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24 de outubro de 2022

Projeto Bolsonaro: Desconstrução da sociedade e dos avanços conquistados!

            O plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, para desvincular o salário mínimo e, consequentemente, a aposentadoria da inflação passada foi duramente criticado pelo presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), João Inocentini.

A ideia é fazer indexação pela previsão de inflação futura. Se isso acontecer vai ser o fim da aposentadoria, vai chegar o tempo de não podermos comprar nem metade da cesta básica. Eles estão tentando fazer isso há tempos e agora perceberam ter uma chance para implementar.

Isso vai levar todas as aposentadorias para um achatamento enorme. Seriam mais de 40 milhões de aposentados caindo na zona de miséria, de pobreza total. O atual governo sempre quis fazer essa mudança, assim como na gestão de Michel Temer e até no governo Dilma Rousseff algumas pessoas defenderam a ideia, rechaçada por ela na ocasião. Antes de indexar à inflação, o salário mínimo era uma miséria. A gente já viveu essa história e não deu certo. Depois da vinculação, as pessoas passaram a ter um ganho melhor, a consumir mais e o país não quebrou, como disseram que iria quebrar.

O primeiro passo neste sentido de desconstrução foi dado com o Golpe contra Dilma Rousseff, com o Impeachment em 2016, sem que houvesse motivo sólido e justificativas constitucionais.

Depois veio o governo do traidor Temer, com ele a Reforma Trabalhista, pífia, inócua, porém, com tiro certeiro nas relações trabalhistas, tirando conquistas, prejudicando os trabalhadores e suas reivindicações. Isolando a Justiça Trabalhista sem que em nenhum momento tenha sido realizada a tão sonhada modernização da CLT. O objetivo nunca foi esse nem nunca será dentro de um governo de direita.

Com a posse de Bolsonaro, as coisas escancararam com a Reforma da Previdência, igualmente prejudicial aos trabalhadores, aposentados e pensionistas. Não acabou com a desigualdade entre as aposentadorias públicas e privadas, não beneficiou ninguém, não mexeu nas dívidas dos sonegadores e manteve os ganhos elevados dos políticos e militares, além do judiciário.

Vários decretos de Bolsonaro aumentaram os prejuízos dos trabalhadores brasileiros e o plano, agora exposto, de Paulo Guedes é o tiro de misericórdia num contingente de brasileiros que está à mingua no cenário nacional. O IRPF não é corrigido há anos, a perda de poder aquisitivo crescente corrói o poder de compra e deixa cada dia mais claro a intenção dos que apoiam o atual governo Bolsonaro. Atiram no próprio pé, mas não arredam um passo na missão de alavancar seus lucros obscenos em detrimento de uma parcela gigante da nossa sociedade.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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