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23 de fevereiro de 2022

Por que alguns falam tanto em reformas?

“O Brasil é o único país do mundo
em que os ratos conseguem
pôr a culpa no queijo”
Millôr Fernandes

Que o mercado financeiro, os ricos empresários, parcela da mídia chapa branca governista falem das reformas como se estas fossem salvadoras para o país e para a sociedade, é fato normal. Afinal de contas, as reformas que estes grupos querem impor são aquelas que os favorecem ainda mais.

Em 2018, Michel Temer aprovou no Congresso Nacional a Reforma Trabalhista que não modernizou a CLT, não gerou novos empregos, não atualizou as profissões que estavam à margem do sistema trabalhista nacional. Porém, ajudou a precarizar as relações trabalhistas, prejudicou e muito os trabalhadores com carteira assinada, favoreceu empresários e nada mais.

Em 2019, Bolsonaro aprovou a Reforma da Previdência, que igualmente pífia, não resolveu a questão das dívidas advindas por sonegação do FGTS, não equalizou o sistema, permitindo que as desigualdades permanecessem entre os sistemas privados e públicos. Deixou que militares e suas filhas pensionistas, políticos e marajás do poder judiciário ficassem fora daquilo que passou a exigir apenas dos brasileiros comuns, das pensionistas e dos mais pobres.

São estes os exemplos que essa turminha pede exaustivamente. Querem reformas, mas não querem que o Brasil avance no caminho do fim da desigualdade social, do pleno emprego, da cobrança de impostos para grandes fortunas. Querem que os mais pobres, os trabalhadores, paguem mais impostos enquanto eles compram carrões, mansões e vivam nababescamente às custas do andar de baixo.

Vide empresários conhecidos por terem centenas de lojas, dinheiro em paraísos fiscais em Offshores e, no entanto, permanecendo como sonegadores fiscais junto à receita federal do Brasil, a mesma que implica com recibos de dentistas e médicos para cidadãos comuns.

O que eles não brigam é por uma Reforma Política que acabe com os salários exorbitantes dos políticos e seus assessores, com os benefícios que o conjunto da sociedade nunca teve, como férias de 60 ou 90 dias anuais, auxílio moradia, auxilio paletó entre outros. Não discutem a possibilidade da redução dos cargos de deputados federais, estaduais e de vereadores em todo país. Por essa reforma eles não brigam... 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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