Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos
enclausurados dentro dela. Nossos conhecimentos
fizeram-nos céticos; nossa inteligência,
empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia
e sentimos bem pouco. Charles Chaplin
A CPFL concessionária de distribuição de energia pertence ao Estado de SP, mas em novembro de 1997, com a privatização, o controle da companhia passou para o atual grupo composto pela VBC Energia (Grupo Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), pelo Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), e pela Bonaire Participações, que reúne sete fundos de pensão e adquiriu dezessete por cento das ações da empresa.
A empresa demitiu milhares de trabalhadores, enxugou completamente seu quadro de funcionários e aos poucos começou a desativar regionais e escritórios em distritos onde atua. Claro que a prestação de serviços foi prejudicada, mas nada que preocupe seus atuais donos e o Estado de SP. Óbvio que eles sabiam que isso aconteceriam embora os tucanos pregassem à época que haveria uma modernização no sistema com fios sendo colocados embaixo da terra, opção para escolha da empresa a oferecer os serviços e muito mais mentiras que jamais aconteceram.
Ontem, conversando com um amigo que é morador de Bauru, ele me relatou uma experiência no mínimo interessante que teve com a empresa CPFL. Depois de muitos anos, ele quis alterar a conta bancária onde fazia o procedimento de débito automático da sua conta mensal de energia com a empresa. Como não recebe a conta há muito tempo, em papel ou por e-mail, entrou no site da empresa e tentou informar o que pretendia.
A máquina que o atendeu pediu o número de seu código de cliente que está estampado na conta de energia ao lado do seu número de cliente. Sem ter a conta em mãos, obviamente desconhece esses números. Tentou então ligar para a companhia, sendo novamente atendido por um computador que não soube responder sua questão.
Procurou no site todas as alternativas possíveis em vão. Percebeu que embora esteja no limiar do século XXI ainda tem empresas privatizadas ou não vivendo no auge do século XIX.
No
Brasil são inúmeros os problemas enfrentados quando precisamos adentrar um site
de uma empresa, que não tem transparência, informações ágeis e seguras para qualquer indivíduo independentemente
de seu conhecimento de informática. Muita autopropaganda e pouca ou nenhuma
eficiência no que tange a informações úteis ao usuário ou cliente.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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