A injustiça num
lugar qualquer é
uma ameaça à justiça
em todo o lugar.
Martin Luther King
Assisti ao filme Dark Waters (O preço da
verdade), uma história baseada em fatos reais que aconteceu nos Estados Unidos,
envolvendo pessoas simples de uma cidade pequena daquele país e a poderosíssima
empresa DuPont. Um elenco muito bom com Anne Hathaway, Bill Pulmann, Mark
Ruffalo entre outros.
Rob Bilott, um advogado, interpretado
brilhantemente por Mark Ruffalo, descobre um segredo obscuro envolvendo o
crescente e inexplicável número de mortes de uma das companhias mais poderosas
do mundo. Nessa complicada jornada, ele arrisca tudo para expor a verdade –
incluindo seu futuro, sua família e sua própria vida.
Os problemas começam na década de ’70,
atravessam o final do século passado e somente no ano de 2015 tem um final
feliz para os setenta mil moradores da pequena cidade.
O drama mostra a dificuldade que existe
em qualquer parte do planeta ao enfrentar uma poderosa empresa, geralmente
protegida pelo Estado. A realidade é que mesmo os habitantes da cidade
demoraram a reconhecer que deveriam enfrentar a empresa, pois o sentimento no
início é de que eles geram empregos e desenvolvimento a cidade e aos seus
moradores, motivo pelo qual imaginam não ser “leal” leva-los a justiça.
A água contaminada despejada na natureza
começa aos poucos a matar os animais, o meio ambiente e em seguida os
moradores. Os casos de câncer se multiplicam numa velocidade muito grande, sem
que a empresa admita seu erro e suas responsabilidades junto a população
O trabalho incansável dos advogados e a
persistência dos envolvidos mostra a todos, inclusive, a nós brasileiros, que
jamais podemos nos curvar diante do Estado, das empresas poderosas, devemos enfrentar
a tudo e a todos diante da justiça.
Nossos políticos e governantes adoram
falar dos EUA, porém, não copiam aquilo que realmente funciona naquela grande
nação. O sistema judiciário e o penitenciário são dois exemplos. A doção da
jurisprudência simplifica e auxilia muito nos julgamentos dos processos,
enquanto aqui insistimos com diversidade de opiniões pessoais dos juízes em
torno das sentenças diferentes para um mesmo assunto julgado.
Mas, para isso é preciso coragem, algo
que falta aos nossos políticos, que preferem continuar legislando porcamente em
benefício próprio do que implantar algo consistente que venha a beneficiar o
todo da sociedade brasileira.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
https://www.dw.com/pt-br/bayer-e-basf-condenadas-a-pagar-us-265-milh%C3%B5es-a-agricultor/a-52401167
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