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20 de maio de 2024

A repetição das tragédias mostra o quão distantes estamos da civilização moderna!

O problema das catástrofes climáticas é global, mas no Brasil ele não tem a mínima chance de ser revertido a médio e longo prazo. A ignorância, em especial dos gananciosos do agro, latifundiários e fazendeiros em geral, é incompatível com a ciência e com os dados e números já existentes que comprovam o caos iminente.

Além do mais, está no poder legislativo a maior parte dos negacionistas com relação à ciência e as mudanças climáticas no planeta. Eles não possuem argumentos técnicos ou científicos, mas apenas teorias medíocres que não se sustentam nem numa sala do Ensino Fundamental.

Os Estados do MS e MT ainda serão castigados impiedosamente por terem permitido a destruição do Pantanal e das matas e áreas de vegetações nativas, rios e seus mananciais.

Além de termos políticos de direita negacionistas, temos políticos de esquerda que não conseguem impor uma pauta com punições severas, mudanças de comportamentos e propostas sérias para a mudança de utilização de combustíveis fósseis e adoção de energia limpa de fontes renováveis.

A situação é tão bizarra que até a energia eólica já está sendo criticada em alguns Estados brasileiros por pseudo ativistas que já contrataram escritórios de advocacia para entrar com processos na justiça contra empresas de energia eólica. Justo essa alternativa que é uma das fontes mais limpas e menos destrutivas que se tem notícia no planeta. Esse ativismo, importante no Brasil, acaba se perdendo com ideologismo sem nexo, busca por poder e acaba se desviando de seu propósito de proteção a natureza e ao meio ambiente.

Ao mesmo tempo, ninguém luta contra o desmatamento para adoção de áreas imensas de pastos. Ninguém luta contra a invasão de terras por fazendeiros grileiros e latifundiários que querem apenas aumentar sem custos as suas áreas de plantio ou pastos.

Por sua vez, os governos municipais e estaduais não olham a natureza nem as consequências dos atos de destruição, pensam única e exclusivamente em duas coisas: 1ª Reeleição e 2ª Impostos.

Em geral, o povo brasileiro pouco se importa com o meio ambiente, poucos reciclam em suas residências ou nas empresas. As queimadas são constantes em matos e terrenos das nossas cidades. Os rios e o mar são usados como despejos de lixo e plásticos, vide Baia de Guanabara, rios que cruzam São Paulo, etc.

As mudanças precisam acontecer a partir da tenra idade, ainda no Ensino Infantil. O planeta está esgotado, falta água em diversos lugares. Para quem pensa que o problema está longe de suas moradias, saibam que no meio do Estado de São Paulo, na região Centro-Oeste a escassez de água é algo que está ao alcance de todos na região. A lagoa formada pelas águas do Rio Batalha está quase seca, por falta de chuvas nos últimos meses.

E por incrível que pareça, não temos governantes procurando por soluções nos munícipios, muito menos no Estado. Prefeitos e governadores em sua maioria ou são negacionistas do clima ou não querem trabalhar com algo que eles supõem não dar votos.

É preciso urgentemente que a sociedade brasileira acorde para algo que pode levar a situações caóticas e desesperadoras em pouco tempo.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

https://contraponto.digital/captacao-de-agua-do-rio-batalha-agoniza-mostra-video-por-drone/ Imagens postadas no Site Contraponto do jornalista Nelson Itaberá em Bauru.

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