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17 de maio de 2020

Vivemos várias crises dentro de uma crise!

"Cada um só porque fala, julga
também saber usar da linguagem"
Goethe

A pandemia mundial do novo coronavírus trouxe para os brasileiros uma série de crises dentro da própria crise do Coronavírus, o que já não era pouco diante da sua letalidade. Temos no Brasil um presidente que não tem capacidade, discernimento e inteligência para entender o país, o mundo, e nementendimento da importância do cargo que ocupa.
Sendo assim, temos dentro da crise da pandemia as crises da economia, saúde (sucateada ao longo dos últimos 30 anos), administrativa, existencial, moral e mundial.
A crise da saúde é a mais grave obviamente, na medida que até o momento já ceifou a vida de mais de dezesseis mil pessoas no Brasil, com mais de duzentos e trinta e três mil infectados. Isso sem contarmos dois fatores importantes que são a baixa testagem em todo país e a subnotificação de casos e óbitos. O que pode segundo especialistas, elevar os números (Infectados e óbitos) para até cinco vezes mais dos números informados.
A gravidade é maior na medida que o presidente se nega a acreditar na letalidade do vírus, brinca, faz piadas e com isso não permite que o governo federal auxilie os Estados e Munícipios no combate eficaz a pandemia. Os recursos oriundos do orçamento do Ministério da Saúde para compra de medicamentos, equipamentos como respiradores e demais insumos ficam retidos e causam ainda mais problemas a saúde pública.
No período da pandemia, Bolsonaro trocou de ministro da pasta da saúde duas vezes, prejudicando a manutenção de um trabalho que vinha sendo desenvolvido a duras penas pelos responsáveis a frente do ministério.
Em decorrência da fraqueza de projetos e propostas do governo para a economia em quinze meses de governo, a pandemia veio a somar ainda mais problemas agravando sobremaneira a crise econômica do país. Culpar a pandemia neste caso é injusto, afinal de contas, exceto a malfadada reforma da previdência nada mais foi realizado por Paulo Guedes ou Bolsonaro neste período de sua gestão. Antes da pandemia o desemprego era altíssimo sem que nada tivesse sido feito para reduzi-lo.
A crise administrativa é fruto da mesma incompetência de Bolsonaro para equacionar o que quer que seja, sem que estejam presentes a ideologia política e o fisiologismo que lhe é peculiar. Ao se aliar ao chamado Centrão, grupamento político nefasto que esteve presente em governos anteriores sempre buscando cargos, verbas e corrupção, demonstra que o governo não quer modernidade e mudanças na estrutura carcomida do governo federal.
A crise moral decorre das obscenidades desferidas pelo presidente Bolsonaro. Não passamos um dia sequer sem ouvir ou ler absurdos proferidos por uma pessoa incapaz de nos demonstrar serenidade, inteligência e capacidade para ocupar tão importante cargo. Sua vocação é o ódio e isso é propagado aos quatro cantos do nosso sofrido país.
Com tudo isso, a imagem do nosso país no exterior de degrada e faz com que passemos vergonha diante de nossos irmãos no exterior. As notícias nos grandes jornais e revistas dos países do primeiro mundo aliadas as mensagens de brasileiros, que estão vivendo na Europa, América do Norte, Ásia e Oceania corroboram com essa péssima imagem que o Brasil adquiriu.
Culpa de um governo que desfaz da ciência, não aceita outra ideologia que não a de extrema direita, que cultua valores inaceitáveis aos olhos da humanidade como nazismo, ditaduras militares e até de torturadores. 

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

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