Embora ainda faltem cerca de 20 meses até a data da próxima eleição presidencial no Brasil, os partidos de direita estão afoitos em encontrar algum nome em suas fileiras que possa derrotar Lula ou o candidato da esquerda. A princípio, nada mais do que natural no meio político, não fosse o fato de que Bolsonaro, inelegível, indiciado criminalmente e sepulcro caiado (Sepulcro caiado é uma expressão que se refere a alguém que tem aparência de quem vive, mas está morto), se faz de desentendido e usa o Partido Liberal (PL) para ditar nomes para ser seu vice em 2026.
Com as denúncias apresentadas pela Procuradoria Geral da República (PGR), enviadas ao Supremo Tribunal Federal, onde provavelmente serão todas aceitas, a chance de Bolsonaro ser candidato a presidência são praticamente nulas.
E olha que, neste país, raramente podemos apostar na celeridade da justiça. Mas, neste caso, inclusive por conta das eleições gerais em 2026, o rito deve ser célere com julgamento e condenação ainda no decorrer de 2025.
Espanta o fato de que a direita no país esteja à mercê deste sujeito, oriundo do baixo clero, inapto, com uma das piores gestões da presidência desde a instauração da república em nosso país. Nas eleições municipais o inelegível atrapalha e muito o seu partido e a própria direita. Vide o caso de São Paulo, onde por sua culpa, quase que a esquerda venceu na maior cidade do país.
A última linha da grande mídia, representante da extrema-direita, dizia que Bolsonaro estava propondo o nome de Michelle ou Eduardo Bolsonaro para ser o seu vice. Sim, desconsiderando a sua inegibilidade e o seu indiciamento recente. Quer manter seu nome vivo, mesmo estando morto para as eleições, assim, na última hora assume um filho ou a sua terceira esposa.
Claro que existem críticas para com algumas posturas e discursos da esquerda em certos momentos. O que dizer da direita nacional que se curva diante de um sujeito tosco, sem legado algum, que vive das mamatas da política e do Estado brasileiro há mais de 30 anos?
Mais
difícil ainda é conviver com pesquisas de institutos sem que saibamos sua
origem e veracidade. Além de uma mídia que pende para a direita com uma
facilidade sem igual. Torcendo contra a democracia, defendendo golpistas e a
postura de um ex-presidente que nada acrescentou ao país em sua gestão.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Acadêmico da ABLetras, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
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