Seguidores

18 de fevereiro de 2022

Pátria amada do racismo estrutural e da intolerância religiosa Brasil!

 O slogan do governo federal sob a gestão Bolsonaro lembra os tempos sombrios da ditadura militar no país. “Pátria amada, Brasil”, coisa linda, demagógica e mentirosa. A pátria amada não deveria ter um governo que permita ofensas raciais, racismo estrutural e intolerância religiosa.

O racismo está em toda parte, nos condomínios de luxo, nas ruas, no comportamento de parte do efetivo policial, na justiça que não pune exemplarmente e no conjunto da nossa sociedade que não trata o assunto como crime.

Algo que deveria estar sendo ensinado à exaustão desde o ensino infantil, algo que deveria ser tratado pelos pais desde a tenra idade, educando seus filhos para que sempre respeitasse a todas as etnias, raças e credos em sua vida.

Mas isso não acontece, e este governo atual de Bolsonaro, prega através do presidente e seus aliados exatamente o contrário. Alegam que não se pode cercear o direito de livre expressão dos brasileiros. Como se o ato de ofender um ser humano negro fosse direito de expressão de alguém.

Entretanto, na Constituição Federal de 1988 a liberdade de expressão é garantida, principalmente nos incisos IV e IX do artigo 5º. Enquanto o inciso IV é mais amplo e trata da livre manifestação do pensamento, o inciso IX foca na liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação. O artigo 5º é um dos mais importantes da nossa Constituição e contém os direitos fundamentais, difundidos entre seus 78 incisos, que têm o objetivo de assegurar uma vida digna, livre e igualitária a todos os cidadãos do País.

Os bolsonaristas confundem esse artigo, achando que o mesmo lhes possibilita ofender, agredir verbalmente, mentir, o que não é nem de longe o que diz o texto. Mas assim como alguns charlatães fazem com a Bíblia interpretando-a à sua maneira, estes o fazem em relação a CF.

O governo teve nas eleições o apoio dos líderes religiosos evangélicos, tem na Câmara apoio irrestrito da chamada Bancada da Fé, por este motivo, vimos crescer em nosso país miscigenado uma intolerância criminosa contra as religiões de origem afro. Praticantes da umbanda, candomblé e demais são muitas vezes perseguidos e vivem sem segurança.

Estranho que essa mesma gente não se revolta contra milicianos, organizações criminosas, traficantes, como se estes não fossem problema para a sociedade e para eles. Guardando seu ódio para com os espíritas em todas as suas vertentes, inclusive em algumas comunidades nos morros do RJ, onde traficantes “evangélicos” expulsam de seus domínios os adeptos de religiões afro.

Não se vê reação do governo federal, nem da justiça no sentido de coibir tais afrontas a liberdade individual dos brasileiros de seguir a religião ou culto que bem entenderem.  

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

Nenhum comentário: