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3 de março de 2022

Por trás dos noticiários sobre a guerra!

              Os EUA e a Ucrânia possuíam um interesse comum: impedir a conclusão do gasoduto russo Nord Stream 2.

Por que? Esse gasoduto é uma alternativa da Rússia em parceria com a Alemanha que irá viabilizar o transporte do gás da Rússia para o uso doméstico e industrial na Europa.

Porém, isso seria um problema gigantesco para os americanos, que querem isolar os russos do ponto de vista econômico e poder assim vender o seu próprio gás natural (líquido) que é muito mais caro à Europa.

O gasoduto russo também não agrada a Ucrânia, já que atualmente o gás tem que ser transportado pelo território ucraniano. O projeto entre Rússia e Alemanha desviaria do território ucraniano, representando um prejuízo de até U$ 3 bilhões por ano (Cerca de R$ 15 bilhões) para a Ucrânia.

Apesar do sonho de ver essa obra construída e em pleno funcionamento, as notícias dão conta de que a situação da empresa operadora do projeto do gasoduto Nord Stream 2 – que é liderado pela Rússia, teve que rescindir contratos com funcionários por causa das sanções dos Estados Unidos.

“Após os recentes desenvolvimentos geopolíticos que levaram à imposição de sanções dos EUA à Nord Stream 2 AG, a empresa teve que rescindir contratos com funcionários. Lamentamos muito esse desenvolvimento”, afirmou em comunicado por e-mail.

Os Estados Unidos impuseram sanções ao Nord Stream 2 AG na semana passada, depois que a Rússia reconheceu duas regiões separatistas no leste da Ucrânia antes de sua invasão do país. Os americanos usando a capa de super heróis fazem na verdade o papel de vilão. A interferência na empresa foi muito rápida e descarada. 

Voltando um pouco no tempo, em 2014 o golpe de estado e a guerra civil na Ucrânia marcaram a ascensão de diversos grupos neonazistas. Em contrapartida, na fronteira com a Rússia, os grupos separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk, na região de Donbass, também ganharam força.

A verdade escondida é que os EUA são os patrocinadores desses grupos neonazistas na Ucrânia. Eles pressionam o país ideológica e militarmente a continuar a guerra, com o apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Inclusive, um dos grupos neonazistas mais influentes na Ucrânia, o Batalhão de Azov, participou dos eventos de 2014, sob o comando do Ministro do Interior Arsen Avakov.

Esse batalhão de Azov conta com milícias, partido político, editoras e até acampamentos de formação para crianças (Isso traz à memória o acampamento feito por bolsonaristas no DF com a participação de diversos apoiadores do governo Bolsonaro), baseado em ideologias neonazistas e de extrema direita.


Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Fonte: Grupo Politikkka do Instagram

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