Seguidores

1 de outubro de 2022

A vida em risco por culpa da intolerância de uma seita!

Há muito tempo nossa democracia não tinha uma campanha eleitoral com tantos episódios de intolerância, ameaças à vida, ataques violentos e tensão relacionados à disputa eleitoral. Esses conflitos e crimes estão se acumulando no Brasil desde a pré-campanha. Vejamos alguns casos:

Um bolsonarista foi preso no MT após matar apoiador de Lula. O homem que defendia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi morto por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma discussão em Confresa (a 1.160 km de Cuiabá).

O autor do crime passou por audiência de custódia e a Justiça de Mato Grosso manteve a prisão preventiva de Rafael de Oliveira, 24. Ele confessou, segundo a polícia, ter matado a facadas o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, 44, depois de uma discussão política. O assassinato ocorreu na madrugada em uma fábrica de cerâmica localizada na zona rural do município de 32 mil habitantes.

Em Goiânia, no começo do mês de setembro, o policial militar Vitor da Silva Lopes atirou na perna do assessor empresarial Davi Augusto de Souza dentro da Congregação Cristão no Brasil, em Goiânia. Souza estaria revoltado com o discurso do pastor, que pregava aos fiéis para não votar "em vermelhos", em referência aos partidos de esquerda.

Em Foz do Iguaçu, meses atrás, um bolsonarista adentra uma festa de aniversário de um sindicalista que era petista, militante e o mata na frente dos colegas da vítima.

Em Uberlândia um bolsonarista joga com um drone material de fertilizantes sobre pessoas que aguardavam um discurso do candidato à presidência Lula do PT.

O deputado estadual e candidato à Câmara Delegado Cavalcante (PL-CE), por exemplo, afirmou que, em caso de derrota de Bolsonaro em outubro, a vitória viria "na bala". Já o presidente reiterou que sua luta é a do "bem contra o mal" e defendeu "extirpar a esquerda" durante seus discursos recentes.

Na TV Cultura em SP, o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos), candidato a deputado federal nestas eleições, foi expulso do debate realizado pelo UOL em parceira com a Folha de S. Paulo e a TV Cultura na noite de 13 de setembro após tentar intimidar e agredir a jornalista Vera Magalhães.

Aluno da pensadora Hannah Arendt, o ex-chanceler e professor da USP Celso Lafer disse que nas eleições passadas, desde a redemocratização, e ainda na distensão do regime militar, as relações políticas eram caracterizadas pela dinâmica entre adversários. "Ela podia ser mais incisiva ou intensa, mas não passava pela intimidação da violência."

As instituições teriam fracassado para conter a violência política? Lafer afirmou que as medidas tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, como limitar o porte de arma no dia da eleição, são medidas que defendem o estado democrático de direito.

Para José Álvaro Moisés, a violência política não visa só destruir quem pensa ou tem características diferentes. Ela também pretende estabelecer um clima de medo para paralisar opositores. "É a contraposição da ideia da política baseada na lei", disse o cientista político.

            O início dessa violência tem sua origem nas falas, áudios e vídeos de Jair Bolsonaro, um político desprovido da capacidade de diálogo, argumentação e inteligência usa desse artifício de agredir verbalmente as pessoas, partidos e políticos, sabedor que não conseguiria nada se tivesse que usar de argumentação. Não à toa liberou indistintamente o uso de armas de fogo, colaborando ainda mais para com a violência no país. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Nenhum comentário: