“A ignorância é a
maior enfermidade do gênero humano.”
Marco Túlio Cícero.
Por trás das campanhas eleitorais
ocorridas em vários países, incluindo o Brasil, Hungria, Turquia, EUA temos um processo
de desvirtuamento do sistema com o uso de disparos de mensagens através de
agências contratadas exclusivamente para desinformar, mentir, agredir e alterar
os resultados de uma eleição. Tudo financiado por empresários alinhados com a
direita e seus candidatos.
Nestes países temos em comum, a guerra
declarada a mídia crítica, no nosso caso a Globo, Estadão e Folha de SP. Para
poder levar suas mensagens de ódio e espalhar Fake News Bolsonaro usa um
ecossistema de sites, blogs e influenciadores digitais que inundam redes
sociais com versões próprias do governo. Entre eles estão: Terça Livre, Conexão
Política, Crítica Nacional, Jornal da Cidade Online, Pleno News, Hipócritas,
Renova Mídia, Movimento Brasil Conservador, Senso Incomum e República de
Curitiba, além de utilizarem várias contas em redes sociais como por exemplo,
“isentões, Bernardo Kuster, Leandro Ruschel, etc.
Um dos canais de financiamento deste
universo bolsonarista vem através do Site Corwdfunding Apoia-se. Depois de
eleito o governo Bolsonaro começou a investir recursos de publicidade do
governo federal nestes meios de comunicação alternativos.
Pois é essa milícia digital que
operacionalizou o envio de milhões de mensagens de cunho mentiroso, denegrindo
adversários ou mentindo sobre projetos de governo, falsas realizações e até
pesquisas suspeitas.
Vivemos a Era da Pós Verdade em
países que elegeram governantes populistas e nacionalistas. Governos que
valorizam versões em detrimento de fatos. A frase atribuída ao senador
americano Daniel Patrick Moynihan, democrata, foi subvertida: “Todo mundo
tem direito a suas próprias opiniões, mas não a seus próprios fatos”.
Algumas vezes podem passar despercebidas
da sociedade a ira de Bolsonaro contra a mídia tradicional, bem como todos os
jornalistas que criticam ou investigam seu governo e sua família. É algo
orquestrado, seguindo a cartilha do húngaro Viktor Orbán e do turco Erdogan,
com objetivo nítido de destruir a mídia que tem voz crítica, mantendo apenas
aqueles que lhe são servis.
Não à toa, Bolsonaro diversas vezes já
agrediu verbalmente jornalistas em frente ao portão do Palácio do Planalto,
onde mantém um curral com apoiadores tresloucados, violentos e completamente
cegos pelo ódio emanado pelo chefe. Já mandou jornalista calar a boca, já
ofendeu e denegriu, além de mentir várias vezes publicando versões falsas de
fatos reais na sua conta de Twitter ou nas suas redes sociais.
A mídia brasileira tem virtudes e
defeitos, mas jamais foi comunista. Era odiada por Collor de Mello, e agora por
Bolsonaro. Motivo: A verdade dói.
Um exemplo inequívoco desse
comportamento da família Bolsonaro aconteceu neste começo do mês, a pedido da
defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), a Justiça do RJ expediu
liminar proibindo a TV Globo de exibir em suas reportagens documentos sigilosos
de investigações sobre o filho do presidente Jair Bolsonaro.
A decisão, sigilosa, é da juíza de
primeira instância Cristina Feijó, que contraria a Lei da Transparência
12.527/11 e institui uma espécie de censura para proteger um senador envolvido
com rachadinha, dinheiro ilícito, negociatas com Fabricio Queiroz entre outras
coisas que estão sendo apuradas pelo MP e Justiça.
Autor: Rafael
Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.
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