Beatriz celebra a conquista inédita nas Olimpíadas de Paris - © Alexandre Loureiro - COB.
Toda vez que o hino nacional ecoa no pódio dos Jogos Olímpicos, o coração do brasileiro, o nosso coração, pulsa diferente. Em meio à euforia também se faz necessário refletir sobre o longo caminho percorrido pelos atletas até o pódio. É preciso reconhecer a necessidade de investimentos no esporte e, neste sentido, o presidente Lula fez um golaço ao restituir o Ministério do Esportes, extinto na gestão Bolsonaro, e ao retomar os investimos no Bolsa Atleta. Vamos ser sinceros: os atletas brasileiros estão dando um show em Paris.
Além disso, é importante frisar que atletas como Rebeca Andrade, Bia Souza e Isaquias Queiroz integram os 87,3% dos atletas nacionais que recebem o benefício - 241 atletas dos 276 que compõem a delegação brasileira estão cadastrados no programa. Mais que isso: 98% dos competidores já foram beneficiados pelo Bolsa Atleta alguma vez em sua trajetória esportiva. Precisamos lembrar também que o Bolsa Atleta foi criado pelo presidente Lula em 2004. Isso, sim, é gostar do Brasil, dos brasileiros e do esporte.
Vamos ser sinceros não adianta querer lacrar com vídeo nas redes sociais criticando a posição do Brasil no quadro de medalhas nos Jogos de Paris nas redes sociais, porque a própria rede social lembra que esse mesmo “garotão”, de 45 anos, era apoiador do governo que cortou investimentos dos atletas e dos projetos esportivos Brasil afora.
Quando vejo esse tipo de crítica, de verdade, eu não sei se a pessoa está num lapso de lucidez, por entender que o esporte precisa de investimento, ou amnésia, por esquecer que apoiou cortes em programas essenciais, como o Bolsa Atleta.
Mas se tem algo que joga tudo à luz da razão são os números. O Bolsa Atleta, além de voltar a receber investimentos no governo Lula, foi reajustado em 10,86% em 2023. Cenário bem diferente enfrentado pelos atletas nos governos Temer e Bolsonaro, quando os cortes chegaram a 90%.
Não é exagero. Esses dados fazem parte de um estudo realizado pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com o Instituto Federal de Goiás (IFG) que revelou que Temer (2016-2019) e Jair Bolsonaro (2019-2022) foram os que mais diminuíram o investimento público federal no esporte.
Apesar disso, apoiadores desses governos cobram por mais medalhas. Oras! Que dissociação da realidade. O caminho até o pódio é longo. O atleta precisa de infraestrutura e treinamento adequados. Parafraseando uma passagem bíblica: o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória. Adaptando para os Jogos Olímpicos, sem investimento no esporte não tem pódio.
Para finalizar, quero chamar a atenção sobre a ofensiva nas últimas semanas contra o governo Lula como se tivesse criado a tal “taxa olímpica”. Vamos aos fatos?! Segundo a própria Receita Federal, a isenção sobre a medalha está estabelecida na lei 11.488, de 2007. Qual governo? E a tributação sobre o prêmio em dinheiro estava previsto na nº 7.713, de 1988. Qual governo?
E, agora, precisamos ressaltar a verdade, o presidente Lula, mais uma vez, sensível às necessidades dos atletas, editou a medida provisória que irá isentá-los de pagar tributo sobre a premiação olímpica. Ou seja, quem cuida do Brasil e dos brasileiros não são os mesmos que fazem discursos lacradores nas redes sociais nem os que tentam ludibriar a Receita Federal ao passar pela alfandega com joias escondidas.
O ouro
olímpico, conquistado de forma honrosa, esse sim nos orgulha como brasileiros,
assim como um governo que constrói um caminho sólido até o pódio.
Autor: Arilson Chiorato – Publicado no site Brasil de Fato.
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