Somente depois de mais de três anos de gestão à frente da presidência foi que a grande mídia notou que não havia compromissos oficiais na agenda do presidente há cinco dias. Pobre incautos desavisados e mal informados. Na verdade, são centenas de dias sem compromissos, sem reuniões ministeriais, sem encontros com governadores e até presidentes de outras nações. São centenas de dias sem fazer nada, sem trabalhar pelo país. Um pária acomodado que não tem capacidade nem vontade de produzir em prol da nossa gente.
São centenas de dias onde sua preocupação foi a de subir em palanque para manter viva a ideia de reeleição, mesmo que as custas de obras não concluídas, ou pior, realizadas em governos anteriores. São muitos dias de férias, de motociatas, de carreatas, de festas de formaturas militares.
São muitos dias de internações em hospitais privados pagos por nossos recursos. Centenas de dias sem fazer nada, sem agenda, sem trabalho, sem vontade alguma de fazer algo pelo país. Assim está sendo a passagem nebulosa de Bolsonaro pela presidência, onde fala no cercadinho pela manhã, conta piadas na parte da tarde e vai assistir o Ratinho a noite.
Um presidente desqualificado frente as responsabilidades que o poder impõe, sem a mínima vocação política para cumprir a agenda que é imposta a um presidente, inábil no trato com as pessoas, com os jornalistas, que insistem em lhe fazer perguntas para as quais ele não tem resposta. Um sujeito que gozará de férias por quatro anos, usando cartão corporativo sem prestar contas a sociedade, censurando os gastos e as visitas dos filhos ao seu gabinete por cem anos.
E mesmo assim, ainda tem milhares de cúmplices apoiando isso, com medo de “comunismo” e de que alguém venha a sentar naquela cadeira e em alguns meses mostre ao mundo a diferença entre um Presidente e um vagabundo.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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