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6 de abril de 2022

Restando nove meses, gestão é boa apenas em enganar a sociedade!

 Depois de três anos e três meses, restando nove meses para o final da gestão de Jair Messias Bolsonaro, podemos afirmar sem medo algum de errar, baseado em fatos, dados e números, que o governo federal inexistiu até o momento.

Bolsonaro não terá legado ao final de seu governo, não implantou um novo programa habitacional, apesar do déficit imenso de habitações populares no país. Não fez absolutamente nada na Saúde Pública, deixando o que era ruim em estado de calamidade.

Não terá obras para mostrar, não terá um projeto sequer na área de Educação. Sua gestão será marcada com a pior desde a implantação da república em 1889.

Diz aos seus seguidores que no seu governo não houve corrupção, outra mentira na qual somente quem tem político de estimação acredita. Sua gestão teve diversos casos de corrupção, porém, as investigações sempre foram travadas pelas trocas e exonerações de delegados da Polícia Federal. Creio que o post abaixo seja aquilo mais próximo do que acontece, não existe governo em nossa corrupção.

Seu filho Flávio, senador pelo RJ, adquiriu 32 imóveis, todos pagos em dinheiro, e atualmente possui uma mansão no DF no valor de R$ 10 milhões. Investigado no crime de rachadinha, sempre teve ajuda do pai para que as investigações não chegassem a julgamento. E o pior de tudo, usa um mantra que engana apenas quem quer ser ludibriado de quem em seu governo não há corrupção. Um governo loteado para o Centrão nefasto sem corrupção é o mesmo que o mar correndo contra os rios e desaguando nas planícies: não existe!

As investigações ou denúncias recaem sobre esquemas de corrupção no Incra, MEC, Ministério do Meio Ambiente, a compra da Covaxin e as obras da Saúde no Rio de Janeiro. Sem contar aquelas denúncias arquivadas por Aras Engavetador Geral da República.

O mais recente episódio envolve o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O advogado Marconi Gonçalves, ex-superintendente do instituto no Maranhão, afirmou à Polícia Federal que recebeu um pedido de propina logo após tomar posse. A proposta teria sido feita na porta da sede do órgão pelo lobista Pablo Said. "Ele chegou e disse para mim: que muitas casas seriam construídas no Maranhão, e ele tinha interesse na construção dessas casas. E que se eu pudesse de alguma forma ajudá-lo, que não mexesse na equipe ele me daria 10%".

Outro caso denunciado e ainda não levado às barras da Justiça se refere às negociações de compra da Vacina da Índia, Covaxin. O Ministério da Saúde empenhou R$ 1,6 bilhão para comprar o imunizante, no contrato mais rápido e com doses mais caras. Mesmo alertado sobre um esquema de corrupção envolvendo a compra, Bolsonaro não tomou nenhuma providência. O caso é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e foi alvo de apuração por parte da CPI da Covid.

Também na área da Saúde, o governo conta com um escândalo sobre o pagamento, sem licitação, de R$ 30 milhões em obras em prédios do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. O dinheiro foi empenhado em ritmo de urgência, sob a justificativa da pandemia. O valor só não foi gasto porque a Advocacia Geral da União (AGU) identificou indícios de irregularidades e cancelou os repasses.

Outro caso recente envolve o Ministério da Educação, então chefiado por Milton Ribeiro. Revelou-se que no MEC havia um gabinete paralelo comandado por pastores, que facilitavam agenda de prefeitos com o então ministro da Educação diante do pagamento de propinas. Naquele órgão, também foi descoberta licitação para compra de ônibus escolar para áreas rurais superfaturados. O custo dos veículos é de cerca de R$ 270 mil, e o órgão licitou ou iria licitar por R$ 480 mil.

No Ministério do Meio Ambiente também se aguarda o término das investigações envolvendo o ex-ministro Ricardo Salles. Ele foi alvo de uma operação da PF que investigava se funcionários do ministério e do Ibama favoreciam indevidamente empresas que atuam no contrabando de madeira. Salles pediu demissão diante do caso e o inquérito saiu do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi enviado para a Justiça Federal do Pará.

A maioria dos envolvidos vão sair candidatos em 2022 para obter foro privilegiado e poder agir como os filhos do presidente, interferindo, atrasando e dificultando investigações. Essa é a realidade de um país cujo discurso tenta enganar os menos favorecidos no quesito inteligência.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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