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1 de março de 2022

Esquecidos na completa escuridão!

 Na década de 90, o governo federal e alguns governos estaduais deram início a um processo de privatização. Entre os setores escolhidos estava o setor elétrico nacional. Ficou de fora a Eletrobras, que agora no atual governo Bolsonaro pode vir a ser privatizada.

A promessa mentirosa era de que os investimentos seriam grandes por parte daqueles que comprassem as nossas geradoras, distribuidoras e até as empresas de transmissão de energia. Disseram também que haveria muita economia e que este dinheiro economizado seria carreado para saúde, educação, segurança, etc.

Anos depois, nada disso aconteceu, a prestação de serviços piorou para os consumidores, a agência Aneel criada para justamente ser uma reguladora deste mercado, passou a ser aliada dos estrangeiros e das empresas privatizadas, dando às costas aos consumidores.

As linhas de distribuição nas cidades permanecem nos postes ao invés de estarem no subsolo. As linhas de transmissão não foram ampliadas para poder levar energia aos pontos mais distantes do país e não houve acréscimo da oferta de energia gerada no Brasil.

O pior mesmo é saber que nas proximidades de Manaus até a fronteira do Brasil nós temos em pleno Século XXI, cerca de dois milhões de brasileiros sem energia elétrica, vivendo na escuridão, privados de qualidade de vida.

Sem contar que temos ainda seis milhões de brasileiros que não têm acesso a iluminação pública, algo inaceitável, num governo que torra dinheiro com tudo quanto é bobagem desnecessárias e não trabalha para dar ao seu povo iluminação nos lares e nas vias públicas.

Como imaginar que as pessoas vivam sem poder estudar ou trabalhar à noite em suas casas, escritórios e pontos de venda? Até o simples ato de caminhar é dificultado pela escuridão onde vivem. Sem a mínima segurança para poder exercer seus direitos de ir e vir.

Desde que Michel Temer deu o golpe na democracia brasileira em 2016, já se passaram seis anos sem que houvesse uma só atitude do governo federal, dos governos estaduais, do ministério das minas e energia no sentido de resolver este problema tão grave.

Muitos incautos (empresários ricos, mídia chapa branca e o mercado financeiro) pedem que reformas sejam realizadas, em geral para benefício próprio. Esse grupo jamais pediu energia elétrica para quem produz, para o povo pobre que não tem acesso a mesma. O motivo é muito simples: esse grupo não quer o bem estar do povo simples do país, mas sim, apenas levar vantagens em seus negócios.

Neste governo tivemos recentemente apagões no Amapá, deixando a todos no escuro por dias seguidos. Nada foi feito pelo governo federal desde então, assim como nunca fizeram nada pelo povo do Estado do Amazonas, onde mais de dois milhões vivem seu ensaio da cegueira particular todas as noites.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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