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13 de outubro de 2022

A preocupação infundada com uso de câmeras pelos policiais militares!

Dentre todos os candidatos ao governo do Estado de SP, apenas um defende que os policiais não devam usar câmeras de vídeo acopladas ao uniforme. Esse candidato é o carioca Tarcísio de Freitas, ex-ministro e seguidor de Jair Bolsonaro. Estes dois políticos não têm preocupação alguma com a violência contra inocentes, o excesso de letalidade desnecessária ou ainda as mortes que poderiam ser evitadas nos confrontos entre policiais e suspeitos.

                                     Quer defender os criminosos, não o contrário.

 Policiais da cidade de Rialto, na Califórnia, passaram por uma experiência de monitoramento de suas atividades entre os anos de 2012 e 2013. A tecnologia que grava em vídeo as ações policiais teve impacto nos casos de abuso policial na região. Segundo dados oficiais, o número de denúncias de atos violentos dos policiais caiu em 65%, quase dois terços da média nos últimos anos. As informações são do site Operamundi. 

Além disso, o estudo revelou que o uso da força é praticamente o dobro entre os policiais que não usam câmera no uniforme. De acordo com informações do jornal The New York Times, a pesquisa feita na cidade concluiu que a maioria dos casos de utilização de repressão e força policial é "desnecessária".

Em SP, após um ano de uso de câmeras em uniformes, mortes por policiais caem 80%. As mortes cometidas por policiais militares despencaram em 19 dos 131 batalhões do estado de São Paulo um ano depois que as ações de seus agentes começaram a ser filmadas.

Por que então Bolsonaro e seu aliado Tarcísio, que não entende nada de segurança pública, querem o fim do uso das câmeras? Querem a defesa de quem? Dos maus policiais? Dos criminosos que poderiam atirar livremente em policiais sem serem identificados? Ou ainda, querem que seus seguidores não sejam identificados em passeatas, motociatas e movimentações com desordens?

Os bons policiais, aqueles que seguem as normas e padrões de atuação na linha de frente, não estão encontrando problemas para continuar trabalhando com eficiência no combate a marginalidade. Claro que faltam equipamentos, informatização completa dos dados dos criminosos e a possibilidade de acesso imediato as informações dos criminosos em tempo real.

Faltam uniformes decentes, armas de grosso calibre e munição compatível com as utilizadas pelas organizações criminosas, faltam aos policiais salários decentes, poder de compra, linha de empréstimo para aquisição de habitação e seguro de vida que possa garantir o sustento da família daqueles que morrem em serviço.

Nada disso foi pensado por Bolsonaro que, em quatro anos, apenas fomentou brigas, discussões e atritos, porém, nunca sentou com os 27 governadores para tratar de assuntos ligados a segurança nacional. E por querer apenas o confronto, pede a retirada das câmeras, sem dar argumentação sólida e que prove algo que nem o governo estadual nem o governo americano enxergaram. Os criminosos e a Organizações do crime agradecem o apoio de Tarcísio de Freitas – Republicano/SP. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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