Imagem Conjur.
Os deputados, senadores e demais políticos bolsonaristas vivem dizendo Brasil afora que estamos vivendo numa ditadura do STF. Por ditadura eles entendem que seja a instância máxima cumprindo seu dever e punindo criminosos e golpistas.
Porém, na terra do Tio Sam, onde temos um fugitivo da Câmara Federal vivendo às custas do inelegível, nada é relatado sobre os absurdos cometidos por um presidente que não aceita críticas, não aceita protestos e tenta impor uma ditadura aos americanos.
Que o diga o escritor australiano Alistair Kitchen, deportado ao chegar ao aeroporto de Los Angeles, após ter ficado doze horas retido numa sala, incomunicável e passando por interrogatórios sobre suas opiniões a respeito da guerra entre Israel e o Hamas.
O bufão americano não aceita que qualquer cidadão seja americano ou estrangeiro tenha opinião contrária ao extermínio praticado por Israel na faixa de Gaza. Estudantes e universidades estão sendo punidos por protestarem contra Israel ou a favor do povo palestino.
O escritor estava a caminho de Nova York, onde viveu por seis anos, até retornar para a Austrália em 2024. Ele cursou um mestrado na Universidade de Columbia. Mesmo assim, foi retirado da fila de desembarque, teve seu celular recolhido de suas mãos e obrigado a fornecer a senha do mesmo.
O motivo de sua deportação foi ter opinião favorável ao povo Palestino. Em resumo, a antiga maior democracia do mundo, exemplo de nação capitalista do planeta, agora se curva diante de um déspota tirano que não aceita ser contrariado.
Imaginem se o fato acima tivesse ocorrido no Aeroporto do Galeão ou Guarulhos e o cidadão fosse deportado por falar mal de Lula ou do Brasil? A cerne da questão está na hipocrisia das nossas elites financeiras, da nossa grande mídia e dos brasileiros pobres de direita que apoiam tudo que não presta, desde que sejam contrários ao governo Lula.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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