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1 de setembro de 2020

O fim da obscena possibilidade de reeleições!



“A reforma que o Brasil precisa com urgência é 
justamente àquela que os políticos não querem de forma alguma - 
A Reforma Política. Para acabar com privilégios, 
salários exorbitantes, redução de cargos e mandatos, 
pondo fim ao fundo eleitoral e cadeia para Caixa 2”  
Rafael Moia Filho

 

As reeleições para os cargos majoritários voltaram a partir de 1998 na gestão FHC sob a forte desconfiança (quase certeza) de terem sido aprovadas pela compra dos votos de vários deputados na Câmara (algo em torno de R$ 200 mil cada à época). Essa imoralidade legal trouxe poucas vantagens aos brasileiros e muitos problemas.
Os eleitos tem 80% de chances de serem reeleitos, quer seja pelo uso da máquina que governam, quer pelas facilidades de estarem no poder e conhecerem todos os atalhos que levam aos que financiam campanhas e projetos.
Sou contra reeleições, creio que um bom político possa e deva fazer em quatro anos aquilo que promete em sua plataforma eleitoral. São tão raros os casos de gestões acima da média, em que a saída do candidato leve a algum prejuízo para o cidadão. Na maioria das vezes temos grandes casos de corrupção com governantes que ficaram oito anos no poder. Ex: Sérgio Cabral, Pezão, Beto Richa, Alckmin, etc.
Minha posição abrange também o poder legislativo, onde as reeleições são frequentes e sem limites de tempo. Na minha concepção a regra deveria ser a seguinte:
Vereadores: Máximo de 2 mandatos seguidos ou 3 alternados;
Dep. Estaduais e Federais: Máximo de 3 mandatos seguidos ou alternados;
Senadores: No máximo 2 mandatos seguidos ou intercalados.
Após o término das reeleições o passo seguinte seria a redução do número de vereadores nos 5.570 municípios brasileiros, um enxugamento rigoroso que possibilitasse uma redução de milhões de recursos mensais. Em Bauru, cidade com 380 mil habitantes e 17 vereadores que com seus dois assessores custam a sociedade R$ 15.841.000,00 (Quinze milhões oitocentos e quarenta um mil reais) em quatro anos de mandato. Sem contar toda estrutura que mantém a Câmara funcionando.
A redução seria estendida a todas as Assembleias Legislativas com corte de ao menos 50% dos deputados estaduais possibilitando mais dinamismo, economia em larga escala e eleições mais enxutas com aplicação de um sistema distrital misto.
No caso da Câmara Federal o corte seria drástico também, de 513 deputados existentes atualmente passaríamos para 213 com as proporcionalidades mantidas entre os Estados. Com isso haveria redução de assessores, cargos comissionados e gastos nababescos que a sociedade arca mensalmente.
No Senado Federal temos 81 senadores, equivalente a três por Estados, simples, deixaria apenas dois senadores por Estado, ficando o Senado com 54 senadores eleitos a cada quatro anos. Com a mesmas reduções de assessores, cargos comissionados e todo tipo execrável de mordomias existentes há tanto tempo.
Junto com estas medidas de redução de gastos e mordomias, acrescento o fim da muleta dos corruptos que é o Foro Privilegiado de quem não quer ser investigado e julgado como um cidadão comum ao desviar dinheiro do erário, matar e roubar.
Utopia? Sim, se a sociedade não acordar podemos dizer que é utópico, porém, se a nossa gente levantar do sofá e começar a exigir poderemos mudar, afinal de contas somos nós que pagamos toda essa engrenagem que não nos dá aquilo que deveríamos receber em troca de tanta mordomia e falácias. 


Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

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