O Brasil possui um sistema de regulação de estoques de alimentos complexo, com o objetivo de garantir o abastecimento da população e evitar flutuações excessivas de preços. O principal órgão responsável por essa função é a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária.
A Conab atua em diversas frentes, como a compra e venda de alimentos, o armazenamento de estoques reguladores e a realização de leilões para regular o mercado. Além disso, o governo federal também pode utilizar outros instrumentos, como a política de preços mínimos e os subsídios à produção, para influenciar o mercado de alimentos.
No entanto, o sistema de regulação de estoques de alimentos no Brasil enfrenta desafios. Um deles é a falta de infraestrutura adequada para o armazenamento dos produtos, o que pode levar a perdas e prejuízos. Outro desafio é a necessidade de conciliar os interesses de diferentes atores, como produtores, consumidores e a indústria de alimentos.
Apesar dos desafios, o sistema de regulação de estoques de alimentos tem sido fundamental para garantir o abastecimento da população brasileira, especialmente em momentos de crise, como a pandemia de Covid-19.
Durante ao desgoverno de Jair Bolsonaro, este mandou desativar e desmontar o sistema da Conab, prejudicando em demasia o armazenamento e a distribuição de alimentos. O povo foi prejudicado e meia dúzia de empresários do agronegócio foram beneficiados com estas medidas estapafúrdias.
Entretanto, não há informações precisas se o atual governo federal restabeleceu a ordem e desfez todas as bobagens realizadas por Bolsonaro na Conab. Enquanto escrevo, aguardo posicionamento do governo para consulta feita em relação a este assunto tão importante.
A estocagem de grãos e alimentos podem auxiliar diretamente na regulação dos preços, auxiliando a sociedade na manutenção dos estoques necessários para o consumo interno. Visto que os empresários do agro, na primeira oportunidade, priorizam ganhos com exportação sem se importar com o consumo interno. Açúcar, sal, milho, álcool, café, entre tantos produtos, saem do país sem que haja itens suficientes no estoque regulador para abastecimento do mercado interno.
O
governo Lula precisa agir com maior rapidez, no sentido de desfazer coisas
absurdas realizadas pelo seu antecessor, ora indiciado pela justiça. É
necessário rever as Reformas da Previdência e a Trabalhista, assim como fazer
um pente fino nos decretos assinados por Bolsonaro. Até porque, todos sem
exceção foram para beneficiar os ricos e os empresários, nunca os mais
necessitados.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário