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28 de setembro de 2025

A trajetória pouco ortodoxa de um Pastor que virou Deputado Federal!

 

 Ele é deputado, se diz pastor e líder da Assembleia de Deus, articulou a PEC da bandidagem. Atualmente no Partido Liberal - PL mesmo partido de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, Sóstenes Cavalcante tem uma trajetória recheada de problemas com a justiça, e, por enquanto, conseguiu blindagem para acobertar seus crimes.

Teólogo pela Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil, o parlamentar está em seu terceiro mandato e ocupa o cargo de 2º vice-presidente da Câmara. Sóstenes integrou a tropa de choque de Eduardo Cunha quando o emedebista tentava se segurar no comando da Casa e, atualmente, faz parte da oposição bolsonarista.

Também foi presidente da Frente Parlamentar Evangélica conhecida como a Bancada da Bíblia, e votou favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016, e à reforma trabalhista no ano seguinte.

Seu desempenho eleitoral mostra um declínio acentuado a cada nova eleição. Senão vejamos:

Ano

Cargo

Partido

Votos

Resultado

2014

Deputado Federal - RJ

PSD

104.697

Eleito

2018

Deputado Federal - RJ

DEM

  94.203

Eleito

2022

Deputado Federal - RJ

PL

65.443

Eleito

Em relação a sua votação de 2014, o candidato teve uma redução em 2022 de trinta e nove mil, duzentos e cinquenta e quatro votos, o que nos permite avaliar que ele poderá não ser reeleito caso se candidate em 2026.  

Em junho de 2022, um pouco antes da realização das eleições gerais no país, a idosa Irma Diniz de 81 anos, estava a caminho de Brasília com um tubo de oxigênio para uma consulta médica. Sua viagem foi brutalmente interrompida quando o veículo em que estava foi atingido violentamente por um Corolla blindado, alugado com recursos da Câmara Federal. Quem dirigia o veículo era o deputado Sóstenes que não estava a trabalho da Câmara, mas sim passeando pelo interior de Goiás.

O carro da idosa ficou destruído e ela veio a falecer vítima de politraumatismos. O caso foi abafado. Estavam no carro a idosa Irma, com problemas de saúde e mais duas filhas. As três foram socorridas pela PRF. De acordo com a lei, acidentes de trânsito com vítimas fatais precisam ser investigados, mas de alguma maneira a morte de Irma foi abafada. O Ministério Público não foi notificado como se alguém tivesse protegido o deputado. A família da idosa jamais comentou o caso por medo de represálias.

Com isso, Sóstenes jamais foi investigado oficialmente ou processado por ter tirado a vida de um ser humano. Ele alega que não sabe em que velocidade estava.

Percebe porque Sóstenes é o principal articulador da PEC da bandidagem que protege parlamentares dos processos? Sua ficha suja deixa isso bem claro. Ele também está envolvido em uma série de transferências suspeitas de emendas parlamentares para ONGs ligadas a ele mesmo.

O projeto Elos recebeu 5 milhões do deputado para dar treinamento esportivo para crianças, mas o local era usado por traficantes para treinamento de guerrilha. O projeto Elos também se envolveu em um esquema de superfaturamento nas aquisições de camisas com dinheiro de emendas do Sóstenes.

A ONG comprou R$ 688.000 em camisetas pelo dobro do valor que havia sido orçado 3 meses antes. R$ 344.000 foram pelo ralo da corrupção. A mesma ONG, o mesmo deputado, várias emendas e vários crimes. Em um dos casos, a Elos superfaturou formaturas do projeto. Cursos que eram para ter duração de 3 meses tiveram suas formaturas dois dias depois da inauguração. R$ 684.000 foram gastos em eventos de fachada. A falcatrua da Elos é tamanha que até aluguel de brinquedos colocaram nas notas do evento, que era exclusivamente para adultos.

O Deputado Sóstenes Cavalcante se denomina padrinho da Entidade Elos. Para quem enviou cerca de 20 milhões. A Elos está envolvida em corrupção há 3 anos. Ao todo, Sóstenes enviou cerca de 43 milhões para essa e outras ONGs envolvidas em desvios de dinheiro público. O parlamentar já foi intimado para prestar esclarecimentos sobre a ameaça de romper acordos de emendas. Ele sequestrou o orçamento da União e controla a farra das ONGs. Esse é o maior esquema de corrupção da história mundial. O eleitor carioca precisa acordar. Os evangélicos que seguem esse falso profeta precisam perceber que estão apoiando o verdadeiro inimigo de Cristo. A sociedade não suporta mais parlamentares do nível de Sóstenes Cavalcanti. Precisamos abrir os olhos do eleitor sobre quem trabalha contra ele.

Fica por demais claro que o motivo do deputado Sóstenes ter redigido e levado ao plenário da Câmara a PEC abjeta que a população rejeitou nas ruas e o Senado Federal enterrou definitivamente, tem objetivo único de proteger os deputados que assim como Sóstenes tem crimes guardados em suas gavetas da Câmara.

Essa situação de corrupção com as emendas parlamentares é algo que provoca asco naqueles que são honestos e sabem que o povo brasileiro necessita dos recursos que são desviados de finalidade e embolsados por essa gente inescrupulosa. São estes, que depois bradam na tribuna que Lula gasta demais em viagens ou com Janja sua esposa. São estes canalhas que desviam bilhões ao longo do mandato desperdiçando dinheiro que poderia e deveria estar sendo utilizado em projetos sociais, saúde e educação. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

PS: Pesquisa de algumas informações realizada junto ao Projeto Congresso Exposto.

23 de setembro de 2025

Leia a íntegra do discurso de Lula na 80ª Assembleia Geral da ONU!

                                                                  Imagem CNN.

“Senhora Presidenta da Assembleia Geral, Annalena Baerbock,

Senhor Secretário-geral, António Guterres,

Caros chefes de Estado e de Governo e representantes dos Estados Membros aqui reunidos.

Este deveria ser um momento de celebração das Nações Unidas.
Criada no fim da Guerra, a ONU simboliza a expressão mais elevada da aspiração pela paz e pela prosperidade. Hoje, contudo, os ideais que inspiraram seus fundadores em São Francisco estão ameaçados, como nunca estiveram em toda a sua história. O multilateralismo está diante de nova encruzilhada.
A autoridade desta Organização está em xeque.
Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder.
Atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra. Existe um evidente paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia. O autoritarismo se fortalece quando nos omitimos frente a arbitrariedades. Quando a sociedade internacional vacila na defesa da paz, da soberania e do direito, as consequências são trágicas.

Em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades. Cultuam a violência, exaltam a ignorância, atuam como milícias físicas e digitais, e cerceiam a imprensa. Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, reconquistada há quarenta anos pelo seu povo, depois de duas décadas de governos ditatoriais.

Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia. A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade.

Há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. Foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado pelos seus atos em um processo minucioso.
Teve amplo direito de defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas. Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis.

Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela. Democracias sólidas vão além do ritual eleitoral. Seu vigor pressupõe a redução das desigualdades e a garantia dos direitos mais elementares: a alimentação, a segurança, o trabalho, a moradia, a educação e a saúde. A democracia falha quando as mulheres ganham menos que os homens ou morrem pelas mãos de parceiros e familiares. Ela perde quando fecha suas portas e culpa migrantes pelas mazelas do mundo. A pobreza é tão inimiga da democracia quanto o extremismo. Por isso, foi com orgulho que recebemos da FAO a confirmação de que o Brasil voltou a sair do Mapa da Fome neste ano de 2025.

Mas no mundo, ainda há 670 milhões de pessoas famintas. Cerca de 2,3 bilhões enfrentam insegurança alimentar. A única guerra de que todos podem sair vencedores é a que travamos contra a fome e a pobreza. Esse é o objetivo da Aliança Global que lançamos no G20, que já conta com o apoio de 103 países. A comunidade internacional precisa rever as suas prioridades:

Reduzir os gastos com guerras e aumentar a ajuda ao desenvolvimento;

Aliviar o serviço da dívida externa dos países mais pobres, sobretudo os africanos; e

Definir padrões mínimos de tributação global, para que os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores.

A democracia também se mede pela capacidade de proteger as famílias e a infância. As plataformas digitais trazem possibilidades de nos aproximar como jamais havíamos imaginado. Mas têm sido usadas para semear intolerância, misoginia, xenofobia e desinformação. A internet não pode ser uma “terra sem lei”. Cabe ao poder público proteger os mais vulneráveis. Regular não é restringir a liberdade de expressão. É garantir que o que já é ilegal no mundo real seja tratada assim no ambiente virtual. 


Muito obrigado.

Luis Inácio Lula da Silva – Presidente do Brasil – 23 de setembro de 2025.

21 de setembro de 2025

Milhões nas ruas contra a PEC da Bandidagem e a Anistia!

 

Nas ruas e avenidas das grandes cidades e capitais brasileiras o povo colocou milhões de pessoas contrárias a PEC da Blindagem, conhecida popularmente como PEC da Bandidagem, e contrários a qualquer projeto de anistia para Bolsonaro e os demais golpistas.

Não havia desta vez bandeiras de país genocida, nem dos opressores Ianques, não haviam disseminadores de ódio, Fake News, nem adoradores de pneus ou crentes em ET’s. Não haviam pastores charlatães, nem os esquecidos dos Bingos portando roupas verde e amarelo.

Não houve violência, nem truculência, apenas a maior manifestação democrática dos últimos tempos. Na avenida Paulista a manifestação lembrou alguns momentos em que eu também estive caminhando por ela no passado recente. Como nas manifestações pelas Diretas Já, as comemorações de títulos do Corinthians em 1977 e 1990 ou a festa pela vitória de Lula em 2022.

Pois o povo voltou as ruas com orgulho de ser brasileiro, com orgulho pela recuperação da nossa bandeira, a alegria pelo crescimento da nossa economia, por saber que a luta é por todos os brasileiros, sejam eles evangélicos, católicos, umbandistas ou de quaisquer credos existentes.

Os idealizadores da PEC da Bandidagem e os 350 que votaram a favor dessa excrescência com certeza estão preocupados a partir de agora com a resposta do nosso povo nas ruas.

Não foi por Lula, nem pelos artistas ou políticos de esquerda presentes, o ato foi pela cidadania em defesa da nossa soberania. O ato foi pela restauração da nossa dignidade atingida por bandidos de terno e gravata na Câmara Federal.

O povo brasileiro disse categoricamente NÃO a tramoia dos deputados bolsonaristas. NÃO a anistia aos golpistas criminosos. NÃO aos arranjos espúrios para manter Eduardo Bolsonaro no cargo enquanto traí o país e nossa soberania nos EUA.

Os políticos acostumados a vencer na calada da noite e madrugada, perceberam que não será desta vez que irão fazer o povo engolir seus projetos golpistas visando dar proteção a criminosos, corruptos, investigados pela polícia federal e o Ministério Público. Se depender do povo nas ruas, vão curtir prisão na Papuda ao cometerem crimes e forem julgados pelo STF.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.