Roberto Jefferson Monteiro Francisco nasceu em Petrópolis em 1953. Formado em Direito, exerce a profissão de político profissional desde 1983, quando foi eleito pelo Rio de Janeiro como deputado federal. Ficou nacionalmente conhecido por ter denunciado o esquema de corrupção chamado de "mensalão", do qual participou ativamente e que foi o primeiro a denunciar.
Entrou oficialmente na vida pública em 1971, quando filiou-se ao MDB. Permaneceu no partido até o início de 1980, quando se filiou ao Partido Popular (PP), fundado em fevereiro daquele ano após o fim do bipartidarismo em novembro de 1979. Deixou o PP no mesmo ano para filiar-se ao PTB, partido onde continua até os dias atuais. Apesar de ter sido cassado em 2005. Foi também candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro em 1988 pelo PTB e obteve apenas irrisórios 2% dos votos.
Em 1990, na Câmara dos Deputados, foi o relator de Comissão de Constituição, Justiça e Redação, cargo em que promulgou a Lei de Crimes Hediondos. Em 1997, Jefferson foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.
Em 1999, o PTB o elegeu líder na Câmara, permanecendo até 2002. Em fevereiro de 2003, o PTB elegeu-o presidente nacional, cargo que ocupou até 17 de junho de 2005, quando se licenciou porque estava sendo acusado de envolvimento em corrupção praticadas na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios).
Entre seus mandatos eletivos estão o de deputado federal (1983-1987 - PTB-RJ), deputado federal Constituinte (1987-1991, PTB-RJ), deputado federal do Congresso Revisor (1991-1995, PTB-RJ) e deputado federal (1995-1999, PTB-RJ/1999-2003, PTB-RJ/2003-2007, PTB-RJ) cassado em setembro de 2005.
No dia 14 de setembro de 2005, o mandato de Jefferson foi cassado, perdendo seus direitos políticos por oito anos. O placar da votação foi de 313 votos a favor e 156 contra (mais 13 abstenções, 5 votos em branco e votos nulos).
A trajetória deste cidadão é de um carreirista, oportunista que sempre enquanto deputado esteve ao lado do poder. Assim como tantos outros (Kassab, Bolsonaro), sempre viveu da política e daquilo que conseguiu através dela. Foi preso recentemente, depois conseguiu sair do regime fechado passando para o regime de prisão domiciliar, onde permaneceu cometendo crimes e irregularidades perante a lei. Mantinha contatos com políticos e com seu partido, negociou a candidatura de Pe. Kelmon a presidência, participou de lives e reuniões online. Fez vídeos agressivos portando armas de grosso calibre onde fez ameaças de morte ao Ministro Alexandre de Morais e recentemente ofendeu de forma grosseira, baixa e inaceitável a Senhora Carmem Lúcia Ministra do STF.
Diante de todas estas evidências o STF emitiu ordem de prisão e a PF foi até sua residência para cumprir o mandado. Foram então recebidos a bala, granadas e uma quantidade de armas de uso restrito do exército que deixou o país atônito. Perguntas foram feitas ao longo do dia de ontem e de hoje:
a) Como um preso em regime domiciliar pode ter tantas armas de fogo e granadas impunemente sem que nenhuma autoridade policial tenha feito a inspeção no local?
b) Não adianta dizer que não sabiam de nada, porque o meliante usou de vídeos onde portava fuzis e metralhadoras, portanto, porque não ter feito a limpeza no local retirando esse armamento?
c) Esse
meliante está na vida política desde 1971, ou seja, mamando nas tetas do
governo há cinquenta e um anos. Logo, é natural que tenha fotos com diversos
políticos, presidentes, governadores sem que, no entanto, tenha sido tão
próximo e aliado como de Bolsonaro, com quem tem afinidades diversas, principalmente
com relação ao porte e uso de armas;
d) Não será de estranhar que em breve esse meliante, agressivo, perigoso esteja novamente em prisão domiciliar. Neste país onde a Justiça é míope não podemos duvidar de nada.
e) Ele clama por “liberdade” e diz que vive numa “ditadura”. Se assim fosse, e estivéssemos em 1964 na ditadura militar, Jefferson teria sido preso sem que ninguém visse, levado ao DOI-CODI, torturado cruelmente e provavelmente morto nos porões daquele local. Ele deveria saber disso e parar de fazer proselitismo banal.
O Brasil, desde 2016, assiste um circo de horrores na política nacional, onde políticos aliados do governo acreditam que podem fazer o que bem entendem, incluindo jogar granadas em policiais federais. Empresários, jogadores de futebol e cantores sertanejos, que em sua maioria são sonegadores de impostos e vivem às custas do Poder Executivo, agem como se fossem lideranças de um povo, que passa fome, não tem emprego, saneamento básico, mas que ao ir à Igreja Evangélica ou Católica acredita em mentiras, charlatanismo e compra de votos.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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