Seguidores

12 de março de 2022

Covardia e conivência em relação a dolarização dos combustíveis!

O erro acontece de vários modos, enquanto
ser correto é possível apenas de um modo.

Aristóteles

 Desde que Michel Temer resolveu dolarizar os custos dos combustíveis e do gás de cozinha, fazendo com que seus preços subissem ao céu e se tornassem obscenos para o povo brasileiro, acarretando a volta da inflação no patamar de dois dígitos, algo que parecia enterrado na vida brasileira, ninguém tem coragem de falar a verdade.

A mídia tergiversa enrola feito Rolando Lero, personagem do gênio Chico Anízio, mas não explica para a sociedade os fatos verdadeiros, preferindo usar termos técnicos ou culpar a guerra entre Rússia e Ucrânia.

O presidente Bolsonaro, mentiroso contumaz, não poderia justamente nesta situação falar a verdade, afinal de contas, ele manteve a estupidez acertada por Temer. Por que? Sabia que essa dolarização com aumentos abissais de preços favoreceria os acionistas da Petrobras. Enquanto enrola o povo, culpa os governadores, o ICMS, e brinca com a população. 

Por ironia, antes de sofrer o golpe contra seu legítimo mandato, Dilma viu setores da sociedade, inclusive do transporte de caminhões pressionar seu governo para naquela ocasião reduzir os preços dos combustíveis, que estavam num patamar completamente aceitável – Gasolina – R$ 3.40 – Diesel – R$ 2,10 – Etanol R$ 2,54.

Depois da sua saída os preços não pararam de subir, em virtude da dolarização dos custos de produção, mas mesmo assim, nem os caminhoneiros, nem a sociedade, ninguém pressiona o atual governo Bolsonaro. E olha que o preço do botijão de gás de cozinha que custava R$ 35,00 no governo Dilma, hoje (Mar/22) está sendo comercializado por R$ 137,00.

Os acionistas estão felizes, os empresários da cadeia de comercialização dos combustíveis e do gás de cozinha, idem. Estão, assim como o governo Bolsonaro e os Congresso nacional, pouco se lixando para as agruras do povo brasileiro. Mentem, inventam medidas paliativas que não mudam nada, fingem estar preocupados, enquanto pensam apenas nas eleições de outubro.

Enquanto isso a sociedade sofre e a mídia nem sempre divulga os detalhes dessa gestão sórdida contra o povo e o país. Vejam alguns números que assustam, mas dão a correta dimensão da saga Bolsonaro:

Aumentos desde o início da gestão em 2019;

Gasolina > 116%

Gás de Cozinha > 100,1%

Diesel > 95,5%

Salário dos militares e do presidente > 69,0%

Cesta Básica > 33%

Salário Mínimo em 2019: R$ 1.100,00 – em 2022 R$ 1.212,00.

          Ou seja, sob a gestão Bolsonaro o reajuste ao mínimo que a maior parte dos brasileiros recebe foi de 10,20%. Não precisa ser economista para entender as diferenças do tratamento dispensado aos combustíveis, militares, salário do presidente, fundo eleitoral e o povo.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Nenhum comentário: