contra o sistema dessas instituições.
Estranhamente, o Banco Central tão preocupado em elevar as taxas de juros (Selic), não havia colocado nenhum tipo de filtro para evitar essas invasões ao sistema.
Por enorme coincidência, no mesmo período, deputados de direita (bolsonaristas) foram contrários ao aumento do IOF e espalharam fake news sobre o funcionamento do Pix, dando a impressão de que sabiam da lavagem de dinheiro pelo crime organizado utilizando as Fintechs.
A Polícia Federal identificou que um representante de fintechs suspeito de liderar um esquema de fraudes em combustíveis que as operações financeiras nessas instituições seriam "blindadas" de bloqueios judiciais.
Diálogo localizado em celular de investigado embasou operação Carbono Oculto, mirando esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado usando o mercado financeiro. Conversas de WhatsApp foram encontradas no celular de Bruno D'Amico, alvo da PF em 2024 por envolvimento em um esquema de fraudes na venda de combustíveis. Para a PF e o Ministério Público, o diálogo levanta suspeitas sobre o real envolvimento das fintechs com grupos criminosos.
Mais estranho do que os golpes, foi apenas o silencio ensurdecedor da grande mídia com relação aos golpes bilionários. Também causa estranheza que o Mercado Financeiro esteja mudo, com relação aos ataques hackers ao BC e as operações da PF, MPF e demais autoridades que fizeram devassas em empresas que tinham negócios com a Faria Lima.
Durante anos, esse mesmo pessoal do mercado financeiro cuja sede fica na Avenida Faria Lima área nobre de São Paulo, vociferaram contra a gestão de Lula e a esquerda no país. Sempre escamoteando a questão principal que foram os benefícios que Lula concedeu aos mais necessitados, como Bolsa Família, Cotas em universidades, auxílios e outras centenas de programas para combater a desigualdade social neste país.
Imagem Instituto Agarapé
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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