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2 de abril de 2022

A educação nas mãos de bandidos!

 Desde que assumiu a presidência, foram nomeados quatro ministros para a pasta da Educação. Nenhum deles mostrou a mínima capacidade de levar adiante projetos do interesse maior da nossa sociedade. Nenhum deles abriu diálogo com os reitores, professores e alunos das instituições federais.

No meio do caminho, contrariando promessa de campanha, Bolsonaro entregou o FNDE e a Educação ao Centrão, que tem passado nefasto, fúria por recursos e nenhuma afinidade com o ensino brasileiro.

O primeiro esquema descoberto foi a atuação de dois pastores dentro do Ministério da Educação (MEC) nos últimos dois anos, expondo um esquema de tráfico de influência dentro da pasta. Desde a posse do ministro Milton Ribeiro, em junho de 2020, os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura levaram dezenas de prefeitos para “reuniões” e, segundo acusações, cobravam propina para facilitar o repasse de verbas para esses municípios.

             O Escândalo dos pastores no MEC foi desencadeado com o vazamento de áudios que culminaram com a demissão do então Ministro Milton Ribeiro que não suportou a pressão para seguir no cargo.

O áudio vazado tinha o ministro da Educação Milton Ribeiro afirmando textualmente que Jair Bolsonaro (PL) dava prioridade a pedidos de verba negociados por dois pastores que não têm cargos oficiais, mas atuam de forma informal dentro do Ministério da Educação (MEC).

Desde o começo de 2021, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura promoveram encontros de prefeitos no MEC que levaram a pagamentos e empenhos (reserva de valores) de R$ 9,7 milhões, em apenas dias ou semanas depois de promoverem as agendas.

Nem bem as investigações tomaram rumo e surge no horizonte do planalto central, nova denúncia de corrupção no MEC. Uma licitação bilionária do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que prevê a compra de ônibus escolares com preços inflados. O alerta partiu de instâncias de controle e da própria área técnica do fundo. Segundo consta, o governo aceita pagar até R$ 480 mil por um ônibus que, na verdade custam no máximo R$ 270,6 mil. Uma diferença de R$ 209.400 por veículo adquirido pelo MEC. Os recursos sairão de um programa destinado a atender crianças da área rural, que precisam caminhar a pé quilômetros em estradas de terra para chegar à escola.

A operação foi montada dentro do FNDE, que concentra a maior fatia de recursos destinados a investimentos em educação. O fundo é presidido por Marcelo Ponte, que chegou ao cargo por indicação do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, braço direito e homem de confiança de Bolsonaro. O processo da concorrência mostra que o FNDE atropelou as orientações dos órgãos de controle e da própria área técnica, que apontaram risco de sobrepreço nos valores dos ônibus que o governo aceita pagar.

O pregão permitirá a aquisição de até 3.850 veículos como parte do programa Caminho da Escola. O preço total, ao final da compra, pode pular de R$ 1,3 bilhão para R$ 2,045 bilhões, com aumento de até 55% ou R$ 732 milhões.

Esse é o governo de Bolsonaro que mente a sociedade dizendo que em seu governo não há corrupção. Esse é o governo cujo presidente quer a qualquer preço a reeleição, ameaçando inclusive a democracia em caso de possível derrota nas urnas eletrônicas, as mesmas que o elegeram em 2018 e nunca apresentaram falhas ou fraudes.

Enquanto a nossa sociedade e os eleitores não acordarem para a importância vital de votarem com consciência extirpando de vez os políticos do Centrão da Câmara e Senado, não haverá como alguém governar sem corrupção. O câncer lá está e já foi detectado em diversos governos. Como no governo Bolsonaro não há obras de infraestrutura, o Centrão inovou e está roubando na Educação. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Um comentário:

Maria Angélica disse...

Infelizmente nosso País na mão do Centrão é uma aposta no que há de pior. Sem Educação (em todos os sentidos) não iremos a lugar algum.