por isso todos os vícios a atingem.”
Santo Agostinho
A gestão dos prefeitos que tomaram posse em 01 de janeiro deste ano completaram no dia 10 de abril, 100 dias de gestão a frente dos seus municípios. No caso de Bauru, não há nada a ser comemorado nem nenhum motivo para ter otimismo com os demais 1.360 dias que restam de mandato a atual prefeita da cidade Suellen Rosim.
Exceto uma intervenção em Brasília que reduziu os juros e o montante de uma dívida municipal quando Suéllen Rosim e sua equipe (da Finanças e Jurídico) foram à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) correndo para pedir o ajuste, nada houve que pudesse nos dar a sensação de que haverá mudanças na administração da cidade.
Afinal, com cinco minutos de mandato a prefeita já estava rompendo relações com o Governador do Estado João Dória. Isso agrada seu presidente e o estafe dele, porém, não é producente para quem depende e muito das ações do Estado na sua gestão e nas coisas da cidade. Um bom gestor deve manter equilíbrio nas suas ações e ter relacionamento proativo com Estado, Governo Federal e demais órgãos da administração pública.
Não temos sinais de alguma mudança ou melhora na gestão da água na cidade, embora o presidente da autarquia DAE já tenha sido trocado com noventa dias de gestão. Tanto o DAE como Emdurb permanecem prestando serviço de pouca qualidade aos munícipes.
A cidade permanece suja, sem fiscalização, com muitos buracos e com os mesmos problemas apresentados nas gestões anteriores de Rodrigo Agostinho e Gazzetta.
Não houve em cem dias de gestão discussões sobre o destino das toneladas de lixo produzidas em Bauru. A deficiente iluminação pública que também é um problema antigo. A conclusão da Estação de Tratamento de Esgotos – ETE que vem desde o governo Rodrigo Agostinho e atravessou a gestão de Gazzetta sem ser concluída e entregue a sociedade.
Nestes primeiros cem dias a prefeita se limitou a fazer “Lives” e não disse ao que veio. Não produz, como seus antecessores, projetos para serem apreciados e discutidos na Câmara, passando a impressão de que não há nada a ser feito ou discutido pelos representantes do povo.
Para completar esse desempenho pífio, ronda a cidade os boatos de que a prefeita não terminará seu mandato cumprindo os quatro anos, preferindo sair candidata a um cargo nas eleições do próximo ano.
Enquanto publicava este texto, a prefeita anunciava seu Plano dos Cem Dias, incluindo algumas promessas e outros sonhos que talvez nem tenha tempo de ver ser realizados.
Autor:
Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão
Pública.
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