Quando do início da pandemia mundial do coronavírus no final de 2019, início de 2020, algumas pessoas escreveram que após o seu término a humanidade iria evoluir, teríamos um novo momento no planeta.
Sob a ótica quem vive no hemisfério sul, na América do Sul em pleno continente brasileiro, essas mudanças não aconteceram, o brasileiro continua igual ou pior ao que era antes da covid-19.
A ganância desenfreada dos nossos empresários, comerciantes e industriais não regrediu um centavo. Querem a todo custo repor prejuízos, o que é normal do ponto de vista comercial, mas a que preço? Não raro encontramos produtos com embalagens alteradas, peso menor e preço maior, qualidade é algo com o qual não há a mínima preocupação na cadeia produtiva, exceto se for material para exportação cujas exigências são muitas e podem invalidar o negócio.
A mania de querer levar vantagens em tudo não mudou o perfil de boa parte dos brasileiros de norte a sul, leste a oeste. Raro ver alguém colocar a ética e a honestidade à frente de coisas pessoais ou até profissionais que as envolvam. Um depósito errado que leve dinheiro a conta de um brasileiro, raramente terá o aviso deste para a instituição declarando que houve um erro em sua conta.
O aparelho celular veio para auxiliar e muito as pessoas na comunicação, na internet com seus milhares de aplicativos, um show de imagens e sons. Com ele podemos fazer muitas coisas que sequer sonhávamos há 30 anos. Entretanto, não é para ser utilizado enquanto se está trabalhando, estudando e, pior, dirigindo um veículo.
Durante a pandemia quantas discussões enfadonhas assistimos sobre o uso ou não de máscaras, sobre a utilização de álcool em gel, higienização das mãos e o máximo, que é a negação a vacinação. Enquanto a saúde e a ciência buscam soluções para auxiliar no combate a covid, gente ignorante, desqualificada e acreditando em políticos e fake news se negam a tomar a vacina que salva.
Gente que não está levando os filhos para serem vacinados desde a tenra idade. Nem para vacinar contra a Pólio, Sarampo, e tantas outras doenças fatais. Por que? Se você perguntar eles não sabem responder, não possuem agudeza de percepção nem argumentos válidos. Alguns na pandemia diziam que a vacina possuía chips de identificação ou que poderiam matar...
Isso acontecendo no país com mais de 660 mil mortes pela covid num universo de quase 30 milhões de infectados pelos vírus. Nem esses números gigantescos e preocupantes levaram essas pessoas aos postos de vacinação. O percentual de brasileiros sem nenhuma dose ou com a vacinação incompleta é enorme, tanto quanto inaceitável.
Portanto,
o brasileiro não mudou e nem melhorou nada pós pandemia. Pelo visto, com a
guerra da Rússia contra a Ucrânia podemos afirmar que muitos seres deste
planeta não evoluíram o suficiente para que pudéssemos ter uma diferença em
nossas vidas e do nosso planeta.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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