Os antigos diziam que a vida era efêmera como um sopro. Sensação que não mudou com o passar dos tempos, a morte é como uma lâmpada que se queima de repente. Silenciosa, rápida e definitiva. Sem volta depois que se esvaí, como numa leve e clara fumaça.
Outro dia perdi um colega, com quem trabalhei por alguns anos na década de 90. Conversamos por whatsapp dez dias antes de que ele fosse dormir em sua residência e não acordasse mais. Morreu enquanto descansava. Não sofreu, não viu nada, não teve a agonia do arrastar que algumas doenças impõem a diversas pessoas.
Meu sogro sempre manifestou sua vontade de não ficar atrelado a uma cama, sofrendo por dias, semanas ou meses, e pedia em suas orações que Deus o levasse sem esse sofrimento. Recebeu essa bênção, pois, foi internado, morreu alguns dias depois sem ter o sofrimento que tanto o apavorava em vida.
Somos muito ínfimos diante do país, continente, Terra, que dirá do universo gigante e desconhecido em que nosso planeta está inserido. Um grão de areia talvez desse a devida dimensão do espaço que ocupamos proporcionalmente ao restante da galáxia.
Mesmo assim, muito acham que são eternos, outros pensam que levarão consigo na morte os bens que conseguiram adquirir nesta breve passagem pela Terra. Com isso deixam de se preocupar em ser para se dedicar exclusivamente a ter.
Quando somos jovens não temos nem pensamos na nossa passagem fugaz por esta existência que Deus nos concedeu. Não perdemos tantos amigos e familiares como depois dos 60 anos de vida, portanto, pensamos menos na nossa curta passagem pela vida.
Minha esposa sempre me disse que o homem estava destruindo seu futuro ao acabar com o meio ambiente, sujar rios, poluir o ar, desmatar matas e florestas, e eu dizia a ela que isso iria demorar. Ledo engano, ela estava certa, a destruição bateu a porta e os exemplos são muitos. A recente inundação de cidades do Rio Grande é um destes exemplos.
O degelo no Polo Norte, as queimadas em razão do calor excessivo, a falta de água em diversos pontos do planeta já são realidade e mostram que o boleto do meio ambiente chegou e sua cobrança vem da pior forma possível.
Essa
situação traz consigo outro problema grave dos seres humanos, que é a
ignorância latente, que cega, deturpa e desvirtua o olhar para a natureza e a
vida.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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