Os sucessivos golpes e fraudes perpetrados pela internet em geral, demonstram que além de termos milhares de brasileiros propensos a cometer crimes ao invés de trabalhar, também podemos afirmar que temos um combo perfeito: justiça lenta e omissa + pessoas que querem levar vantagem em tudo + enorme contingente de pessoas desinformadas.
Enquanto mitos brasileiros se afastam dos livros, dos telejornais e das informações seguras, assistimos as organizações criminosas utilizarem tecnologia a serviço das suas atividades criminosas.
Nossas forças policiais estão sobrecarregadas e com déficit de pessoas em suas equipes. Falta sistema de tecnologia para integrar Polícia Civil, Militar e Federal, ampliando as possibilidades de interação no combate à criminalidade.
O nosso sistema judiciário carece de aperfeiçoamentos no sentido de obter mais celeridade nos processos criminais. Concomitantemente, é necessário que o Poder Legislativo deixe de se preocupar com picuinhas e ideologia barata para legislar em favor da sociedade no aperfeiçoamento das leis e penas.
Os tipos de golpes e fraudes mais comuns são:
Phishing/Smishing/Vishing: Continua sendo um dos golpes mais difundidos. Os criminosos enviam e-mails, SMS (smishing) ou fazem ligações (vishing) se passando por empresas, bancos, órgãos governamentais ou pessoas conhecidas, com o objetivo de roubar dados pessoais e financeiros (senhas, números de cartão, etc.). As mensagens geralmente criam um senso de urgência ou oferecem promoções tentadoras.
Golpes do Pix: Com a popularização do Pix, surgiram diversas modalidades de fraude:
Comprovante Falso: O golpista envia um comprovante de Pix adulterado com valor inferior ao combinado, pedindo que a vítima envie o valor correto.
Agendamento Cancelado: O criminoso agenda um Pix, envia o comprovante e depois cancela o agendamento.
Desvio de Pix: Malwares em aplicativos infectados desviam o dinheiro de transferências.
GoPix: Em compras online, o código Pix é copiado e colado no site do banco, mas o dinheiro vai para o golpista em vez da loja.
Perfil Falso/Clonagem de WhatsApp: Criminosos criam perfis falsos ou clonam o WhatsApp de pessoas conhecidas para pedir dinheiro emprestado ou realizar transferências urgentes para contatos da vítima.
Promoções Falsas: Sorteios e promoções milagrosas, especialmente no Instagram e TikTok, que pedem dados de cartão ou Pix para "validar" a participação.
Golpes de E-commerce Falso: Lojas virtuais fraudulentas são criadas para roubar dados de usuários ou não entregar produtos após o pagamento. Golpistas também podem copiar a identidade visual de lojas reais e enviar e-mails falsos para enganar vendedores.
Golpe do Falso Suporte Técnico: Criminosos se passam por suporte técnico de bancos, operadoras ou empresas de tecnologia para convencer a vítima a instalar aplicativos de acesso remoto (como AnyDesk ou TeamViewer), com o objetivo de controlar o computador e roubar dados.
Falsos Links de Rastreamento: Links maliciosos enviados por SMS ou WhatsApp, simulando rastreamento de encomendas, que podem instalar malwares ou redirecionar para páginas que roubam dados.
Golpe do Falso Emprego/Recrutador: Ofertas de emprego falsas que visam coletar dados pessoais ou exigem pagamento por cursos e capacitações "obrigatórias".
Golpe da Falsa Invasão do Dispositivo/Falso Processo Judicial: Mensagens ou pop-ups que alertam sobre supostos vírus, invasões ou processos judiciais, pedindo que a vítima clique em links ou baixe arquivos que contêm malwares.
Os brasileiros de uma maneira geral precisam se desvencilhar da desinformação oriunda dos aplicativos de mensagens, redes sociais e sites nada confiáveis atrelados a serviço de políticos e partidos nada confiáveis.
Existem diversas fontes de pesquisas possíveis de serem feitas, no Procon, OAB, sites e na mídia em geral. É preciso desconfiar de tudo que possa vir de graça ou com preços muito aquém da realidade. Antes de qualquer coisa, desconfie.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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