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19 de abril de 2022

Fartura só para o alto comando!

 As notícias recentes das compras efetivadas pelo Exército nacional durante o governo Bolsonaro têm causado espanto aos brasileiros que usam o cérebro para raciocinar e pensar sobre o comparativo com o conjunto restante da sociedade.

Primeiro, ficamos sabendo da compra de picanha e do gasto de R$ 15 milhões com leite condensado em licitações milionárias. Em Bauru, neste mês de abril/22, o quilo da picanha está custando aproximadamente R$ 90,00. Poucos brasileiros têm condições de comprar este corte de carne bovina e fazem substituições quando podem. Portanto, o Exército ostenta algo que não é normal para milhões de brasileiros, com muitos passando fome.

Agora vem ao conhecimento da sociedade, antes que o presidente imponha sigilo por cem anos, que o mesmo Exército adquiriu cinquenta mil comprimidos de Viagra, Próteses penianas, Gel lubrificante, etc. Fica difícil comentar, imagina justificar, essas compras. O presidente de forma tosca e mentirosa disse: “Essa quantidade de Viagra, taokey, é para “combater a hipertensão arterial e também as doenças reumatológicas” e que será "mais usado pelos inativos e pensionistas"”.

Nem durante o período da ditadura no golpe militar entre 1964 e 1985, o exército efetuou tais compras que agora Bolsonaro autoriza e ainda ri da cara dos brasileiros quando questionado sobre motivos e valores dessas licitações milionárias em tempo de inflação, crise e fome.

O pior é saber que nas unidades de Tiro de Guerra, espalhadas pelo país, onde os jovens que são obrigados a se alistarem frequentam por um ano, não é servido almoço nem jantar, e no café da manhã não tem sequer pão com manteiga para alimentar os jovens. A maioria são pobres que saem de suas casas de madrugada sem nada no estômago e passam o dia sem que o Exército ofereça alimentação.

Como uma Instituição que adquire picanha, filé mignon, leite condensado entre outras iguarias não tem alimentação para os mais jovens? Com certeza, assim como no Poder Judiciário, onde os recursos ficam no alto escalão, muito longe dos servidores que em sua maioria, sobrevivem a pão e água, em bebedouro distante.


Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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