Em boa parte dos países do mundo que possuem democracia vigente, o Congresso Nacional tem participação pequena no orçamento realizado pelo poder Executivo. Nos EUA essa parcela está em torno de 5%, enquanto aqui no Brasil existe uma verdadeira máfia no Congresso controlando algo em torno de 25% do orçamento da União.
Interesses paroquiais voltados para os seus currais eleitorais sobrepujando as necessidades do povo brasileiro. Isso sem pensarmos que boa parte destes recursos são desviados na forma de corrupção em obras e serviços.
Basta conferir qual o volume de recursos enviados para as cidades ligadas ao presidente da Câmara e aquelas que não o apoiam em seu Estado, Alagoas. É notório que, enquanto uma montanha de recursos é destinada às cidades de seus parentes e correligionários, a maior parte das cidades fica sem receber nenhuma emenda. Isso acontece na maior parte dos municípios onde não existam deputados eleitos pelos estados brasileiros.
O orçamento deveria ter como princípio básico e único a distribuição de recursos de acordo com o planejamento em cima das necessidades reais dos munícipios e estados da nação. Entretanto, isso não ocorre, em parte por culpa dos nossos deputados federais e senadores, que usam o dinheiro para manter suas candidaturas para a próxima eleição.
Quem conhece a verdadeira necessidade das cidades são os prefeitos eleitos e não os deputados federais. É preciso urgentemente cortar esse cordão umbilical sujo de corrupção e fazer com que o governo federal faça os recursos chegarem de acordo com necessidades + projetos viáveis realizados pelas prefeituras.
Quando o Supremo Tribunal Federal questiona as emendas por Pix, que é na prática o suprassumo da bandalheira e da esbórnia no Congresso, eles levantam a voz e clamam por “liberdade”, acusam os ministros de ditadores. Ora, ditadores são aqueles que usam recursos do povo e não o fazem chegar ao destino que poderia contribuir com o fim da fome, da miséria e da degradação humana que muitos brasileiros vivem nas suas cidades sem saneamento básico.
Ainda
tem parlamentares que usam o multimilionário empresário americano Elon Musk
para ser crítico do Congresso Nacional. Sendo que em diversos países ele
aceitou as regras e as leis vigentes. Aqui, terra de ninguém, paraíso da
impunidade, movido por bolsonaristas o milionário fala grosso e quer passar por
cima da nossa CF. Com auxilio imprescindível da mídia nacional, conservadora,
míope e bolsonarista.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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