e cada ignorante, a sua sabedoria”
Em 2014, há sete anos, a Prefeitura de Bauru pagou R$ 7 milhões por um Plano Diretor de Água. Esse plano deveria ser usado como balizamento para todas as decisões a serem tomadas na busca pela eficiência do Departamento de Águas e Esgoto - DAE nos anos seguintes. O plano diagnosticou toda a situação de abastecimento e produção de água da cidade, além de propor soluções para as correções de rotas por vinte anos.
O plano virou lei cinco anos depois, um atraso injustificável ocorrido durante a gestão do ambientalista Rodrigo Agostinho, hoje deputado federal. O processo invadiu mais quatro anos da gestão de outro ambientalista Clodoaldo Gazzetta, sem que nada fosse realizado.
Agora já na gestão da Prefeita Suellen Rosim, após cem dias decorridos do início de sua gestão, a cidade padece pela falta de água, pela falta de ações do poder executivo, pela incompetência do DAE e por não dar ao povo algo do qual ele possa vislumbrar uma mudança desta situação caótica que se arrasta há mais de 30 anos.
Entre as principais ações previstas e que não foram realizadas por Agostinho, Gazzetta e provavelmente não será por Suellen estão:
> Troca de hidrômetros em toda cidade;
> Setorização da rede de distribuição na cidade para estabilizar a pressão da água;
> Controle de perdas (Vazamentos na rede)
> Modernização da
Estação de Tratamento de Água – ETA;
> Ações de
desassoreamento da lagoa de captação, combate a proliferação de macrófitas
aquáticas e reflorestamento de 500 hectares às margens do Rio Batalha;
> Criação do 2º ponto de captação para o sistema ETA no Batalha por meio de nascente próxima à utilizada até hoje;
> Inauguração de sete poços artesianos;
> Inauguração de 22 reservatórios;
> Novas adutoras aproveitando tubulações existentes, interligando os sistemas Norte, Leste e a ETA.
Há anos os prefeitos cometem alguns erros em relação a autarquia que tem a responsabilidade pelo abastecimento de água da cidade, como por exemplo:
Eles trocam seguidamente os presidentes sem, no entanto, exercerem uma cobrança sobre os objetivos a serem alcançados pelo DAE;
Não efetuam uma reestruturação administrativa e técnica no âmbito da empresa, modernizando-a e dando a ela dinamismo e eficiência em sua gestão;
Se submetem aos devaneios dos vereadores da cidade, que se acostumaram a usar o DAE como cabide de empregos e “carguinhos” ´para seus apaniguados.
O começo do
trabalho de Suellen demonstra um desdém completo pela cidade, por suas
promessas de campanha e pelo destino da sua gestão, que dizem no meio político
irá apenas até as eleições de 2022 quando alçará novo voo rumo a outro cargo.
Isso no jargão popular da política se chama “estelionato eleitoral” visto que,
os 89.725 votos que obteve eram para sua gestão de quatro anos à frente da
cidade.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão
Pública.
Um comentário:
Aqui em Marília, tbm vivemos esse problema por muitos anos, pois a promessa de resolver a falta de água rendia muitos votos. Não me lembro em que ano, um político que você deve conhecer bem, pois foi prefeito de Marília por várias vezes, sempre prometendo água, finalmente percebeu que a população não estava acreditando mais nessa conversa, tanto que perdeu pela primeira vez uma eleição. Nas eleições seguintes, ele mudou de tática, prometeu resolver o problema da água, e mostrou como faria isso. Não deu outra, ganhou as eleições e cumpriu a promessa, hoje não sofremos mais com isso. Se candidatou outras vezes e ganhou, até que perdeu a mão, e começou a roubar mais do que podia carregar. Depois disso, só seu filho conseguiu se eleger, mas fez tanta asneira que também não conseguiu mais voltar pra prefeitura. Mas o que queríamos ficou resolvido. Nunca mais faltou água aqui.
Talvez Bauru devesse usar idéia, quem sabe da certo.
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