Os apoiadores e seguidores fieis de Bolsonaro formam uma máquina incansável de criação de fatos alternativos, moto-contínuo de notícias falsas, usina permanente de vídeos de impacto: parafernália disseminada em correntes multitudinárias de WhatsApp, em canais de YouTube e por meio de aplicativos. Pessoas que a princípio iriam divulgar as boas notícias do governo, que após dois anos e três meses nunca existiram, passaram a produzir milhares de vídeos, áudio e matérias falsas.
Desta forma, optaram pelo pior, disseminar fake news contra as vacinas, a favor de um tratamento preventivo que nunca existiu ou foi aprovado pela Anvisa, OMS ou quaisquer entidades sérias da ciência no planeta.
O ressurgimento de Lula e a sua possível candidatura em 2022, por mais complicada que seja, foi a única boa notícia para Bolsonaro e seu exército sem cabeças desde a eleição em 2018.
Sem Lula, o bolsonarismo não teria a mesma arma – o antipetismo e anticomunismo, para disseminar em mensagens disparadas a partir da contratação de agências especializadas neste tipo de crime. Manter essa dualidade é a única aposta para Jair, visto que nestas eleições terá dois grandes problemas pela frente além dos concorrentes opositores: Terá de participar de debates, se fugir ficará marcado como covarde, e não terá facada para salvaguarda-lo na campanha. Ele também terá de provar que fez em quatro anos coisas substanciais que justifiquem sua reeleição.
Como diz antigo ditado popular: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”. Esse é o caso de Bolsonaro, um político que mente de forma contumaz e que usa da desfaçatez para desmentir suas falas, mesmo que estas estejam gravadas em vídeos na internet.
Além das mortes de mais de 300 mil brasileiros, a pandemia mostrou ao mundo que Jair Bolsonaro é um fantoche da velha política e do Centrão. Nada realizou em dois anos de gestão e as perspectivas não são animadoras para a segunda parte de seu mandato.
Por isso, mentir, enganar, iludir o eleitorado cativo segue sendo sua única alternativa neste país onde a maioria tem memória curta e esquece rapidamente aquilo que os políticos fazem ou deixam de fazer. Os eleitores atualmente são manipulados por mensagens de WhatsApp, redes sociais e acreditam na maioria das vezes naquilo que é repassado por youtubers mal intencionados.
A
única arma contra isso é a educação, a informação e a união dos brasileiros em
torno de projetos políticos que sejam produzidos para levar até os mais
necessitados o básico – Educação, Saúde, Habitação, Segurança e Saneamento.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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