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1 de fevereiro de 2020

Pior do que a realidade em Bauru, é olhar para as eleições e não enxergar soluções!

Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar.
Não ande na minha frente, talvez eu não queira segui-lo.
Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos.
Provérbio Ute

A eleição municipal no próximo dia 15 de novembro está distante apenas oito meses, não mais do que duzentos e quarenta dias. Entretanto, em outros tempos, seria o suficiente para já sabermos em quem poderíamos votar ou ao menos quem seriam os protagonistas das eleições para o cargo de Prefeito.
A cidade de Bauru vive um drama sem fim há muitos anos, uns dizem vinte e cinco anos outros dizem que já são mais de trinta anos de apatia, fuga de empregos, gestões públicas ineficientes, corrupção e falta absoluta de crescimento sustentado de sua economia local.
A cidade que já foi o grande polo de desenvolvimento do Estado, com entroncamento ferroviário que pulsava forte e carregava consigo o crescimento do comércio e da própria cidade nas décadas de 50, 60 e 70, chegou a ser cogitada até como capital dos paulistas pelo controverso político Paulo Maluf.
Eram tempos de dinamismo, com a construção de avenidas, hospitais, universidades, empresas de grande porte e o afluxo de pessoas de várias partes do Estado e do país.
Mas como todo ciclo tem começo meio e fim, não foi diferente com Bauru, a cidade começou na década de 80 a perder empregos com a saída de grandes empresas para outras regiões do Estado e do país.
A privatização e o desmonte das ferrovias acertou a cidade em seu coração, aquilo trouxe tristeza para muitos e serviu como marco do fim de uma grande era na cidade e região.
Seguiram-se gestões públicas atabalhoadas que nunca conseguiram encontrar um “norte” para a cidade. Falta construir uma estação de tratamento de esgotos (A que está em construção, na verdade encontra-se parada e pode levar muitos anos até ser inaugurada), falta visão estadista, falta planejamento sério, faltam homens públicos que possuam coragem para romper com segmentos empresariais que não justificam seus poderes e atrapalham a cidade.
Mas como encontrar tudo isso num candidato? Esse é o grande dilema dos eleitores, que muitas vezes abandonam a luta antes do round final. Eleição não é loteria nem campeonato de futebol, eleição é coisa muito séria. Assim tem de ser compreendida na hora de analisar as propostas dos concorrentes ao cargo majoritário mais importante do município.
Entretanto, os eleitores muitas vezes reclamam com muita razão de que as opções apresentadas não são as melhores, na verdade eles sabem o que falam. Os partidos políticos pensam apenas e tão somente em “Poder”, não pensam na cidade, no povo e no futuro da região.
As escolhas erradas começam no seio dos partidos que possuem uma minoria dos eleitores da cidade. A maioria não tem estômago para aguentar reuniões partidárias, porém, indiscutível que elas sejam importantes. Nelas, nascem as candidaturas que vão buscar o cargo de prefeito e vereadores de nossa cidade.
Não podemos manter o que está no poder se não foi aprovado pela maioria em quatro anos de gestão. Não podemos sequer pensar em colocar alguém inferior a este, o que seria extremamente danoso a todos. É preciso pensar muito, escolher com muita seriedade e não dar chance de que voltemos ao passado nefasto de políticos que representam o atraso, a ignorância e a corrupção.
O futuro dos partidos políticos de Bauru está nas mãos de seus dirigentes e membros. Escolhas erradas vão elevar ainda mais o fosso profundo entre as cidades desenvolvidas que geram riquezas e empregos e Bauru, caso votem sem consciência nos futuros candidatos para a próxima eleição.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

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