Dentre todos os candidatos ao governo do Estado de SP, apenas um defende que os policiais não devam usar câmeras de vídeo acopladas ao uniforme. Esse candidato é o carioca Tarcísio de Freitas, ex-ministro e seguidor de Jair Bolsonaro. Estes dois políticos não têm preocupação alguma com a violência contra inocentes, o excesso de letalidade desnecessária ou ainda as mortes que poderiam ser evitadas nos confrontos entre policiais e suspeitos.
Quer defender os criminosos, não o contrário.
Policiais da cidade de Rialto, na Califórnia, passaram por uma experiência de monitoramento de suas atividades entre os anos de 2012 e 2013. A tecnologia que grava em vídeo as ações policiais teve impacto nos casos de abuso policial na região. Segundo dados oficiais, o número de denúncias de atos violentos dos policiais caiu em 65%, quase dois terços da média nos últimos anos. As informações são do site Operamundi.
Além disso, o estudo revelou que o uso da força é praticamente o dobro entre os policiais que não usam câmera no uniforme. De acordo com informações do jornal The New York Times, a pesquisa feita na cidade concluiu que a maioria dos casos de utilização de repressão e força policial é "desnecessária".
Em SP, após um ano de uso de câmeras em uniformes, mortes por policiais caem 80%. As mortes cometidas por policiais militares despencaram em 19 dos 131 batalhões do estado de São Paulo um ano depois que as ações de seus agentes começaram a ser filmadas.
Por que então Bolsonaro e seu aliado Tarcísio, que não entende nada de segurança pública, querem o fim do uso das câmeras? Querem a defesa de quem? Dos maus policiais? Dos criminosos que poderiam atirar livremente em policiais sem serem identificados? Ou ainda, querem que seus seguidores não sejam identificados em passeatas, motociatas e movimentações com desordens?
Os bons policiais, aqueles que seguem as normas e padrões de atuação na linha de frente, não estão encontrando problemas para continuar trabalhando com eficiência no combate a marginalidade. Claro que faltam equipamentos, informatização completa dos dados dos criminosos e a possibilidade de acesso imediato as informações dos criminosos em tempo real.
Faltam uniformes decentes, armas de grosso calibre e munição compatível com as utilizadas pelas organizações criminosas, faltam aos policiais salários decentes, poder de compra, linha de empréstimo para aquisição de habitação e seguro de vida que possa garantir o sustento da família daqueles que morrem em serviço.
Nada disso foi pensado por Bolsonaro que, em quatro anos, apenas fomentou brigas, discussões e atritos, porém, nunca sentou com os 27 governadores para tratar de assuntos ligados a segurança nacional. E por querer apenas o confronto, pede a retirada das câmeras, sem dar argumentação sólida e que prove algo que nem o governo estadual nem o governo americano enxergaram. Os criminosos e a Organizações do crime agradecem o apoio de Tarcísio de Freitas – Republicano/SP.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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